sábado, 15 de agosto de 2009

Inteligências Multiplas

“A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança”

Em entrevista a ZH, o psicólogo norte-americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, referência internacional na área da Educação, diz que as pessoas deveriam ser ensinadas a partir de suas habilidades inatas e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Ele é o próximo conferencista do ciclo Fronteiras do Pensamento, às 19h30min de segunda-feira

Depois de um hiato de alguns meses, o ciclo de conferências Fronteiras Braskem do Pensamento está de volta na próxima segunda-feira, dia 17, em Porto Alegre. Quem sobe ao palco do Salão de Atos da UFRGS, às 19h30min, para o primeiro dos quatro encontros programados para este ano – descontado o já realizado com Steven Pinker, só para convidados – é o psicólogo cognitivo e educacional Howard Gardner.

Filho de um casal de judeus que fugiu para os Estados Unidos para escapar do Holocausto, Gardner nasceu na Pensilvânia, tem 66 anos e é professor nas Universidades de Harvard e Boston. Tornou-se célebre por sua revolucionária teoria das múltiplas inteligências, publicada em meados dos anos 1980 no livro Estruturas da Mente. Amparado em pesquisas, à época recentes, que apontavam que as habilidades cognitivas das pessoas são imensamente diferenciadas entre cada indivíduo, o autor questionou os conceitos mais tradicionais a respeito da inteligência humana. Levantou dúvidas sobre a possibilidade de se medir a capacidade intelectual por meio de testes como o de QI e sugeriu que nosso repertório de habilidades não é restrito nem deve ser medido exclusivamente a partir do sucesso escolar.

Há sete tipos de inteligências, escreveu Gardner: linguística, musical, lógico-matemática, espacial, corporal ou cinestésica, interpessoal e intrapessoal. A teoria ganhou o mundo e posteriormente foi atualizada, incorporando duas novas vertentes – as inteligências naturalista e existencialista. Recentemente, foi estudada por pensadores de todo o planeta, que a aplicaram a diferentes contextos em um projeto que resultou em Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo, livro lançado nos EUA e que ainda está sendo traduzido para o português.

É sobre a experiência de publicação desse volume que Gardner inicia a entrevista a seguir, concedida por e-mail. É sobre isso também que ele deve falar na palestra de segunda – embora, como as ideias que o tornaram conhecido, trate-se de uma teoria maleável e cada vez mais, conforme o desenvolvimento de pesquisas e da própria evolução tecnológica, passível de mudanças e atualizações.

Cultura – Seu mais novo livro, que permanece inédito no Brasil, intitula-se Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo. O que o senhor aprendeu pesquisando sobre o uso de suas teorias sobre a inteligência em contextos e países diferentes?

Howard Gardner – Desenvolvi a teoria das inteligências múltiplas como um estudioso da Psicologia. Fiquei surpreso positivamente com o interesse que meus estudos provocaram em educadores em todo o mundo. O recém-publicado livro a que você se refere e que, posso adiantar, já está sendo traduzido para o português, inclui textos de autores dos cinco continentes. Considero o resultado deslumbrante. Porque, em cada país, a teoria vai ao encontro de necessidades locais diferenciadas. Ela se desdobra. Por exemplo: no Japão e na Coreia, remete às mais velhas, talvez esquecidas, tradições culturais. Na América Latina, soa como um empreendimento democrático. Já na China, aprendi com um jornalista: “Nos Estados Unidos a teoria das múltiplas inteligências se debruça sobre as habilidades especiais de cada criança individualmente. Em território chinês, temos estabelecido como um dever nosso fazer cada criança desenvolver oito habilidades específicas diferentes”.

Cultura – No Brasil, a educação é bastante problemática, inclusive em níveis mais básicos, atingindo e inclusive comprometendo a formação das crianças no país. Ainda que o senhor não tenha informações muito detalhadas sobre o contexto brasileiro, eu gostaria que, por favor, respondesse de maneira genérica: o quanto uma educação básica problemática afeta uma criança pelo restante de sua vida?

Gardner – Antes do século 20, havia muitos empregos, especialmente em territórios rurais, que não tinham como pré-requisito qualquer tipo de educação formal. Não era preciso ter qualquer tipo de alfabetização para desempenhar determinadas funções. No século 20, a escola básica passou a ser suficiente para o trabalho industrial e em alguns setores de prestação de serviços. Hoje, no século 21, a regra, genericamente, é a seguinte: faz-se necessário para um indivíduo ter alfabetização, uma educação minimamente formal, um conhecimento minimamente disciplinado e, pelo menos, uma área de conhecimento específico, técnico. Pelo menos uma área de expertise. Caso contrário, esse indivíduo tem tudo para ser simplesmente um desempregado com imensas dificuldades de ter qualquer futuro.

