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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Índice de diabetes pode ser reduzido com caminhada

Índice de diabetes pode ser reduzido com caminhada


Australianos tiveram seus passos diários computados para pesquisa


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 às 7:56h

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Dar três mil passos por dia durante cinco dias por semana é recomendado por especialistas
Dar três mil passos por dia durante cinco dias por semana é recomendado por especialistas

Caminhar emagrece, melhora as dores musculares e ainda reduz o risco de diabetes. Esse novo resultado indica que andar rotineiramente pode diminuir os problemas relacionados com o açúcar no corpo.

O estudo é o primeiro no mundo a mostrar efeitos de mudanças em longo prazo relacionadas à atividade física e à sensibilidade à insulina. Ele foi analisado por pesquisadores do Murdoch Chidren Research Institute, em Melbourne.

Entre 2000 a 2005 aproximadamente 592 adultos de meia-idade participaram da análise por nível de diabetes. Os moradores da Austrália responderam questionário relacionado à dieta e ao estilo de vida. Todos passaram por exames e receberam um acessório a ser utilizado que mede o número de passos dados diariamente (pedômetros).

Quem andou mais durante os cinco da pesquisa teve melhora no índice de massa corporal. Os pesquisadores ainda notaram uma redução de medidas entre cintura e quadril, e melhor sensibilidade à insulina.

“A diabetes é uma doença grave que afeta grande parte da população e tem complicações importantes para os pacientes”, explica o enfermeiro Alisson Daniel, tutor do Portal Educação. Segundo o profissional, esta pesquisa reforça o que há muito tempo é indicado para controle de peso e hipertensão. “O resultado da análise auxiliará pacientes com predisposição a desenvolver a diabetes”, salienta o tutor do Portal Educação.

Especialistas explicam que é recomendado que as pessoas percorram três mil passos por dia durante cinco dias por semana. No entanto, a orientação popular diz que o ideal são 10 mil passos por dia. Para os pesquisadores, seguir essa orientação pode triplicar a sensibilidade à insulina.


TAGS: pesquisa, andar, diabetes, caminhada


sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Menino cego usa sonar para se localizar e até joga basquete

Menino cego usa sonar para se localizar e até joga basquete
Fonte: G1Publicidade

Técnica é semelhante à ecolocalização usada por morcegos e golfinhos.Assista vídeo sobre as habilidades de Lucas Murray, de 7 anos.
Um menino britânico cego de 7 anos conseguiu aprender a "ver" objetos usando sua audição. Lucas Murray estala sua língua e usa o eco provocado pelos objetos para construir o cenário em seu entorno.
A técnica é semelhante à do sonar usado por morcegos e golfinhos.
Lucas estala sua língua no céu da boca, e pelo som que escuta do eco ele consegue descobrir a distância, a forma, a densidade e a posição dos objetos.
A técnica, conhecida como "ecolocalização", ajudou Lucas, que nasceu cego, a jogar basquete e a escalar montanhas.
Ele aprendeu o sistema com o californiano Daniel Kish, de 43 anos, que fundou uma organização não governamental internacional de ajuda aos cegos.
Os pais de Lucas, Sarah e Iain, viram Kish em um programa de TV e o convidaram para visitar o filho em sua cidade, Poole, no sul da Grã-Bretanha.
"O Lucas é capaz de estalar sua língua para determinar onde as coisas estão ao seu entorno e o que são essas coisas. Ele é capaz de se movimentar confortavelmente sem ter que se segurar em outras pessoas", afirma Kish.
"O estalo basicamente emite um som que reflete no ambiente um pouco como o flash de uma câmera", explica.
Mobilidade extraordinária
Lucas consegue determinar a distância dos objetos ao estimar o tempo que o eco leva para voltar e é capaz de estimar a localização do objeto sabendo em que ouvido o eco é percebido primeiro. A densidade e a forma do objeto é percebida pela intensidade do som que retorna.
Um objeto que se move para mais longe cria um som com volume mais baixo, e um objeto que se aproxima cria um som com volume mais alto.
Segundo Kish, Lucas determina as qualidades de um objeto pelas características do som que ele consegue perceber. "Ele joga basquete, é capaz de acertar a bola na cesta com os estalos da língua. Ele consegue jogar muito bem", afirma Kish. Para ele, a mobilidade alcançada por Lucas é "extraordinária".

sábado, 15 de agosto de 2009

Inteligências Multiplas

“A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança”

Em entrevista a ZH, o psicólogo norte-americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, referência internacional na área da Educação, diz que as pessoas deveriam ser ensinadas a partir de suas habilidades inatas e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Ele é o próximo conferencista do ciclo Fronteiras do Pensamento, às 19h30min de segunda-feira

Depois de um hiato de alguns meses, o ciclo de conferências Fronteiras Braskem do Pensamento está de volta na próxima segunda-feira, dia 17, em Porto Alegre. Quem sobe ao palco do Salão de Atos da UFRGS, às 19h30min, para o primeiro dos quatro encontros programados para este ano – descontado o já realizado com Steven Pinker, só para convidados – é o psicólogo cognitivo e educacional Howard Gardner.

