sexta-feira, 31 de julho de 2009
Futebol fim de semana e as consequencias
Mito e verdade
Exercício físico diminiu perda de habilidades mentais
Outros estudos já mostraram que adultos mais velhos que são fisicamente ativos vivenciam um declínio mais lento nas capacidades mentais, variando da recordação ao raciocínio, do que seus semelhantes sedentários.Mas a maioria das pessoas, especialmente adultos mais velhos, não segue um padrão de exercício consistente ao longo dos anos, afirma Barnes. “Eles adoecem, ou tem compromissos com o trabalho, e param com os exercícios.”Para determinar o impacto das mudanças do nível de atividade física no índice de declínio cognitivo, Barnes e seus colegas acompanharam mais de 3.000 pessoas, de 70 a 79 anos de idade, por sete anos. Do total, 21% dos participantes era consistentemente sedentários, 12% manteve seus níveis de atividades, 26% teve níveis reduzidos, e 41% teve níveis maiores ou flutuantes de atividades.
Os pesquisadores descobriram que pessoas que eram consistentemente sedentárias tinham as piores capacidades mentais. Em um teste padrão que mede a função cognitiva geral, inclusive a memória, atenção e resolução de problemas, “eles atingiam os piores níveis no começo e tinham o declínio cognitivo mais rápido,” segundo Barnes.
Não surpreendentemente, pessoas cujos níveis de exercícios diminuíram consistentemente ao longo do período de sete anos também não iam bem no teste. Seu índice de declínio cognitivo era mais rápido que aquele das pessoas que tinham níveis de atividades estáveis, crescentes ou flutuantes.
“Pessoas sedentárias deveriam se envolver em atividades físicas ao menos ocasionalmente”, Barnes aconselha. “Pessoas que são ativas devem manter-se ou aumentar seus níveis de atividades.”
As descobertas foram apresentadas na Conferência Internacional sobre Doença de Alzheimer 2009 da Associação de Alzheimer.Um segundo estudo mostra que exercícios podem ajudar a estender a vida das pessoas com doença de Alzheimer.Estudos mostram que atividade física pode proteger contra o desenvolvimento da doença de Alzheimer, afirma Nikolaos Scarmeas, doutor em medicina da Universidade de Columbia em Nova York, EUA.
“Mas e depois que você tem a doença de Alzheimer? Isso afeta o prognóstico?”, ele pergunta. Para descobrir, Scarmear e seus colegas acompanharam mais de 500 pessoas com doença de Alzheimer de três a quatro anos.
Comparados aos pacientes com Alzheimer que não se exercitavam nunca, aqueles que eram fisicamente ativos tinham de 44 a 59% menos chances de morrerem durante o período do estudo.“Mesmo uma pequena quantidade de atividade física – 30 minutos de exercício moderado, como pedalar, por semana – era associado a um risco menor de morrer,” afirma Scarmeas.
Ronald Petersen, PhD, doutor em medicina, professor de neurologia da Clínica Mayo em Rochester, Minnesota, EUA e presidente do Conselho Consultivo Médico & Científico da Associação de Alzheimer afirma que ambos estudos confirmam grandes benefícios dos exercícios para o cérebro.
“Nós recomendamos que uma pessoa idosa ou aqueles com doença de Alzheimer permaneçam fisicamente e mentalmente ativos,” comenta Petersen. “É um pequeno investimento para um ganho potencialmente alto.” [WebMD]
Vinho tinto aumenta o desejo sexual da mulher
Nunca foi segredo para ninguém que algumas taças de vinho podem deixar uma mulher mais “soltinha”, com a libido à flor da pele. E, pesquisadores italianos concluíram de fato, que o nível de desejo sexual feminino aumenta quando ela ingere vinho tinto.
O estudo especifica que foram encontrados componentes químicos no vinho tinto que melhora as funções sexuais pelo aumento da circulação sanguínea em áreas chaves do corpo. Segundo os pesquisadores, essa descoberta precisa ser interpretada com algumas precauções, pois sugere que existe relação entre o consumo do vinho tinto e a melhora na sexualidade. Ou seja, moderação no consumo é importante.
No projeto, que é descrito como o primeiro a examinar a entrada do vinho tinto e a função sexualfeminina, cientistas da Universidade de Florença recrutaram 800 mulheres na idade entre 18 a 50 anos. As mulheres – que não possuíam nenhum problema de saúde sexual – foram separadas em três grupos. Um grupo consumia regularmente uma ou duas taças de vinho tinto por dia, outro ingeria menos de uma taça por dia de qualquer vinho ou outra bebida alcoólica, e outro grupo fazia abstinência.