Cultura – Sua teoria das inteligências múltiplas é descritiva, mas ao mesmo tempo ajuda a apontar soluções para a realidade descrita. O que motivou e continua motivando o senhor a desenvolver esse trabalho?

Gardner – Como eu já disse, comecei a desenvolver esse trabalho como psicólogo. Meu “gol” foi criticar que a visão da psicologia acerca do conceito de “inteligência” era muito limitada. Transposta essa limitação, a teoria despertou o interesse dos educadores. A partir daí, comecei a me envolver muito mais com a educação, sobretudo com a educação infantil, que se presta como base para os mais diversos tipos de mudanças. A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança. Ela indica que é possível individualizar a educação básica, no sentido de que os indivíduos devem ser ensinados a partir de suas habilidades inatas, e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Com o acesso à informática, hoje também podemos pensar que é possível para qualquer pessoa ter uma educação individualizada, coisa que anteriormente só era possível para famílias financeiramente avantajadas, que tinham condições de, por exemplo, pagar um tutor a suas crianças. Mas essas ideias ainda precisam ser mais difundidas. A evolução da educação é progressiva, sempre. É nisso que sigo trabalhando.

Cultura – Mais de 20 anos após a publicação da teoria, o que o senhor acha que ainda é possível descobrir a respeito de inteligências múltiplas e por quais caminhos deve-se andar para fazê-la avançar ainda mais?

Gardner – A teoria foi originalmente concebida com base no conhecimento do cérebro que tínhamos na primeira metade dos anos 1980. Como a neurociência cresceu muito de lá para cá, e ainda segue crescendo – assim como a genética, cujo crescimento talvez seja ainda mais dramático –, creio que é factível pensarmos em seguir descobrindo coisas novas sobre as inteligências múltiplas. Essas descobertas vão sem dúvida resultar em revisões da teoria, que podem surgir na direção do surgimento de novas inteligências ou na direção de alguma reconfiguração das inteligências já apresentadas. Os experimentos educacionais descritos nesse novo livro também podem indicar a necessidade de algumas revisões, dependendo de onde as pesquisas que forem postas em prática, daqui por diante, nos levarem. Por último: as culturas têm mudado, principalmente por força da globalização, das mídias digitais, das avenidas de comunicação rápida, e isso certamente nos dará novas luzes sobre como as inteligências trabalharão juntas e sozinhas nos tempos que virão.

Cultura – A publicação da teoria das inteligências múltiplas teve grande impacto e a tornou muito popular. Uma consequência natural disso é o surgimento de subteorias, digamos assim, menos significativas científica e intelectualmente – às vezes vestindo a máscara da chamada literatura de autoajuda. Isso o incomoda?

Gardner – Em princípio, não tenho objeções à literatura de autoajuda. Mas prefiro acreditar que ela não leve à teoria das inteligências múltiplas, ou que a teoria não tenha levado a ela – a não ser que o autor responsável por essa eventual relação tenha estudado as inteligências múltiplas de verdade. É claro: não tenho como controlar esse processo. E estou preparado para morder minha língua. Já houve casos em que a teoria teve um uso que considerei absolutamente ofensivo e mal-intencionado. Foi na Austrália. Algum trabalho científico desenvolvido por lá listou todos os grupos raciais e étnicos, relacionando as inteligências que teriam relação com eles. Fiquei chocado com esse absurdo, tanto que denunciei esse trabalho na televisão. Felizmente, logo a pesquisa foi cancelada. É preciso estar atento e fazer o trabalho andar para a frente, e não para trás.

DANIEL FEIX

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Manter o cérebro ativo

Segundo um novo estudo, atividades para manter o cérebro ativo, como ler, escrever e jogar cartas pode retardar problemas de memória também definido como demência. Demência é um declínio nas capacidades mentais, especialmente na memória e no funcionamento, que podem causar doenças específicas como Mal de Alzheimer e Parkinson, e também derrame e infecções no cérebro.

Embora a genética seja a principal suspeita na demência, muitos estudos estão mostrando que fatores do estilo de vida também podem agravar e talvez desencadear os problemas.

Um novo estudo, detalhado na edição de 4 de agosto da revista Neurology, envolveu 488 pessoas entre 75 a 85 anos que não tinham demência no começo do estudo. Elas foram acompanhadas por uma média de cinco anos, e durante esse tempo, 101 pessoas desenvolveram a demência.