Filho de um casal de judeus que fugiu para os Estados Unidos para escapar do Holocausto, Gardner nasceu na Pensilvânia, tem 66 anos e é professor nas Universidades de Harvard e Boston. Tornou-se célebre por sua revolucionária teoria das múltiplas inteligências, publicada em meados dos anos 1980 no livro Estruturas da Mente. Amparado em pesquisas, à época recentes, que apontavam que as habilidades cognitivas das pessoas são imensamente diferenciadas entre cada indivíduo, o autor questionou os conceitos mais tradicionais a respeito da inteligência humana. Levantou dúvidas sobre a possibilidade de se medir a capacidade intelectual por meio de testes como o de QI e sugeriu que nosso repertório de habilidades não é restrito nem deve ser medido exclusivamente a partir do sucesso escolar.

Há sete tipos de inteligências, escreveu Gardner: linguística, musical, lógico-matemática, espacial, corporal ou cinestésica, interpessoal e intrapessoal. A teoria ganhou o mundo e posteriormente foi atualizada, incorporando duas novas vertentes – as inteligências naturalista e existencialista. Recentemente, foi estudada por pensadores de todo o planeta, que a aplicaram a diferentes contextos em um projeto que resultou em Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo, livro lançado nos EUA e que ainda está sendo traduzido para o português.

É sobre a experiência de publicação desse volume que Gardner inicia a entrevista a seguir, concedida por e-mail. É sobre isso também que ele deve falar na palestra de segunda – embora, como as ideias que o tornaram conhecido, trate-se de uma teoria maleável e cada vez mais, conforme o desenvolvimento de pesquisas e da própria evolução tecnológica, passível de mudanças e atualizações.

Cultura – Seu mais novo livro, que permanece inédito no Brasil, intitula-se Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo. O que o senhor aprendeu pesquisando sobre o uso de suas teorias sobre a inteligência em contextos e países diferentes?

Howard Gardner – Desenvolvi a teoria das inteligências múltiplas como um estudioso da Psicologia. Fiquei surpreso positivamente com o interesse que meus estudos provocaram em educadores em todo o mundo. O recém-publicado livro a que você se refere e que, posso adiantar, já está sendo traduzido para o português, inclui textos de autores dos cinco continentes. Considero o resultado deslumbrante. Porque, em cada país, a teoria vai ao encontro de necessidades locais diferenciadas. Ela se desdobra. Por exemplo: no Japão e na Coreia, remete às mais velhas, talvez esquecidas, tradições culturais. Na América Latina, soa como um empreendimento democrático. Já na China, aprendi com um jornalista: “Nos Estados Unidos a teoria das múltiplas inteligências se debruça sobre as habilidades especiais de cada criança individualmente. Em território chinês, temos estabelecido como um dever nosso fazer cada criança desenvolver oito habilidades específicas diferentes”.

Cultura – No Brasil, a educação é bastante problemática, inclusive em níveis mais básicos, atingindo e inclusive comprometendo a formação das crianças no país. Ainda que o senhor não tenha informações muito detalhadas sobre o contexto brasileiro, eu gostaria que, por favor, respondesse de maneira genérica: o quanto uma educação básica problemática afeta uma criança pelo restante de sua vida?

Gardner – Antes do século 20, havia muitos empregos, especialmente em territórios rurais, que não tinham como pré-requisito qualquer tipo de educação formal. Não era preciso ter qualquer tipo de alfabetização para desempenhar determinadas funções. No século 20, a escola básica passou a ser suficiente para o trabalho industrial e em alguns setores de prestação de serviços. Hoje, no século 21, a regra, genericamente, é a seguinte: faz-se necessário para um indivíduo ter alfabetização, uma educação minimamente formal, um conhecimento minimamente disciplinado e, pelo menos, uma área de conhecimento específico, técnico. Pelo menos uma área de expertise. Caso contrário, esse indivíduo tem tudo para ser simplesmente um desempregado com imensas dificuldades de ter qualquer futuro.

Cultura – Sua teoria das inteligências múltiplas é descritiva, mas ao mesmo tempo ajuda a apontar soluções para a realidade descrita. O que motivou e continua motivando o senhor a desenvolver esse trabalho?

Gardner – Como eu já disse, comecei a desenvolver esse trabalho como psicólogo. Meu “gol” foi criticar que a visão da psicologia acerca do conceito de “inteligência” era muito limitada. Transposta essa limitação, a teoria despertou o interesse dos educadores. A partir daí, comecei a me envolver muito mais com a educação, sobretudo com a educação infantil, que se presta como base para os mais diversos tipos de mudanças. A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança. Ela indica que é possível individualizar a educação básica, no sentido de que os indivíduos devem ser ensinados a partir de suas habilidades inatas, e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Com o acesso à informática, hoje também podemos pensar que é possível para qualquer pessoa ter uma educação individualizada, coisa que anteriormente só era possível para famílias financeiramente avantajadas, que tinham condições de, por exemplo, pagar um tutor a suas crianças. Mas essas ideias ainda precisam ser mais difundidas. A evolução da educação é progressiva, sempre. É nisso que sigo trabalhando.

Cultura – Mais de 20 anos após a publicação da teoria, o que o senhor acha que ainda é possível descobrir a respeito de inteligências múltiplas e por quais caminhos deve-se andar para fazê-la avançar ainda mais?

