Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.
sábado, 16 de julho de 2011
Adulto Jovem
sábado, 2 de outubro de 2010
Existe origem da crise de identidade do professor?
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Volta a vaca fria
"Voltar à vaca fria" é uma expressão usada para retornar ao assunto principal em uma conversa, discurso ou discussão, que foi interrompida por divagações em temas periféricos. Como a vaca entrou nessa, é outra história.
De acordo com o professor Ari Riboldi, no seu livro 'O Bode Expiatório', essa expressão é a tradução da muito usada na França "revenouns à nous moutons", ou seja, voltemos aos nossos carneiros. Essa frase fazia parte da peça teatral 'A farsa do Advogado Pathelin', sobre um roubo de carneiros.
Esta peça, considerada a primeira comédia da literatura francesa, data do fim da Idade Média, precisamente do ano de 1460. Infelizmente, não se tem conhecimento do seu autor.
Mas, voltemos à vaca fria. Em determinada cena da peça, o advogado do ladrão faz longas divagações fora da questão principal e o juiz chama a sua atenção com a frase 'voltemos aos nossos carneiros', fazendo-o retomar o assunto.
Porém, a tradução para o português da expressão acabou transformando os carneiros em uma vaca. Essa distorção, segundo Riboldi, possivelmente se deva ao fato de que era costume, em Portugal, servir um prato frio feito com carne de gado antes das refeições, ao qual muitos comensais recusavam. Estava dispensda, assim, a "vaca fria".
quinta-feira, 23 de julho de 2009
PAPEL DA FAMILIA NA EDUCAÇÃO
"Família deve fornecer noções de civilidade", diz professor especializado em indisciplina
A falta de limites na sala de aula é o foco das pesquisas de Joe Garcia
A falta de limites na sala de aula é o foco das pesquisas do doutor em Educação e especialista em indisciplina Joe Garcia há mais de uma década. O professor do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná adiantou ontem pontos da palestra que deve apresentar amanhã, no 10º Congresso da Escola Particular Gaúcha:
HUMANIZAÇÃO DA ESCOLA
A escola precisa ser uma referência de esperança e de humanização, diz especialista professor Joe Garcia apontou medidas para combater a indisciplina de alunos
A violência no ambiente escolar ganhou evidência neste ano com o caso de uma adolescente de 15 anos que agrediu uma professora na Escola Estadual Bahia de Porto Alegre, em março. A jovem alegou ter sido alvo de racismo e admitiu ter empurrado a professora, que bateu a cabeça na parede e sofreu traumatismo craniano. Como pena, o Juizado da Infância e Juventude determinou que a estudante ficará em liberdade assistida por seis meses e prestará serviços à comunidade por 24 semanas. A falta de limites na sala de aula é justamente o foco das pesquisas do doutor em Educação e especialista em indisciplina Joe Garcia há mais de uma década. O professor do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná é um dos palestrantes do 10° Congresso da Escola Particular Gaúcha, no Centro de Eventos da PUCRS, na Capital. Na tarde desta quarta-feira, Garcia conversou em um chat com leitores do site Zerohora.com. Confira alguns dos principais temas discutidos: Agressão em sala de aulaAo responder sobre qual deve ser a atitude de um professor agredido verbalmente ou fisicamente em sala de aula, Garcia diz que o professor deve assumir uma "posição que pode envolver retirar o aluno de sala ou mesmo retirar a si, se há um risco a sua segurança pessoal": — Entendo a agressão como uma ruptura no tecido social da sala de aula. Isso vai solicitar a reconstrução desse tecido. Para isso talvez seja necessário uma trégua intermediária, ou mesmo ajuda externa. Falta de valores humanosUm dos leitores, que apontou a falta de respeito aos valores e de estrutura familiar, perguntou qual a postura que os educadores devem adotar para tentar corrigir esses problemas e oferecer uma formação de qualidade aos alunos. — A escola precisa ser escola, e assim um lugar de desenvolvimento humano, de humanização. A escola precisa ser uma referência de esperança. Há muito a fazer neste trabalho de humanização. É urgente, por