No começo do estudo, pessoas relataram à freqüência em que eles participavam de seis atividades de lazer em que ocupavam o cérebro: leitura, escrita, fazer palavras cruzadas, quebra cabeças, jogar tabuleiros ou cartas, participar de grupos de discussão e tocar música.

Para cada atividade, a participação diária era calculada com sete pontos, vários dias por semana pontuavam quatro, uma participação semanal era um ponto. Para aqueles que desenvolveram a demência mais tarde, os pontos na média eram o total de sete, significando que eles participavam de uma das seis atividades a cada dia, na média.

Os pesquisadores analisaram quando a perda de memória começava a acelerar rapidamente nos participantes. Eles encontraram que cada atividade adicional que a pessoa participava, a perda da memória era retardada em 0.18 anos ou cerca de nove semanas.

“O ponto acelerado do declínio foi retardado por 1,29 anos para a pessoa que participava de 11 atividades por semana, comparada a pessoa que participava em apenas quatro atividades por semana”, disse o autor do estudo Charles B. Hall da Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx, NY.

Os pesquisadores também analisaram o nível de educação dos participantes, e o que isso afetava no resultado. Em estudos anteriores, uma educação mais elevada era ligada a ocorrências mais baixas do definhamento cognitivo (posto que, em alguns estudos encontraram uma conexão oposta).

Outros aspectos do estilo de vida das pessoas também foram vinculados a menos problemas de memória como a demência, Alzheimer e definhamento cognitivo normais da idade:

§ Aquele que consegue controlar o estresse sem ficar ansioso pode ter menos problemas de memórias;

§ Exercícios podem manter a mente mais jovem, assim como o corpo em forma por meio da circulação de sangue no cérebro.

§ Pesquisar na internet é outra atividade que pode manter o cérebro ativo e pode ser melhor que a leitura, pois uma variedade de escolhas para fazer.

[Live Science]





quinta-feira, 6 de agosto de 2009

As dores do inverno

As dores do inverno

Baixa temperatura faz com que o corpo inteiro se contraia para conter o máximo possível de calor, movimento que pressiona as articulações

  • Basta o frio bater à porta para muita gente começar a reclamar de “dor nas juntas” e lotar as salas de espera dos consultórios médicos. Com a temperatura em baixa, o corpo todo tende a se encolher para conter o máximo de calor possível e deixar o inverno menos sofrível. Nesse movimento, os tendões se encolhem, os músculos se contraem. Quem acaba levando a pior são as articulações, que se sentem pressionadas por todos os lados. É nessa hora que os pacientes que já têm alguma lesão percebem que a dor costuma aumentar muito.

    As reclamações mais comuns são dificuldade para se movimentar e rigidez nas articulações, o que pode complicar até mesmo uma simples caminhada nos casos mais graves.

    – O clima frio torna o líquido sinovial, aquele que lubrifica internamente as juntas, menos viscoso, além de reduzir a flexibilidade dos músculos, ligamentos e tendões. Isso tudo gera desconforto e dor e deixa o indivíduo com mais dificuldade para se movimentar – explica o reumatologista Alexandre Garcia Islabão, professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).

    As regiões que mais sentem os efeitos das baixas temperaturas são as articulações periféricas, como as das mãos, dos pés e dos joelhos. Por se localizarem mais distante do tronco do corpo, têm dificuldades em manter a temperatura perto dos 37°C. Nas articulações das mãos e dos pés, por exemplo, as temperaturas são muito mais baixas e se aproximam daquela registrada no ambiente.

    Cabe ressaltar que o frio, apesar de aumentar a incidência da dor, não é o responsável pelo surgimento de reumatismo, ou seja, de problemas crônicos nas articulações.

    – Há mais de cem tipos de reumatismo com causas diversas. Pode ser desde infecção por bactérias, mudanças no metabolismo até doenças degenerativas. O que ocorre no frio é que a sensação de dor aumenta, mas a lesão, na verdade, já está instalada – enfatiza o reumatologista Fernando Neubarth, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.

    Segundo Neubarth, quando o sofrimento causado pelas baixas temperaturas está intenso, a dica é manter-se bem protegido, com agasalhos apropriados, banhos de água morna e bolsas térmicas na região afetada. O calor descontrai músculos, tendões e ligamentos, aliviando a pressão sobre as articulações e favorecendo a circulação sanguínea. Mas é preciso ter cuidado: quando as dores persistem por vários dias ou semanas, pode ser sinal de alguma complicação. Nesse caso, busque um especialista para receber o diagnóstico preciso e orientações adequadas sobre o tratamento.