Gardner – A teoria foi originalmente concebida com base no conhecimento do cérebro que tínhamos na primeira metade dos anos 1980. Como a neurociência cresceu muito de lá para cá, e ainda segue crescendo – assim como a genética, cujo crescimento talvez seja ainda mais dramático –, creio que é factível pensarmos em seguir descobrindo coisas novas sobre as inteligências múltiplas. Essas descobertas vão sem dúvida resultar em revisões da teoria, que podem surgir na direção do surgimento de novas inteligências ou na direção de alguma reconfiguração das inteligências já apresentadas. Os experimentos educacionais descritos nesse novo livro também podem indicar a necessidade de algumas revisões, dependendo de onde as pesquisas que forem postas em prática, daqui por diante, nos levarem. Por último: as culturas têm mudado, principalmente por força da globalização, das mídias digitais, das avenidas de comunicação rápida, e isso certamente nos dará novas luzes sobre como as inteligências trabalharão juntas e sozinhas nos tempos que virão.

Cultura – A publicação da teoria das inteligências múltiplas teve grande impacto e a tornou muito popular. Uma consequência natural disso é o surgimento de subteorias, digamos assim, menos significativas científica e intelectualmente – às vezes vestindo a máscara da chamada literatura de autoajuda. Isso o incomoda?

Gardner – Em princípio, não tenho objeções à literatura de autoajuda. Mas prefiro acreditar que ela não leve à teoria das inteligências múltiplas, ou que a teoria não tenha levado a ela – a não ser que o autor responsável por essa eventual relação tenha estudado as inteligências múltiplas de verdade. É claro: não tenho como controlar esse processo. E estou preparado para morder minha língua. Já houve casos em que a teoria teve um uso que considerei absolutamente ofensivo e mal-intencionado. Foi na Austrália. Algum trabalho científico desenvolvido por lá listou todos os grupos raciais e étnicos, relacionando as inteligências que teriam relação com eles. Fiquei chocado com esse absurdo, tanto que denunciei esse trabalho na televisão. Felizmente, logo a pesquisa foi cancelada. É preciso estar atento e fazer o trabalho andar para a frente, e não para trás.

DANIEL FEIX

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Futebol fim de semana e as consequencias

A correria do dia-a-dia, somada às responsabilidades profissional, social e familiar nos leva, cada vez mais, a acelerarmos o ritmo de vida. A correr contra o relógio!
Resulta que fugimos do caos cotidiano na primeira oportunidade e nos refugiamos em atividades que excedam às nossas habituais. É aí onde mora o perigo!
Segunda-feira, de todas as semanas: incontáveis são os casos de lesões resultantes do “inocente futebol nosso de cada sábado!”. Puxa vida, se conselho fosse bom...
O problema não está no jogo em si, e sim na periodicidade (ou a falta de) com que ele ocorre. Precisamos ser conscientes (meninos, leiam isso com muita atenção!) de que é preciso SIM se ter músculos fortes, articulações e tendões resistentes para suportarem o nível de exigência física de uma partida de futebol. Isso, sem falarmos no sistema cardiorrespiratório, extremamente solicitado.
Na prática, vivenciamos a seguinte situação: uma vez por semana (veja bem, 1 vez, apenas!), exigimos o rendimento máximo muscular e articular dos membros inferiores. O corpo descansa durante longos seis (6!) dias e...fadiga novamente! Eis a questão: como introduzir um processo de adaptação ao organismo se só se praticam esses movimentos uma vez por semana?
Em decorrência dessa falta de periodicidade, o corpo não consegue se adaptar ao exercício porque relaxa em demasia (durante os seis dias), passando uma semana de folga e, assim, todo o conjunto muscular e articular “desacostuma” com os movimentos.
O nosso organismo necessita de preparo e de toda uma “construção” muscular e articular para poder receber tal exigência física e correspondê-la a altura. É quando entram os dois elementos mais esquecidos e temidos pelos praticantes da pelada do fim-de-semana. Vos apresento: aquecimento e alongamento.
Que se gastem vinte minutinhos antes do jogo, mas que se faça uma breve sessão de aquecimento e outra de alongamento. Isso ativa a circulação sanguinea e “acorda” os músculos, tendões e ligamentos para receberem a sobrecarga dos movimentos durante os 90 minutos, bem como evita possíveis distensões musculares.
O chute, em si, se caracteriza por ser um movimento balístico,que envolve três articulações: coxo-femural (quadril), joelhos e tornozelos.
A articulação do joelho é a que sofre maior sobrecarga e se constitui numa estrutura composta por: patela, tendões, ligamentos e líquido sinovial.
A patela (também conhecida como rótula) é a base óssea que dá sustentação e apoio aos demais componentes. Os tendões são cordões fibrosos, consistidos, primariamente, por colágeno (principal proteína componente da pele), pelos quais os músculos se inserem nos ossos.
Os ligamentos são faixas de tecido colagenoso fibroso que conecta ossos ou cartilagens entre si e sustenta a articulação. Por fim, o líquido sinovial é o lubrificante do joelho que reduz o atrito articular e sua viscosidade pode ser alterada em resposta à velocidade dos movimentos.
Na prática do futebol, a articulação do joelho atua como uma “alavanca”, aplicando força para impulsionar o chute. Esse é o principal motivo pelo qual se deve “estar forte”.
Um dos métodos viáveis para a obtenção desse condicionamento articular é o trabalho de isometria, em que se utilizam diferentes angulações na sessão de musculação, sobrecarregando o músculo em diversas posições articulares, fortalecendo tendões e ligamentos.
Outra alternativa para essa condição é a proprioccepção, muito utilizada pela Fisioterapia, que consiste na oscilação entre o equilíbrio e o desequilíbrio corporal, provocando a articulação a sustentar o corpo em um só apoio (em um pé só). A propriocepção produz o aumento da viscosidade do líquido sinovial.
Assim, diante de todas estas informações, fica comprovada a eficiência do condicionamento físico orientado, que capacita o organismo a desenvolver os movimentos, minimizando os riscos lesivos.