exemplo, o trabalho de educação em valores humanos na escola. Se os valores não foram trabalhados "ontem" na família e na escola, hoje temos indisciplina, em casa e na escola. E quando temos indisciplina hoje, já sabemos que amanhã teremos de trabalhar valores. A indisciplina, em casa e na escola é uma medida de crise moral — diz Garcia. Segundo o especialista, a violência no ambiente familiar só agrava o problema da indisciplina: — O ambiente familiar faz internalizar na criança certas crenças sobre como tratar o outro, por exemplo. Assim, quando a criança experimenta um ambiente familiar onde se usa violência para resolver conflitos cotidianos, ela pode aprender que é lícito usar meios violentos para resolver conflitos. De fato, nossa civilização ainda precisa aprender a superar a tendência a usar formas violentas de lidar com conflitos, que tanto nos caracterizam. Na educação dos filhos, há metodos mais eficazes e menos violentos para ensiná-los a aprender a viver com os outros. Mudança de postura O hábito de professores de enviar os alunos que apresentam problemas de indisciplina para a direção da escola imaginando que a diretora vai resolver "todos os problemas" também foi um dos questionamentos feitos ao especialista. Garcia explicou qual deve ser a postura adotada pelas escolas para combater a indisciplina: — Penso que uma das primeiras ações a ser realizada em uma escola que deseja melhorar seu ambiente de disciplina reside em construir uma visão compartilhada sobre disciplina e indisciplina. Conquistar clareza sobre o que seja disciplina e indisciplina, o que será feito nos casos de indisciplina, por quem e como. Mas, quando não atuamos de modo integrado temos uma fragmentação justamente em momentos delicados. E, aos alunos, a escola parece frágil e até mesmo manipulável. Sobre como o professor deve lidar com uma turma indisciplinada, que tem um aluno que enfrenta o professor e esta atitude estimula os outros alunos fazerem o mesmo, o especialista destaca que "as estratégias mais eficazes para lidar com a indisciplina em sala de aula incluem os próprios alunos na equação": — Se os alunos são parte do problema, devem ser parte da solução. Nós, professores, precisamos compartilhar com eles os dilemas morais dos seus próprios comportamentos. Para se aprofundar no tema, ele dá duas sugestões de leituras: — Publiquei um artigo sobre a gestão da indisciplina na escola em uma revista chamada Contrapontos, onde analiso um conjunto de pontos fundamentais sobre esse tema. E há também um livro que acho muito interessante para professores, "Histórias de Indisciplina Escolar", escrito por Cintia Freller. ZEROHORA.COM
segunda-feira, 18 de maio de 2009
A arte de lidar com pessoas
sábado, 9 de maio de 2009
Ler vem de casa
Ler é lição que vem de casa
Crianças e adolescentes formam a maior parcela de leitores no Brasil
A situação do livro no Brasil é crítica, a juventude não lê nada, a escola não ajuda, os brasileiros leem pouco. Os exemplos acima são lugares-comuns repetidos exaustivamente quando o assunto em pauta é o índice de leitura dos brasileiros. Para choque dos alarmistas, quase todos estão errados: crianças e adolescentes formam a maior parcela de leitores no Brasil. Em parte, graças à escola. E sempre com apoio fundamental da família.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada há alguns meses pelo Instituto Pró-Livro, entidade que congrega instituições do setor, como a Câmara Brasileira do Livro, colocou pela primeira vez em termos científicos noções que até ali eram apenas intuídas, e permite uma ampla gama de abordagens a problemas envolvendo a disseminação do livro no Brasil. No mês em que se comemoram o Dia Internacional do Livro e o Dia Nacional do Livro Infantil, a pesquisa apresenta dados que, se estão longe do ideal, mostram um quadro menos pessimista.
– O índice de leitura no Brasil é muito melhor do que se esperava, porém ainda aquém do que se poderia chegar. Mas há notícias boas. Somos um país de 95 milhões de leitores – e dois terços deles vêm da escola. A leitura na infância está sim, ocorrendo. – comenta Galeno Amorim, coordenador da pesquisa.