Mulheres que bebiam mais de duas taças por dia foram excluídas do estudo para evitar uma possível confusão nos efeitos de embriaguez. Todas as participantes completaram um questionário, o Índice da Função Sexual Feminino, que foi usado pelos pesquisadores a fim de avaliar as mulheres e a saúde sexual. Foram incluídas 19 questões com uma pontuação total entre dois e 36, sendo que a pontuação mais alta significa melhor funcionamento. As mulheres que bebiam o vinho tinto pontuaram a média de 27.3 pontos, comparado com 25.9 para as que bebiam menos, e 24.4 para as abstinentes.
Ainda não é claro como o vinho tinto pode causar esse efeito, apesar de haver diversas teorias. Uma sugere que os antioxidantes do vinho tinto têm um efeito benéfico no revestimento dos vasos sanguíneos, e com a dilatação desses vasos aumenta a circulação sanguínea em áreas precisas do corpo. [Telegraph]
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Padel um esporte emocionante
O Jogo
O Pádel é disputado sempre em duplas. A bolinha e a quadra são iguais às do tênis. A quadra tem 20m de comprimento por 10m de largura, com paredes nos fundos e parte das laterais. Algumas, mais sofisticadas, utilizam vidro ou blindex no lugar das paredes, permitindo excelente visualização do jogo. O restante é cercado por telas ou alambrados de metal, sendo que o piso pode variar do cimento à grama oficial. O diferencial do Pádel para outros esportes de raquete é a interação das paredes, uma vez que elas recolocam a bola em jogo, o que dá mais emoção e dinamismo à disputa de um ponto. Ainda que comuns, as competições entre o Tênis e o Pádel são evitadas pelos praticantes de ambas modalidades. "São dois esportes diferentes, cada um com suas características. O que posso dizer é que gosto de jogar Pádel e que é um esporte muito divertido, pois a bola não para nunca", afirma o tenista Fernando Meligeni. Quando praticado por atletas profissionais, o Pádel proporciona espetáculos de destreza e habilidade em ambiente dinâmico e competitivo. Por outro lado, a modalidade cresce cada vez mais como opções de lazer para amadores. Isso se deve ao fato do Pádel ser um esporte de fácil aprendizado e que, inicialmente, não exige condicionamento físico ou técnico muito rigoroso.
A origem do esporte
Por volta de 1890, passageiros de navios ingleses tentaram adaptar a prática Tênis ao espaço de bordo. Esse Tênis de Alto mar, como ficou conhecido no início, era praticado numa quadra de dimensões menores e protegida por telas. Somente em 1924, o Pádel passou a ser praticado em terra, quando o norte americano Frank Beal improvisou algumas quadras nos parques municipais de Nova Iorque. Por essa época, o esporte passou a ser chamado de Pádel Tênis. Em 1969, Enrique Corcuera construiu a primeira quadra de Pádel em um hotel de Acapulco, no México. Foi Corcuera quem definiu as dimensões de quadra e o regulamento que rege o esporte mundialmente. Outro grande responsável pela difusão do Pádel foi o príncipe espanhol Afonso de Hohenlohen. Entusiasmado com o novo esporte, o nobre levou-o para a expansão do Pádel para outros países europeus. Atualmente, o Pádel é organizado e regulamentado a nível mundial pela FIP (Federación Internacional de Pádel), entidade que conta com 15 associados, nos quais se destacam o Brasil, Argentina e a Espanha.
Pádel no Brasil
Devido à influência do México e Espanha, o Pádel difundiu-se mais rapidamente nos países sul-americanos de espanhola. Somente em 1988. o esporte chegou ao Brasil, trazido por uruguaios e argentinos. Em nosso país, as primeiras quadras de Pádel foram construídas nas cidades gaúchas de Jaguarão e Livramento. Em 1991, outros clubes como o Okinawa de Porto Alegre, a Sociedade Aliança de Novo Hamburgo e o Cepel de Pelotas aderiram o esporte. No ano seguinte, foi fundada a Federação Gaúcha de Pádel, a primeira do país, na Sociedade Aliança em Nove Hamburgo. A partir disso, o esporte se difundiu por outros estados brasileiros, com destaque para Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Pernambuco. Só na região metropolitana de Curitiba e Litoral Paranaense, existem mais de 50 quadras de Pádel espalhadas por clubes, chácaras, academias e condomínios fechados. Em território paulista, a nova modalidade conta agora com a forte adesão do São Paulo Futebol Clube que, não só fundou sua própria escolinha de Pádel, como também está divulgando o esporte através do site www.padelsp.com.br
Ainda no sudeste, o Rio de Janeiro se apresenta como um dos estados onde o Pádel demonstra maior crescimento. Atualmente, o carioca tem a disposição mais de 20 estabelecimentos para aprender e praticar esse contagiante esporte.