Mito e verdade

Verdade: glândulas mamárias

A sucção mamária induz a mulher a produzir leite, sem que ela tenha gerado a criança. Isso ocorre através da estimulação das glândulas mamárias.

Mito: hormônio do crescimento X treino.

Há uns 8 anos atrás, quando se descobriu que o hormônio GH (hormônio do crescimento) agia à noite, alguns praticantes de musculação acreditavam que isso se dava em função da ‘escuridão’. Assim, se viu de tudo: alunos querendo treinar de madrugada e até realizando o treino de óculos escuros. Um absurdo! Felizmente, com a evolução das pesquisas, hoje, sabemos que ao abrirmos os olhos (ao iniciarmos as atividades diárias), o GH já desacelera consideravelmente sua função. Ou seja, o ponto em questão é o estado de repouso, e não a escuridão.

Verdade: comandamos nosso cérebro!

Ação do álcool manipulada pelo cérebro. Sim, nós mesmos manipulamos o nosso cérebro para ficarmos ou não alterados/afetados pelo álcool. OBS: durante a vida toda, utilizamos somente 10% da capacidade intelectual do nosso cérebro. Portanto, é aceitável a ‘manipulação’.

Verdade: sede X retenção de líquidos

Quando estamos com sede e não temos água ao alcance, mandamos, inconscientemente, informações para o cérebro de que não podemos ‘perder’ líquido. Assim, ‘não sentimos vontade’ urinar.

Mito: saco plástico X emagrecimento

O fato de se envolver em plásticos para realizar o exercício aeróbio, e, com isso transpirar mais, não emagrece não. Isso só ‘desidrata’ o corpo, fazendo com que percamos sais minerais e podendo, a longo prazo, gerar a ‘desidratação total’.

Mito: água gelada X metabolismo acelerado

Ingerir água gelada durante o treino acelera o metabolismo. Não. Essa informação não confere, pois o efeito é mínimo e não chega a ser considerável a ponto de acelerar o metabolismo.

Mito: cafeína X circulação.

Que o café preto acelera a circulação sanguínea e aumenta a pressão arterial. A cafeína presente no café até teria ação significante sim, mas se ingeríssemos, aproximadamente, 80 litros de café por dia.

Verdade: circulação cerebral

Que, no nosso organismo, o cérebro é a única região em que a circulação é constante sempre (mantém o mesmo ritmo de oxigenação)!

Verdade: pressão alta

A hipertensão é o ‘tensionamento’ dos vasos sanguíneos. Portanto, o hipertenso deve ingerir muita água, pois a água ‘dilata’ os vasos.

Verdade: proteína X urina

A ingesta, em excesso, de proteína causa o acúmulo dessa substância na urina. E isso pode gerar um câncer (corpo estranho não identificado pelo corpo). Então, cuidado com as dietas protéicas e atenção aos alunos que ingerem doses extras às recomendadas, diariamente.

Verdade: ressaca alcóolica X desidratação

A ressaca pelo álcool se dá pela desidratação (perda de água através da urina). O ideal é que se ingira água, concomitantemente ao álcool.

Mito: sedentarismo

O organismo é considerado ‘sedentário’ após 2 meses sem a prática de exercício físico. Não! O sedentarismo se caracteriza após, apenas, 72 horas de repouso. Pra isso, a nível cardiorrespiratório, se recomenda a realização da próxima sessão de exercício num intervalo não maior que esse período.

Mito: treino X metabolismo.

Posso treinar somente 2 vezes por semana que mantenho meu metabolismo acelerado. Não! Até 39 horas após a última sessão de treino o metabolismo se mantém acelerado (queimando gordura em grande velocidade). Após esse período, entra em repouso. O mais interessante, a nível muscular, é que se inicie a realização da próxima sessão num intervalo menor que essas 39 horas.

Verdade: medidas de emergência

O cérebro pode nos surpreender. Ele manda ‘medidas de emergência’ (no caso, força extra) quando, por exemplo, a mãe vê o filho trancado embaixo de um carro. Ela não mensura sua força. Simplesmente vai até lá e ergue o carro. Explicação teórica: medidas de emergência mandadas inexplicavelmente pelo cérebro!

