terça-feira, 19 de maio de 2009
Futebol de fim-de-semana e consequencias
Resulta que fugimos do caos cotidiano na primeira oportunidade e nos refugiamos em atividades que excedam às nossas habituais. É aí onde mora o perigo!
Segunda-feira, de todas as semanas: incontáveis são os casos de lesões resultantes do “inocente futebol nosso de cada sábado!”. Puxa vida, se conselho fosse bom...
O problema não está no jogo em si, e sim na periodicidade (ou a falta de) com que ele ocorre. Precisamos ser conscientes (meninos, leiam isso com muita atenção!) de que é preciso SIM se ter músculos fortes, articulações e tendões resistentes para suportarem o nível de exigência física de uma partida de futebol. Isso, sem falarmos no sistema cardiorrespiratório, extremamente solicitado.
Na prática, vivenciamos a seguinte situação: uma vez por semana (veja bem, 1 vez, apenas!), exigimos o rendimento máximo muscular e articular dos membros inferiores. O corpo descansa durante longos seis (6!) dias e...fadiga novamente! Eis a questão: como introduzir um processo de adaptação ao organismo se só se praticam esses movimentos uma vez por semana?
Em decorrência dessa falta de periodicidade, o corpo não consegue se adaptar ao exercício porque relaxa em demasia (durante os seis dias), passando uma semana de folga e, assim, todo o conjunto muscular e articular “desacostuma” com os movimentos.
O nosso organismo necessita de preparo e de toda uma “construção” muscular e articular para poder receber tal exigência física e correspondê-la a altura. É quando entram os dois elementos mais esquecidos e temidos pelos praticantes da pelada do fim-de-semana. Vos apresento: aquecimento e alongamento.
Que se gastem vinte minutinhos antes do jogo, mas que se faça uma breve sessão de aquecimento e outra de alongamento. Isso ativa a circulação sanguinea e “acorda” os músculos, tendões e ligamentos para receberem a sobrecarga dos movimentos durante os 90 minutos, bem como evita possíveis distensões musculares.
O chute, em si, se caracteriza por ser um movimento balístico,que envolve três articulações: coxo-femural (quadril), joelhos e tornozelos.
A articulação do joelho é a que sofre maior sobrecarga e se constitui numa estrutura composta por: patela, tendões, ligamentos e líquido sinovial.
A patela (também conhecida como rótula) é a base óssea que dá sustentação e apoio aos demais componentes. Os tendões são cordões fibrosos, consistidos, primariamente, por colágeno (principal proteína componente da pele), pelos quais os músculos se inserem nos ossos.
Os ligamentos são faixas de tecido colagenoso fibroso que conecta ossos ou cartilagens entre si e sustenta a articulação. Por fim, o líquido sinovial é o lubrificante do joelho que reduz o atrito articular e sua viscosidade pode ser alterada em resposta à velocidade dos movimentos.
Na prática do futebol, a articulação do joelho atua como uma “alavanca”, aplicando força para impulsionar o chute. Esse é o principal motivo pelo qual se deve “estar forte”.
Um dos métodos viáveis para a obtenção desse condicionamento articular é o trabalho de isometria, em que se utilizam diferentes angulações na sessão de musculação, sobrecarregando o músculo em diversas posições articulares, fortalecendo tendões e ligamentos.
Outra alternativa para essa condição é a proprioccepção, muito utilizada pela Fisioterapia, que consiste na oscilação entre o equilíbrio e o desequilíbrio corporal, provocando a articulação a sustentar o corpo em um só apoio (em um pé só). A propriocepção produz o aumento da viscosidade do líquido sinovial.
Assim, diante de todas estas informações, fica comprovada a eficiência do condicionamento físico orientado, que capacita o organismo a desenvolver os movimentos, minimizando os riscos lesivos.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
A arte de lidar com pessoas
sábado, 16 de maio de 2009
Mitos e verdades
Verdade: glândulas mamárias
Mito: hormônio do crescimento X treino
Verdade: comandamos nosso cérebro!
Verdade: sede X retenção de líquidos
Mito: saco plástico X emagrecimento
Mito: água gelada X metabolismo acelerado
Mito: cafeína X circulação
Verdade: circulação cerebral
Verdade: pressão alta
Verdade: proteína X urina
Verdade: ressaca alcóolica X desidratação
Mito: sedentarismo
Mito: treino X metabolismo
Verdade: medidas de emergência
quinta-feira, 14 de maio de 2009
TPM: fugir ou, literalmente, sair correndo?
O exercício físico para o equilíbrio psicológico
O corpo fala
segunda-feira, 11 de maio de 2009
NBA admite erro de arbitragem na vitória do Denver em Dallas; Nenê perto das finais do Oeste
Pela primeira vez na história o Denver Nuggets tem vantagem de 3 a 0 numa série melhor-de-sete jogos, e mais uma vitória sobre o Dallas Mavericks na noite de segunda-feira dará ao time do pivô brasileiro Nenê a classificação inédita às finais da Conferência Oeste. Isso aconteceu com um final polêmico e eletrizante no Jogo 3 da série semifinal, vencido pelo clube do Colorado por 106 a 105 (48 a 45 no intervalo). No lance final, o ala-armador Antoine Wright tinha um só objetivo: fazer falta no ala Carmelo Anthony para impedir que o rival tivesse a chance do arremesso.