Dicas de prevenção

> Atividades físicas, orientadas e de baixo impacto, como caminhadas, ajudam a manter a lubrificação adequada e reforçam a musculatura que sustenta as articulações.

> Os exercícios de alongamento também têm uma função importante, preservando a flexibilidade e a amplitude dos movimentos das juntas.

> O peso adequado evita que as articulações sejam sobrecarregadas. Com o passar do tempo, os quilos a mais causam danos, como degeneração e inflamação.

> A sobrecarga também pode ocorrer por causa de posturas erradas ao longo do dia. Um exemplo é segurar o mouse com o braço inclinado, forçando o punho.

> No inverno, é importante se manter bem agasalhado, evitando a perda de calor. Para quem tem problema crônico, esse cuidado deve ser redobrado nas regiões que costumam ficar doloridas.

> Se o desconforto persistir por mais de um mês, procure orientação médica. A grande novidade na área é que o diagnóstico precoce ajuda em muito no tratamento do reumatismo.

Saber respeitar os seus ídolos

Fernandão diz que resolveu sua ida para o Goiás em 20 minutos
Atacante conta em rede nacional que não havia ouvido proposta porque estava esperando pelo Inter
Fernandão contou em rede nacional os detalhes do seu desentendimento com o Inter na tarde desta quarta-feira. Em entrevista ao programa Arena SporTV, o jogador lamentou que o clube tenha pedido por e-mail que ele fizesse uma proposta para retornar. Fernandão contou que não negociou com nenhum clube porque estava esperando pelo Inter:

— Eu iria escutar proposta de alguns clubes a partir de sábado, mas nesse meio tempo o Edminho (Edmo Pinheiro, vice-presidente do Goiás) me ligou. Acho que levou 20 minutos ou menos para a gente acertar, porque não era uma questão financeira.

O jogador falou sobre o momento do Inter e disse que entenderia se lhe falassem que o clube não tinha interesse na sua negociação:

— Realmente, algumas coisas que aconteceram nas últimas semanas me decepcionaram. (...) O Nilmar, que era o maior ídolo do clube no momento, tinha acabado de sair. Existia uma pressão muito grande para eles contratarem. Mas acho que o interesse passa, a idade chega e o momento futebolístico às vezes não é tão bom. As minhas características talvez não fossem as que eles precisam. (...) Mas eu tive meus motivos no momento da minha saída e eles entenderam muito bem. E eu tinha dois anos de contrato, acabei rescindindo antes. Talvez tenha sido meio precoce a minha volta.

Questionado sobre a possibilidade de "manchar" a sua história no Inter voltando em um momento não tão bom, Fernandão respondeu:

— Isso é uma cultura, de que herói tem que ser morto. Tem gente que vira herói só depois que morre. Mas eu acho tão bonito o Rogério jogando no São Paulo, por exemplo, com toda a glória que ele tem lá. Isso não seria problema.

Vestido com a camiseta do Goiás durante a entrevista, Fernandão falou sobre a alegria de retornar ao clube para o qual torcia na infância.

— Foi uma grande escolha que eu fiz. A torcida me recebeu de braços abertos. Estou muito contente mesmo. Talvez, se eu não tivesse 31 anos e a estabilidade que tenho hoje, talvez a minha escolha tenha sido diferente. Quando era jovem, meu pensamento era diferente. Acho que ainda tenho quatro ou cinco anos de futebol em alto nível. (...) Aqui pude voltar para casa, reencontrar o Iarley e sonhar com o Goiás, acreditando que esse sonho é possível. (...) Quando o Edminho me ligou, eu vi que era possível voltar para o Brasil em um clube que eu amava mesmo não sendo o Inter.
CLICESPORTES

Transtorno Criativo

Transtorno criativo

Especialistas discutem a relação entre habilidades artísticas e doença mental em casos como o do pintor Vincent Van Gogh

  • Na arte, gênio a ponto de se transformar em um dos mais reconhecidos pintores da história. Na vida pessoal, homem de mente confusa capaz de levá-lo ao suicídio. Esse é Vincent Van Gogh (1853-1890), um dos principais nomes do pós-impressionismo, movimento europeu do final do século 19. A habilidade com os pincéis poderia ter ficado camuflada caso o holandês gozasse de saúde mental estável. O transtorno afetivo bipolar que o perseguiu por toda a vida o levou a uma depressão profunda, intercalada por períodos de grande euforia. Foram essas horas de bem-estar que potencializaram sua capacidade criativa diante de uma tela.