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Padel um esporte emocionante

O Jogo


O Pádel é disputado sempre em duplas. A bolinha e a quadra são iguais às do tênis. A quadra tem 20m de comprimento por 10m de largura, com paredes nos fundos e parte das laterais. Algumas, mais sofisticadas, utilizam vidro ou blindex no lugar das paredes, permitindo excelente visualização do jogo. O restante é cercado por telas ou alambrados de metal, sendo que o piso pode variar do cimento à grama oficial. O diferencial do Pádel para outros esportes de raquete é a interação das paredes, uma vez que elas recolocam a bola em jogo, o que dá mais emoção e dinamismo à disputa de um ponto. Ainda que comuns, as competições entre o Tênis e o Pádel são evitadas pelos praticantes de ambas modalidades. "São dois esportes diferentes, cada um com suas características. O que posso dizer é que gosto de jogar Pádel e que é um esporte muito divertido, pois a bola não para nunca", afirma o tenista Fernando Meligeni. Quando praticado por atletas profissionais, o Pádel proporciona espetáculos de destreza e habilidade em ambiente dinâmico e competitivo. Por outro lado, a modalidade cresce cada vez mais como opções de lazer para amadores. Isso se deve ao fato do Pádel ser um esporte de fácil aprendizado e que, inicialmente, não exige condicionamento físico ou técnico muito rigoroso.

A origem do esporte


Por volta de 1890, passageiros de navios ingleses tentaram adaptar a prática Tênis ao espaço de bordo. Esse Tênis de Alto mar, como ficou conhecido no início, era praticado numa quadra de dimensões menores e protegida por telas. Somente em 1924, o Pádel passou a ser praticado em terra, quando o norte americano Frank Beal improvisou algumas quadras nos parques municipais de Nova Iorque. Por essa época, o esporte passou a ser chamado de Pádel Tênis. Em 1969, Enrique Corcuera construiu a primeira quadra de Pádel em um hotel de Acapulco, no México. Foi Corcuera quem definiu as dimensões de quadra e o regulamento que rege o esporte mundialmente. Outro grande responsável pela difusão do Pádel foi o príncipe espanhol Afonso de Hohenlohen. Entusiasmado com o novo esporte, o nobre levou-o para a expansão do Pádel para outros países europeus. Atualmente, o Pádel é organizado e regulamentado a nível mundial pela FIP (Federación Internacional de Pádel), entidade que conta com 15 associados, nos quais se destacam o Brasil, Argentina e a Espanha.

Pádel no Brasil


Devido à influência do México e Espanha, o Pádel difundiu-se mais rapidamente nos países sul-americanos de espanhola. Somente em 1988. o esporte chegou ao Brasil, trazido por uruguaios e argentinos. Em nosso país, as primeiras quadras de Pádel foram construídas nas cidades gaúchas de Jaguarão e Livramento. Em 1991, outros clubes como o Okinawa de Porto Alegre, a Sociedade Aliança de Novo Hamburgo e o Cepel de Pelotas aderiram o esporte. No ano seguinte, foi fundada a Federação Gaúcha de Pádel, a primeira do país, na Sociedade Aliança em Nove Hamburgo. A partir disso, o esporte se difundiu por outros estados brasileiros, com destaque para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Só na região metropolitana de Curitiba e Litoral Paranaense, existem mais de 50 quadras de Pádel espalhadas por clubes, chácaras, academias e condomínios fechados. Em território paulista, a nova modalidade conta agora com a forte adesão do São Paulo Futebol Clube que, não só fundou sua própria escolinha de Pádel, como também está divulgando o esporte através do site
www.padelsp.com.br
Ainda no sudeste, o Rio de Janeiro se apresenta como um dos estados onde o Pádel demonstra maior crescimento. Atualmente, o carioca tem a disposição mais de 20 estabelecimentos para aprender e praticar esse contagiante esporte.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Malhação terapêutica

Portadores de doenças crônicas e degenerativas podem ter benefícios com atividades físicas bem orientadas

  • Alzheimer, Parkinson, reumatismo, esclerose múltipla, artrose e artrite deformante. Difíceis de serem diagnosticadas e tratadas, as doenças degenerativas fazem parte da vida de milhões de brasileiros. Como o próprio nome diz, as que se encaixam nessa categoria caracterizam-se por corromper o organismo, ou partes dele, de forma gradual e irreversível. Além de medicamentos específicos para cada tipo de doença, os pacientes que procuram nos exercícios físicos uma forma de amenizar os sintomas devem tomar cuidado para que não acabem agravando o problema.

    O professor de neurofisiologia da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Nogueira Aucélio explica que o benefício dos exercícios físicos depende do tipo de patologia.

    – Nas doenças em que o prejuízo é cortical, como Parkinson ou Alzheimer, os exercícios auxiliam na oxigenação do cérebro – diz.

    Para os males que precisam de fisioterapia, o médico explica que atividades como hidroginástica e natação são as mais indicadas, por não terem tanto impacto quanto exercícios em terra. Já para as doenças em que o paciente apresenta comprometimento muscular, o médico alerta: fazer exercícios pode não ser uma boa ideia, pois as articulações já estão prejudicadas.