Outro clichê recorrente quando se trata do assunto são críticas ao papel da escola como formadora de leitores, e elas são, sim, em parte justificadas. As pessoas leem na escola e abandonam o hábito à medida que se afastam dela – o que talvez falte seja a capacidade de envolver a leitura não apenas na aura de obrigação, e sim de encantamento, algo que passa pelo ambiente familiar. Tanto que a maioria dos que se definiam leitores na pesquisa (ou seja: que haviam lido um livro nos últimos três meses antes da entrevista) tinham como lembrança o incentivo da mãe e situações em que os pais liam para eles na infância. A consolidação do aprendizado da leitura se dá em casa.
– O nosso imaginário da leitura tem como referência a família. O professor pode ser bom, mas o que fortalece o ambiente de leitura é a ação dos pais – comenta Regina Zilbermann, professora de Letras na UFRGS.
Com ela, concorda o psicanalista e escritor de obras voltadas para crianças e adolescentes Celso Gutfreind. A leitura, na infância, precisa começar como uma curtição em grupo, segundo ele:
– Ler é ter prazer com a imaginação. E a imaginação não é algo que se desenvolve sozinho – ressalta Gutfreind.
Quem não lê é o adulto
Crianças em idade escolar normalmente leem mais do que os adultos por três fatores: crianças e jovens têm mais tempo livre, precisam ler por exigência da escola e nela têm mais facilidade de acesso aos livros. O grande nó está em como fazer essa população escolar continuar lendo depois de sair do colégio.
– A pesquisa mostrou que essa mesma escola ainda falha na tarefa de formar leitores para a vida toda. – diz Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura e coordenador da pesquisa do Instituto Pró-Livro.
Há mais de uma razão para isso: a entrada no mundo profissional reduz o número de horas livres para a leitura, e a própria relação do aluno com a leitura na escola é associada com uma experiência obrigatória, a ser abandonada na primeira oportunidade.
– Sempre se diz que o jovem não lê, mas o que se vê é que o jovem lê, quem não lê é o adulto – ressalva Amorim. – Quando você pergunta aos estudantes a que associam os momentos de leitura, 60% diz que associa com prazer, e só 32% falam que associam com obrigação. O jovem gosta de ler, tem de ser é seduzido do modo certo.
A região sul tem a maior média de livros lidos por habitante, e o Estado tem uma boa média de leitura em comparação com os demais, 5,5 livros por habitante ao ano. Já a região "Noroeste" do Rio Grande do Sul apresenta o maior índice de leitura de todo o Estado: 6,6 livros por ano – e não por acaso é a área que inclui Passo Fundo, mostrando que duas décadas de Jornada Nacional de Literatura tiveram efeito positivo na formação permanente de leitores. Com política séria, os efeitos aparecem.
ZERO HORAO bom professor
O bom professor
Viviane Salvi Gertge, professora de matemática
Quando comecei no magistério, em 1980, a noção que se tinha de um professor passava suficientemente pela qualidade de ser o detentor do conhecimento específico de sua área. Se alguém propusesse um estudo voltado para as etapas de desenvolvimento das crianças e de como funciona a cabeça do jovem, de imediato, era visto como matador de tempo.
E por que alunos de 10, 11 anos não conseguiam aprender questões como divisão, expressões numéricas, problemas matemáticos, se fazíamos tantos grupos de estudos e nos esforçávamos para que nossas aulas fossem tão boas que beirassem a perfeição? A resposta veio com a abertura política, estudos e pensadores que nos deram caminhos para reflexão.
Ser professor, hoje em dia, não se resume a um esforço solitário de aquisição e transmissão de conhecimentos. É enxergar que estamos lidando com vidas, conflitos e expectativas. É estar envolvido com pessoas.