    O pintor também sofria de convulsões, comuns a epiléticos. Uma doença que também pode ter colaborado para exacerbar a sua criatividade. Acredita-se que a coleção de mais de 800 cartas que escreveu poderia ser atribuída à hipergrafia, condição que provoca a necessidade de redigir continuamente e que costuma estar associada à mania e à epilepsia.

    – Van Gogh é um exemplo clássico que demonstra haver relação entre os transtornos neuropsiquiátricos e a genialidade – explica o psiquiatra Mario Francisco Juruena, pesquisador do Institute of Psychiatry, do King’s College de Londres.

    Pesquisas mostram que pacientes com transtornos afetivos, como depressão, bipolaridade e crises compulsivas, têm, por vezes, sensibilidade maior se comparados à maioria dos “normais”. São pessoas que, por causa dessas limitações, apresentam uma personalidade que as faz perseguir ideias e pensamentos com toda a força. Dedicam-se muito mais aos desafios que encaram do que os demais.

    Quem sofre de problemas mentais pode ver a doença ceifar o talento pela raiz. Na 6ª Jornada Cyro Martins sobre Saúde Mental, do Centro de Estudos de Literatura e Psicanálise Cyro Martins, no dia 8, na Capital, especialistas demonstrarão como impedir que o transtorno esconda a genialidade.

    – Pacientes que parecem loucos podem ter uma habilidade incrível. Se for desenvolvida, quebra o preconceito e faz viver melhor – explica o psiquiatra Cláudio Meneghello Martins.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Mudança histórica nas Regras do Basquetebol


FIBA aprova mudança Histórica nas Regras

As decisões do Comitê Central marcam a tentativa de unificação das diferentes regras existentes, visando uma Regulamentação única para o Basketball em todo mundo. Confira abaixo o resumo das mudanças aprovadas.

Regras Oficiais de Basquetebol 2008

Todas as modificações apresentadas abaixo entram em vigor a partir de 1º deOutubro de 2008, ou . seja, após os Jogos Olímpicos de Pequim.

Art. 4. 3. Uniformes - Não será permitido o uso de camisetas por baixo dos uniformes de jogo.

Art. 25. 2. 3. Jogador caindo no chão - Trata-se de uma jogada legal quando o jogador, segurando a bola, cai e desliza no chão.

Art. 28. 1. 3. Bola passada para a quadra de ataque - A bola passa para a quadra de ataque quando, durante o drible da quadra de defesa para a de ataque, ambos os pés do atacante e a bola estejam em contato com a quadra de ataque.

Art. 30. 1. 2. Bola retornada para a quadra de defesa - Não será mais violação se o jogador, saltando da sua quadra de ataque, estabelecer um novo controle de bola para sua equipe enquanto estiver no ar e cair na sua quadra de defesa.

Art. 31. Interferência de trajetória e interferência com a bola - Se um jogador tocar a bola, tendo passada (a mão ou braço) pela cesta de baixo para cima, é uma interferência (e não uma violação) com todas as conseqüênciasrelevantes da regra.

Art. 36. 1. 4. Falta Antidesportiva - Se um jogador provocar um contato por trás ou lateralmente numa tentativa de parar um contra-ataque e for o último defensor entre o atacante e a cesta, contato deverá ser julgado como antidesportivo.

Art. 38. 3. 1. Falta Técnica - Uma falta técnica poderá ser sancionada contra um jogador por girar/balançar seus cotovelos (sem que ocorra um contato).

As mudanças nas Regras Oficiais do Basketball para 2010 entrarão em efeito a partir de 1º Outubro de 2010, isto é, após os Campeonatos Mundiais da FIBA, ou seja, para as competições de alto nível. Já para as competições de nível médio, isto é, competições oficiais da FIBA, bem como as competições de alto nível das federações nacionais, a partir de 1º de Outubro de 2012, ou seja, após os Jogo Olímpicos de Londres. Essas alterações se darão em artigos como:

Art. 2. 2. 3. Linhas de lances-livres e áreas restritivas

Art. 2. 2. 4. Áreas de cestas de três pontos

Art. 2. 2. 6. Linhas para reposição na lateral

Art. 2. 2. 7. Semicírculos nos quais não serão considerados/marcadas cargas ofensivas

Art. 29. Vinte e quatro segundos

"OS ÁRBITROS PODEM SORRIR, TAMBÉM, PORQUE AMAMOS ESTE JOGO FASCINANTE CHAMADO BASKETBALL."

José Leandro de Andrade Vinadé