    – Para essas pessoas, o esforço físico pode trazer prejuízos, como acelerar o processo degenerativo – explica.

    Segundo o professor, atividades dentro d’água só são proibidas aos pacientes que têm convulsões, já que uma crise inesperada dentro da piscina pode ser fatal.

    Há dois anos trabalhando com pessoas com doenças degenerativas, a fisioterapeuta Lílian Almeida de Farias acredita que o principal benefício das atividades físicas é o fortalecimento muscular e a melhora na amplitude dos movimentos, pois muitos pacientes reclamam que ações comuns – como trocar de roupa ou arrumar o cabelo – tornam-se impossíveis, devido ao enrijecimento muscular.

    – O tratamento não cura a doença, mas faz sua evolução diminuir bastante – pondera Lílian.

    A fisioterapeuta conta que, para os casos em que a doença já se encontra em um estado muito avançado, o tratamento servirá para garantir uma melhor integridade física e qualidade de vida aos pacientes.

    – Tenho pacientes que não conseguem mais se levantar, andar, trocar de roupa. Não fazem mais nada sozinhos. Para eles, a fisioterapia vai ajudar a não desenvolver escaras (feridas) na pele e a evitar que a doença progrida ainda mais – explica.

    Com apenas um ano de idade, Francisca Martins foi diagnosticada com artrite reumatoide juvenil, uma doença em que uma ou mais articulações do corpo apresentam artrite crônica.

    – Sinto dores, inchaço nas articulações e dificuldade de movimento. Com o tempo, a cartilagem se desgasta, o que causa muita rigidez e dores insuportáveis.

    Na fisioterapia, a professora de língua portuguesa encontrou alívio para as dores.

    – Tratar a doença só com medicamentos não tem o mesmo resultado. Quanto mais você fica parado, mais a doença te pega – ensina.

    O tratamento é feito sempre com exercícios sem carga para evitar prejuízo ainda maior às já frágeis e debilitadas articulações. Se Francisca perde um dia de atividades, o corpo reclama na hora: as dores aumentam, o corpo fica pesado e as articulações, rígidas como pedra. Mas nem precisa ameaçar, pois os resultados compensam qualquer esforço.

    – Sinto um bem-estar tão grande como uma pessoa que não tem problema de saúde e, quando malha, sente aquela leveza boa – diz Francisca.

Os benefícios

Além de contribuir para melhorar a qualidade de vida e ajudar a controlar os sintomas, veja os benefícios dos exercícios físicos para algumas doenças degenerativas:

> Pacientes com diabetes conseguem uma melhor condição de tolerância à glicose, além de diminuírem os riscos de terem cardiopatias associadas à doença

> Para as pessoas com Parkinson, a fisioterapia auxilia na execução de movimentos do dia a dia, com exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos

> O paciente com Alzheimer tem os efeitos da doença atenuados. Um programa fixo de exercícios pode retardar a evolução da doença, além de diminuir os riscos de hospitalização

> Desde que em nível moderado, para que o paciente não se canse muito, os exercícios em meio aquático são os mais recomendados para pessoas com esclerose múltipla, pois aumentam a resistência muscular e a física.

domingo, 5 de julho de 2009

CORRIDAS

CORRIDAS

Não descuide do reforço muscular

  • Os tênis são profissionais, o uniforme também, a intensidade e a distância do percurso se aproximam dos números feitos por maratonistas, mas a preparação física é de amadores. Levando em consideração todos esses fatores, a fisioterapeuta Maria Luisa Villanueva Antúnez admite que não há mais como tratar com diferenciação corredores profissionais e amadores.

    – Eles precisam administrar o tempo entre os treinos de corrida e a preparação física feita nas academias. Como muitas vezes o tempo é curto, alguns preferem se dedicar mais às atividades de rua e ficam desleixados no reforço muscular, o que acaba provocando lesões – explica.

    A fisioterapeuta está acostumada a tratar as três categorias de atletas. Há os profissionais que vivem do esporte, os amadores, que treinam com frequencia semanal e participam de algumas competições, e os atletas recreacionais, aqueles que jogam futebol uma vez por semana, por exemplo. Para os amadores, a fisioterapeuta acredita que o ideal seria realizar sessões de fisioterapia preventiva com periodicidade, para evitar lesões.

    No caso de dores constantes, é importante diferenciá-las.

    – Existe a dor adaptativa, que faz parte do treino de quem está começando, mas também há aquela indicativa de que algo está errado e causa a incapacidade de um movimento. A solução não é parar, mas descobrir as causas – diz Maria Luisa.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Seu corpo pede um tempo

Seu corpo pede um tempo

Uma rotina cheia de compromissos não pode deixar de incluir hábitos saudáveis e atividades prazerosas

  • Não são apenas os grandes problemas que provocam estresse. Detalhes muito pequenos, que pipocam ao longo do dia, vão derrubando o nível de paciência e calma de qualquer profissional. Que o diga a arquiteta Myrian Cirne Lima, que todos os dias enfrenta uma série de imprevistos em seus projetos. É o cano que estourou, o colocador de piso que ficou doente ou o atraso na entrega de algum material. Para lidar com isso tudo, duas receitas básicas: praticar ginástica diariamente e sempre contar até 10.