Volta a vaca fria
"Voltar à vaca fria" é uma expressão usada para retornar ao assunto principal em uma conversa, discurso ou discussão, que foi interrompida por divagações em temas periféricos. Como a vaca entrou nessa, é outra história.
De acordo com o professor Ari Riboldi, no seu livro 'O Bode Expiatório', essa expressão é a tradução da muito usada na França "revenouns à nous moutons", ou seja, voltemos aos nossos carneiros. Essa frase fazia parte da peça teatral 'A farsa do Advogado Pathelin', sobre um roubo de carneiros.
Esta peça, considerada a primeira comédia da literatura francesa, data do fim da Idade Média, precisamente do ano de 1460. Infelizmente, não se tem conhecimento do seu autor.
Mas, voltemos à vaca fria. Em determinada cena da peça, o advogado do ladrão faz longas divagações fora da questão principal e o juiz chama a sua atenção com a frase 'voltemos aos nossos carneiros', fazendo-o retomar o assunto.
Porém, a tradução para o português da expressão acabou transformando os carneiros em uma vaca. Essa distorção, segundo Riboldi, possivelmente se deva ao fato de que era costume, em Portugal, servir um prato frio feito com carne de gado antes das refeições, ao qual muitos comensais recusavam. Estava dispensda, assim, a "vaca fria".
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Malhação terapêutica
Portadores de doenças crônicas e degenerativas podem ter benefícios com atividades físicas bem orientadas
Alzheimer, Parkinson, reumatismo, esclerose múltipla, artrose e artrite deformante. Difíceis de serem diagnosticadas e tratadas, as doenças degenerativas fazem parte da vida de milhões de brasileiros. Como o próprio nome diz, as que se encaixam nessa categoria caracterizam-se por corromper o organismo, ou partes dele, de forma gradual e irreversível. Além de medicamentos específicos para cada tipo de doença, os pacientes que procuram nos exercícios físicos uma forma de amenizar os sintomas devem tomar cuidado para que não acabem agravando o problema.
O professor de neurofisiologia da Universidade de Brasília (UnB) Carlos Nogueira Aucélio explica que o benefício dos exercícios físicos depende do tipo de patologia.
– Nas doenças em que o prejuízo é cortical, como Parkinson ou Alzheimer, os exercícios auxiliam na oxigenação do cérebro – diz.
Para os males que precisam de fisioterapia, o médico explica que atividades como hidroginástica e natação são as mais indicadas, por não terem tanto impacto quanto exercícios em terra. Já para as doenças em que o paciente apresenta comprometimento muscular, o médico alerta: fazer exercícios pode não ser uma boa ideia, pois as articulações já estão prejudicadas.
– Para essas pessoas, o esforço físico pode trazer prejuízos, como acelerar o processo degenerativo – explica.
Segundo o professor, atividades dentro d’água só são proibidas aos pacientes que têm convulsões, já que uma crise inesperada dentro da piscina pode ser fatal.
Há dois anos trabalhando com pessoas com doenças degenerativas, a fisioterapeuta Lílian Almeida de Farias acredita que o principal benefício das atividades físicas é o fortalecimento muscular e a melhora na amplitude dos movimentos, pois muitos pacientes reclamam que ações comuns – como trocar de roupa ou arrumar o cabelo – tornam-se impossíveis, devido ao enrijecimento muscular.
– O tratamento não cura a doença, mas faz sua evolução diminuir bastante – pondera Lílian.
A fisioterapeuta conta que, para os casos em que a doença já se encontra em um estado muito avançado, o tratamento servirá para garantir uma melhor integridade física e qualidade de vida aos pacientes.
– Tenho pacientes que não conseguem mais se levantar, andar, trocar de roupa. Não fazem mais nada sozinhos. Para eles, a fisioterapia vai ajudar a não desenvolver escaras (feridas) na pele e a evitar que a doença progrida ainda mais – explica.
Com apenas um ano de idade, Francisca Martins foi diagnosticada com artrite reumatoide juvenil, uma doença em que uma ou mais articulações do corpo apresentam artrite crônica.
– Sinto dores, inchaço nas articulações e dificuldade de movimento. Com o tempo, a cartilagem se desgasta, o que causa muita rigidez e dores insuportáveis.