Para ser um bom professor, preciso conhecer o meu aluno, sua história, esperanças e sonhos, atribuindo significados aos conteúdos e mobilizando os educandos para que queiram ir mais à frente. Também é importante que o professor leve em consideração que uma sala de aula é um grupo de pessoas e que seu papel é, ou deveria ser, de liderança e de autoridade. Além disso, um bom professor, necessariamente, precisa ser um bom comunicador, para expressar conteúdos e transmitir estados afetivos.
E, finalmente, um bom professor é uma pessoa que ensina, mas que também aprende. É um ser apaixonado pelo que faz e pelos seus alunos. Prepara o ambiente de aprendizado. Não deixa a turma perder os limites, mas sabe rir junto com seus alunos. É uma pessoa que acerta, mas também erra. Caminha com seus alunos. Progride com o seu grupo de trabalho e reconhece que cada um é um ser em desenvolvimento. Acolhe e cuida. É exigente e estimulante.
A tarefa é bastante árdua, pois reunir todas essas características em um só professor é uma meta que pode levar uma vida inteira. Por isso, dizemos que a carreira do magistério é dinâmica e que a capacitação docente é contínua. Começa no primeiro dia em que entramos em uma sala de aula e provavelmente não acabará nunca.
ZERO HORAquarta-feira, 6 de maio de 2009
O peso ideal das mochilas das crianças
Saiba qual o peso ideal das mochilas das crianças
Carga não pode ultrapassar 10% do peso da criança; o tamanho também tem de ser levado em conta, e não pode ser maior que as costas .
Baixo desempenho no ENEN
Escolas privadas do RS têm desempenho tímido no Enen
Colégios particulares de elite ficaram para trás na comparação com os melhores de outros Estados
Na lista dos cem estabelecimentos privados com nota mais alta no Enem, apenas dois são do Rio Grande do Sul – contra 28 do Rio de Janeiro, 22 de São Paulo e 19 de Minas Gerais. Entre as 200 primeiras do ranking, os gaúchos emplacaram apenas seis instituições. A melhor posicionada, o Colégio Província de São Pedro, surgiu em um modesto 54º lugar. A outra gaúcha no Top 100 das privadas foi o Colégio Sinodal, de São Leopoldo.
A rede particular do pampa, em seu conjunto, obteve a 10ª melhor média entre todas do país – foi superada pelas redes de Estados como Goiás, Bahia, Espírito Santo e Santa Catarina. O mau resultado ganha ainda mais relevo em razão do desempenho da rede pública gaúcha, que foi o melhor do Brasil. Combinados, esses dois fenômenos fizeram do Rio Grande do Sul o segundo Estado com menor diferença de notas entre as escolas públicas e privadas. Na maioria do país, há um abismo entre as duas redes.
O desempenho opaco dos colégios privados de um Estado que se orgulha de estar entre os mais ricos e educados do país surpreendeu e alarmou especialistas. A doutora em Educação Helena Sporleder Côrtes, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), afirma que exames como o Enem devem ser relativizados, por serem pontuais, mas que não podem ser ignorados.
– O resultado é preocupante para o Rio Grande do Sul. É uma surpresa, porque temos instituições com tradição de qualidade. É preciso que as escolas examinem os resultados e encaminhem soluções, ainda que se sintam injustiçadas. Um resultado desses deve sempre encaminhar uma autocrítica.
A professora acredita que uma hipótese para explicar a escassez de particulares gaúchas no topo do ranking do Enem pode ser o foco exagerado em preparar para o vestibular – em lugar de valorizar em sala de aula as habilidades previstas pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, nas quais o Enem é calcado.
– Muitas escolas se organizaram em função do vestibular. Na medida em que fazem isso, deixam de lado a formação – observa.
Enem pode ajudar particulares a repensarem seu ensino
O doutor em Educação Raimundo Helvécio Aguiar professor de política educacional da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) faz a ressalva de que a capacidade de avaliações como o Enem para medir a qualidade do ensino é questionável. Mesmo assim, diz que o exame deve levar as escolas privadas a se repensarem.
– Se pensarmos no conceito de que escolas particulares, via de regra, recebem a elite, a indicação que o Enem dá é de que a elite gaúcha está sendo mal preparada. É surpreendente. Se for assim, essas escolas vão formar pessoas com menores condições para o mundo do trabalho. O Estado pode perder espaço em relação a outros – analisa.