    – Não dá para resolver todas as coisas no calor do momento. Quando os problemas se acumulam, a gente se sente, muitas vezes, em uma situação desesperadora. Nessa hora, não tem outro jeito, tem de ter calma e respirar fundo antes de qualquer movimento – conta.

    Além de se prevenir contra os contratempos que atravessam seu próprio caminho, Myrian também cria ambientes antiestresse nas casas dos clientes. Confortáveis, permitem aliviar a tensão e fogem das características duras do ambiente profissional. Uma dica para chegar a esse resultado é acertar a iluminação. Como a luz branca chama a pessoa ao trabalho, a opção, então, é adotar luzes mornas, mais amareladas, que deixam o morador descansado. Móveis ou quadros de família também contribuem para um espaço acolhedor, que afasta da pressão do trabalho.

    – Também é recomendado fazer uso de plantas, tanto nos ambientes residenciais quanto nos comerciais, dando uma cara mais natural ao ambiente. Outra dica pode ser instalar internet sem fio na casa. Assim, pode-se trabalhar em locais bem descontraídos, como o jardim ou mesmo a cozinha – sugere.

    Atitudes como essa ajudam a lidar com o estresse com mais eficiência, mas é recomendável que sejam acompanhadas de outras medidas. Uma delas é reduzir a quantidade de compromissos assumidos. Com a agenda cheia, a luta contra o relógio é constante, e o tempo para a recuperação física e mental é sempre comprimido, aumentando os riscos de problemas graves.

    – Hoje, há muitas prioridades na vida das pessoas, que acabam se vendo em situações estressantes frequentemente. O importante é, mesmo com a correria, manter hábitos saudáveis – explica Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR.

    Nessa lista, incluem-se bons hábitos na rotina diária, como atividades físicas e relaxantes regulares, alimentação balanceada, noites de sono restauradoras, relacionamentos estáveis e bons laços familiares, e também momentos de lazer, com viagens, passeios e encontros com os amigos.

    O próprio organismo tem um sistema de reação ao problema. Quando você se vê em uma situação de risco, seja um pensamento negativo ou um veículo que corta a sua frente no trânsito, o organismo, por meio de um sistema de resposta ao estresse que inclui várias substâncias, faz o corpo reagir. Esse sistema nos dá a ideia de que devemos lutar ou fugir diante de alguma ameaça. O problema é que sob estresse constante o organismo fica permanentemente em alerta, o que leva a consequências graves, como o desenvolvimento de ansiedade e depressão, além de decorrências como hipertensão arterial, entre outras.

    Então, fica a pergunta: o sistema de resposta ao estresse é bom ou ruim para nós? É benéfico, desde que o estresse seja passageiro.

    – Sem ele, deixaríamos de responder a situações de ameaça, o que seria de grande risco para nossa sobrevivência. A resposta de luta ou fuga é imprescindível para que possamos identificar situações de real ameaça e respondermos a elas. O risco está em que esta resposta se torne permanente – explica a psiquiatra Betina Mariante Cardoso, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.

    Ao sofrer com estresse constante, o organismo fica sempre em alerta, estado que pode levar a graves consequências

segunda-feira, 22 de junho de 2009

DOR DE AMADOR

Dor de amador

Sete em cada 10 corredores brasileiros já tiveram problemas decorrentes do esporte

  • Entre os esportes em evidência e de fácil acesso ao público, certamente a corrida é um dos que mais tem angariado adeptos pelo país nos últimos anos. Atualmente, estima-se que existam cerca de 4 milhões de corredores amadores no Brasil. Mas a preocupação desses atletas em se certificar de que estão realizando os exercícios corretamente não cresce na mesma proporção em que a prática vem ganhando visibilidade.

    Um grande indicador desse comportamento é uma pesquisa divulgada recentemente retratando o perfil do corredor amador. O Questionário de Avaliação de Corredores – Brasil (Quac-BR) mostra que, de cada 10 praticantes, sete já tiveram dores em decorrência do esporte.

    A radiografia que avaliou 7.731 corredores, com idade entre 19 e 77 anos, revela que 71,2% deles já se queixaram de dores causadas pelos exercícios, mas não buscaram ajuda médica. Coordenado pelo ortopedista Rogério Teixeira, o Quac-BR traz outro dado alarmante: 30,6% admitiram ter tomado anti-inflamatórios para controlar o desconforto sem prescrição médica.

    – O corredor não procura profissionais para planejar treinos. Quando sente dores, tampouco procura um médico – explica o especialista.

    Teixeira diz que um dos grandes problemas constatados é que esses esportistas ignoram a dor e continuam treinando assim que se sentem melhores. Ou seja, só procuram tratamento quando o problema já está avançado. Além do grupo que confirmou ter se automedicado, 45,9% disseram que utilizaram apenas gelo na região dolorida.

    – A dor é sinal de que algo está errado. As pessoas ignoram esse alerta e seguem treinando, o que pode causar uma lesão mais complexa – afirma Teixeira.

    De acordo com a pesquisa, 53,1% dos entrevistados afirmaram já ter sofrido alguma lesão por causa do treino. É imprescindível solicitar a orientação de um profissional sempre que as dores persistirem por mais de duas semanas.