Ele esbarrou em Melo uma vez, forte o suficiente para desequilibrar o astro do Denver, mas a arbitragem não apitou falta, tentou de novo a falta, também sem apito, e nessa tentativa ficou fora de posição deixando o cestinha do Denver com uma visão clara da cesta para acertar a bola de três da vitória no último segundo na noite deste sábado, anotando seu 31º ponto na partida e silenciando a torcida que lotou o American Airlines Center de Dallas. Jamais uma equipe conseguiu reverter uma diferença de 3 a 0 na história dos playoffs. Numa partida que teve 61 faltas apitadas, a última que não foi marcada pode ter fechado o caixão do Mavericks e levou a NBA a uma atitude rara de reconhecer um erro da arbitragem.
“Eu já acertei muitos grandes arremessos na minha curta carreira, mas nunca numa situação como esta. Foi uma linha fina entre 2 a 1 e 3 a 0″, disse Carmelo Anthony.
Duas horas depois do apito final, o escritório da liga anunciou que Wright estava certo na reclamação. Numa breve declaração, o presidente da NBA Joel Litvin declarou: “No final do jogo Dallas x Denver nesta noite, os árbitros erraram ao não marcar uma falta intencional cometida por Antoine Wright em Carmelo Anthony, logo antes da cesta de três pontos de Anthony”. O resultado final poderia ter sido o mesmo porque o Nuggets ainda teria a posse de bola, mas a cesta de três sortuda de Anthony salvou o time em um desfecho controverso.
O começo do jogo do Nuggets foi complicado, eles erraram 15 de seus 17 primeiros arremessos e só converteram duas bolas chutadas de uma distância de um metro e meio ou mais da cesta em todo o primeiro tempo. Tiveram o mesmo número de faltas que de lances livres, e a dupla de pivôs formada por Nenê e Chris Andersen não fez uma boa partida, com o brasileiro errando seus oito primeiros chutes e o “Homem Pássaro” saindo eliminado com seis faltas em apenas 11 minutos de ação. Mesmo assim, o Denver manteve o placar parelho, jamais esteve atrás no placar por mais de seis pontos, e a incapacidade do Mavericks em fechar o jogo foi tão danosa quanto a falta não marcada de Wright.
Depois de brilhar nas duas primeiras partidas da série no Pepsi Center de Denver, Nenê desta vez marcou apenas cinco pontos, acertando só dois em 10 arremessos de quadra, mas sua última cesta foi importante, uma bandeja de costas encostando em 102 a 101 a 44,3 segundos do fim. O Dallas abriu 105 a 101 com uma bola de três de Jason Terry faltando 31 segundos, mas aí viu Carmelo penetrar o garrafão rapidamente para uma enterrada veloz descontando para 105 a 103 com 28,5 segundos por jogar. Cestinha do clássico com 33 pontos e 16 rebotes, o astro alemão Dirk Nowitzki errou um chute de quatro metros a 8 segundos do fim, e depois do triplo matador de Anthony, falhou em um arremesso de três no estouro do cronômetro.
“O jogo não se definiu só naquela última jogada. Você tem que fazer jogadas nos momentos decisivos, e nós simplesmente não fizemos isso”, admitiu o armador Jason Kidd, autor de 13 pontos e cinco assistências pelo Mavs.
“Esta foi a derrota mais dura de que já fui parte em meus 11 anos na liga, este era um jogo que tínhamos de vencer”, disse Nowitzki, que superou uma semana difícil fora das quadras com a prisão de uma mulher em sua casa e ainda sofreu uma contusão na perna no terceiro quarto.
Durante o tempo técnico antes da cesta da vitória de Carmelo, o técnico do Mavericks Rick Carlisle lembrou a seus jogadores que eles ainda não estavam no limite de faltas, tinham mais uma a cometer, e disse a eles para usarem esse recurso. A tentativa de Wright foi válida o suficiente para a direção da liga, mas não para o trio de arbitragem. O árbitro mais próximo do lance, Mark Wunderlich, foi o mesmo que não marcou uma falta no armador do Los Angeles Lakers Derek Fisher no fim do Jogo 4 das finais do Oeste no ano passado.
“O que vocês queriam que eu fizesse… derrubá-lo para fora da quadra e ter uma falta flagrante de nível dois apitada no final do jogo? (aí seria dois lances livres, expulsão automática do jogador e posse de bola para o Denver). Eu fiz a jogada naquela bola como me foi dito na nossa roda no tempo técnico e a falta não foi apitada”, afirmou Wright.
O técnico do Denver, George Karl, achou que foi uma grande decisão não apitar o contato e deixar o jogo correr. “Pareceu que ele (Carmelo) deixou a bola escapar e recuperou a tempo para o arremesso”, opinou.
Mas o revoltado proprietário do Dallas, Mark Cuban, mandou mais tarde um e-mail à agência de notícias Associated Press reagindo à declaração da liga que admitiu o erro dos árbitros: “É uma vergonha que o jogo tenha chegado a isto, mas essa é a maneira como as coisas acontecem na NBA às vezes”. Um comentário até educado considerando o histórico milionário de multas aplicadas contra Cuban por seu hábito de vociferar contra os árbitros e dirigentes da liga.
Se não foi bem no ataque, Nenê pelo menos foi o maior reboteiro do Denver ao lado de Anthony, capturando oito rebotes, o brasileiro ainda anotou quatro assistência, dois roubos de bola e cometeu cinco faltas. O armador Chauncey Billups foi o cestinha do Nuggets com 32 pontos e três passes para cesta.