Segundo Aguiar, uma possibilidade é que a qualidade de ensino tenha caído nas particulares gaúchas devido à perda de alunos ao longo dos últimos anos, o que teria levado as escolas a perderem professores e remunerarem pior.
ZERO HORAMudança na sala de aula
EDUCAÇÃO
O que vai mudar na sala de aula
Intenção da SEC é agrupar as disciplinas em quatro áreas de forma gradual a partir de 2010
TIRE SUAS DÚVIDAS |
O que pode mudar? |
As disciplinas seriam agrupadas, no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, em quatro grandes áreas, compreendendo as atuais disciplinas. |
Quais seriam as áreas? |
1) linguagens (português, literatura, língua estrangeira, arte e educação física) |
2) matemática |
3) ciências de natureza (biologia, química e física) |
4) ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia) |
Com o agrupamento das disciplinas, um mesmo professor lecionaria pelo menos três disciplinas? |
A ideia da Secretaria Estadual da Educação (SEC) é que, no futuro, todo professor esteja apto a lecionar qualquer uma das disciplinas integrantes da área de conhecimento a que está vinculado. Por exemplo, um professor de biologia poderia dar aulas de química e física. Já um de história poderia lecionar também geografia e filosofia. |
Como seria a transição para os professores que já atuam na rede estadual? |
Dependendo da formação do professor, ele precisará ser treinado para começar a lecionar uma nova disciplina. Segundo a secretária da Educação, Mariza Abreu, a intenção é realizar treinamentos dentro das próprias escolas, com apoio de professores que já têm formação na área. A expectativa é que, com o tempo, o professor esteja envolvido com menos turmas, o que aumentaria seu vínculo com os alunos. |
O que muda para o aluno? |
A principal mudança seria a redução do número de professores, já que eles concentrariam mais disciplinas. Os críticos da proposta temem que a mudança piore a qualidade do ensino, uma vez que um professor com formação em biologia, capacitado para dar aulas de química, não teria os mesmos conhecimento de outro que passou por uma licenciatura nessa área. |
As provas seriam integradas também? |
Sim. A ideia é agrupar as avaliações por áreas de conhecimento, mas algumas escolas poderiam manter avaliações separadas para história e geografia, por exemplo, disciplinas que integram a mesma área. A tendência é que o aluno tenha só quatro notas. |
Qual é o modelo em que a SEC se baseia? |
É inspirado em experiências de escolas paulistas, mineiras, portuguesas e argentinas. Também serviram de referência os parâmetros curriculares nacionais e projetos de interdisciplinaridade já desenvolvidos em escolas do Brasil. |
O que muda nos concursos do magistério? |
A seleção será feita por área de conhecimento, ou seja, as questões das provas abrangerão temas relacionados a todas as disciplinas que integram a respectiva área. A intenção da SEC é só abrir novo concurso após a aprovação das reformas previstas no ensino na Assembleia. |
Como o Cpers vê as propostas? |
A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, avalia que a proposta é mais uma ação do governo do Estado para cortar despesas e reduzir investimentos em educação. Para ela, fazer com que um professor de biologia lecione também química e física, por exemplo, resultaria na queda da qualidade do ensino nas disciplinas que não fazem parte da formação original do docente. A avaliação é que a atuação em várias frentes seria benéfica ao governo por resolver o problema da falta de professores em determinadas áreas. |
Existe um exemplo no Estado de escola com conteúdos integrados? |
Algumas escolas utilizam métodos parecidos. No Colégio de Aplicação da UFRGS, em Porto Alegre, o modelo é desenvolvido desde 1996 com alunos de 5ª e 6ª séries, dentro do Projeto Amora. |
No planejamento semanal são definidos os temas a serem abordados e previstas formas de professores de diferentes disciplinas interagirem. Apesar da integração, cada professor só leciona em sua área de formação. A avaliação é diferenciada. Não há nota, mas uma avaliação. |