    Especialista em traumatologia e ortopedia do esporte, Gustavo Kaempf de Oliveira ressalta que todo corredor, principalmente acima dos 30 anos, deve fazer exames pelo menos uma vez por ano com cardiologistas, ortopedistas e professores de educação física.

    – A maioria dos casos de morte súbita, geralmente de origem cardiológica, e de lesões musculares e esqueléticas no esporte pode ser evitada com esses exames – afirma.

domingo, 21 de junho de 2009

ESPORTE INDIVIDUAL,MAS NÃO SOLITÁRIO

Esporte individual, mas não solitário

  • Corrida é um esporte individual, mas não precisa ser solitário. Com essa ideia na cabeça, vários inscritos na 26ª Maratona Internacional de Porto Alegre se dedicam quase todos os dias a treinamentos em grupo. Há vários motivos para isso – um deles é simplesmente o aspecto psicológico. Correr sozinho, muitas vezes, é também triste e desanimador. Com amigos em volta, o treino fica mais leve, e a mente encontra em conversas rápidas, entre um exercício e outro, uma boa distração e, de quebra, um estímulo para se esforçar ainda mais.

    – Quando a gente tem pessoas a nossa volta, ficamos mais motivados. E também é legal porque podemos nos comparar. Percebemos o rendimento dos outros e olhamos para nós mesmos, para saber se também estamos evoluindo – conta Déborah Siegmann, 31 anos, de Porto Alegre.

    A empresária começou a correr, há dois anos, pensando apenas em perder peso, mas com o tempo “viciou”. Agora, corre quatro vezes por semana e faz musculação outras três. Amanhã, disputará o revezamento com outros três amigos.

    Já o servidor público federal Sérgio Ery Cazella, 44 anos, vai enfrentar os 42 quilômetros.

    – Vou pelo desafio – justifica.

    Cazella começou a prática há cinco anos por indicação médica, como parte de um tratamento para pressão alta. A ideia é boa, desde que feita sob a orientação de um profissional. Entre os professores do corredor está Lucas Pretto. Segundo ele, o treinamento é fundamental, mas o pecado dos praticantes costuma ser nas provas.

    – É comum que as pessoas não se alimentem corretamente e nem se reidratem durante a competição. Deve-se tomar, pelo menos, 200 mililitros de água a cada meia hora e um gel (alimentação suplementar de carboidrato) a cada 40 minutos – diz.

CONTRA O ESTRESSE

Contra o estresse

Pesquisa identifica as cinco maiores fontes de preocupação de executivos

  • A fuga do estresse começa bem cedo. Sergio Luiz Klein, 54 anos, levanta-se por volta das 6h30min, três vezes por semana, e vai direto para a academia. Lá, encontra o ambiente ideal para carregar as baterias necessárias para enfrentar um dia de executivo. Faz musculação, caminhada e corrida. Além disso, é um dos poucos horários em que consegue conversar com um grupo de amigos. Os bate-papos incluem de futebol a política. As atribuições do trabalho ficam de lado.

    – É como uma terapia. Se não vou, fico com uma sensação de falta de energia. Se vou, fico muito mais animado – conta o engenheiro civil que atua como diretor de expansão.

    A ideia de malhar surgiu há 10 anos, quando percebeu que o trabalho lhe tomava não só o tempo, mas também a saúde. O incômodo principal era uma dor constante nas costas e nos ombros. Sensação que o acompanhava todos os dias, no escritório ou em casa, atrapalhando a rotina. Ao final dos dias de agenda cheia, as dores também se alastravam para a cabeça. Somado a isso, o diretor ainda via o peso aumentar e o cansaço chegar mais cedo, ou seja, o organismo todo sentia os efeitos nocivos do estresse. A tempo, mudou de vida.

    Uma pesquisa realizada com mil executivos de Porto Alegre e São Paulo aponta que 86% deles sentem dores musculares e dor de cabeça e 81% sofrem com ansiedade. Em 18% dos casos, o acúmulo da pressão se transforma em uma explosão de raiva. Os cinco principais motivos apontados pelos entrevistados foram: excesso de tarefas, medo de demissão, muita responsabilidade e pouca autonomia, conflitos e desequilíbrio entre esforço e gratificação.

    Para a coordenadora da pesquisa, a jornalista e Ph.D. em Psicologia Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), o resultado mostra que todo o esclarecimento que tem sido feito sobre os efeitos nocivos do estresse não está sensibilizando a população.

    – As pessoas estão muito comprometidas e com muitas prioridades. É muito difícil que mantenham uma vida saudável, mas uma hora o corpo não aguenta – explica.

    Em linhas gerais, o estresse costuma ser prejudicial, mas alguns tipos não são tão nocivos. Um exemplo é o causado pela vida profissional – quando alguém gosta muito do que se faz e, de certa forma, a dedicação intensa dá prazer. Porém, um outro tipo é muito voraz, como explica Aldo Lucion, biomédico do Instituto de Ciências Básicas de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    – Quando uma pessoa tem um parente doente, é desgastante, não tem como se controlar. Há estudos que mostram a carga de estresse a que familiares de doentes estão sujeitos.