Na fisioterapia, a professora de língua portuguesa encontrou alívio para as dores.
– Tratar a doença só com medicamentos não tem o mesmo resultado. Quanto mais você fica parado, mais a doença te pega – ensina.
O tratamento é feito sempre com exercícios sem carga para evitar prejuízo ainda maior às já frágeis e debilitadas articulações. Se Francisca perde um dia de atividades, o corpo reclama na hora: as dores aumentam, o corpo fica pesado e as articulações, rígidas como pedra. Mas nem precisa ameaçar, pois os resultados compensam qualquer esforço.
– Sinto um bem-estar tão grande como uma pessoa que não tem problema de saúde e, quando malha, sente aquela leveza boa – diz Francisca.
Os benefícios
Além de contribuir para melhorar a qualidade de vida e ajudar a controlar os sintomas, veja os benefícios dos exercícios físicos para algumas doenças degenerativas:
> Pacientes com diabetes conseguem uma melhor condição de tolerância à glicose, além de diminuírem os riscos de terem cardiopatias associadas à doença
> Para as pessoas com Parkinson, a fisioterapia auxilia na execução de movimentos do dia a dia, com exercícios de alongamento e fortalecimento dos músculos
> O paciente com Alzheimer tem os efeitos da doença atenuados. Um programa fixo de exercícios pode retardar a evolução da doença, além de diminuir os riscos de hospitalização
> Desde que em nível moderado, para que o paciente não se canse muito, os exercícios em meio aquático são os mais recomendados para pessoas com esclerose múltipla, pois aumentam a resistência muscular e a física.
Falar palavrões pode aliviar dores
Falar palavrões pode aliviar dores
Parto sem anestesia
Parto normal sem anestesia teria benefícios
A dor do parto tem uma série de efeitos benéficos para a mulher e para o bebê, que são anulados quando a paciente opta por dar à luz com anestesia peridural (aplicada nas costas, anestesiando da cintura para baixo), embora a técnica seja imprescindível em alguns casos.
É o que afirma Denish Walsh, obstetra e professor da Universidade de Nottingham, no Reino Unido, em artigo publicado na revista Evidence Based Midwifery, em que explica que a dor é um rito de transição que ajuda a regular o parto e a fortalecer o vínculo entre a mãe e o filho, preparando a mulher para as responsabilidades da maternidade.
Sem menosprezar a anestesia peridural, o professor aponta que seu uso aumentou muito nos últimos 20 anos, apesar da disponibilidade de outras alternativas menos invasivas contra a dor.
Entre as vantagens de optar por um parto natural, além de razões médicas, está o prazer desse rito fisiológico que culmina com o nascimento do bebê, junto ao fato de que a própria dor induz a liberação de endorfinas, que dão uma sensação de euforia e bem-estar. Alguns estudos demonstraram que a anestesia epidural aumenta a probabilidade de ter que induzir as contrações com tratamentos hormonais, e é mais frequente o uso de fórceps para ajudar a saída da criança.
quinta-feira, 23 de julho de 2009
PAPEL DA FAMILIA NA EDUCAÇÃO
"Família deve fornecer noções de civilidade", diz professor especializado em indisciplina
A falta de limites na sala de aula é o foco das pesquisas de Joe Garcia
A falta de limites na sala de aula é o foco das pesquisas do doutor em Educação e especialista em indisciplina Joe Garcia há mais de uma década. O professor do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná adiantou ontem pontos da palestra que deve apresentar amanhã, no 10º Congresso da Escola Particular Gaúcha:
HUMANIZAÇÃO DA ESCOLA
A escola precisa ser uma referência de esperança e de humanização, diz especialista professor Joe Garcia apontou medidas para combater a indisciplina de alunos
A violência no ambiente escolar ganhou evidência neste ano com o caso de uma adolescente de 15 anos que agrediu uma professora na Escola Estadual Bahia de Porto Alegre, em março. A jovem alegou ter sido alvo de racismo e admitiu ter empurrado a professora, que bateu a cabeça na parede e sofreu traumatismo craniano. Como pena, o Juizado da Infância e Juventude determinou que a estudante ficará em liberdade assistida por seis meses e prestará serviços à comunidade por 24 semanas. A falta de limites na sala de aula é justamente o foco das pesquisas do doutor em Educação e especialista em indisciplina Joe Garcia há mais de uma década. O professor do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná é um dos palestrantes do 10° Congresso da Escola Particular Gaúcha, no Centro de Eventos da PUCRS, na Capital. Na tarde desta quarta-feira, Garcia conversou em um chat com leitores do site Zerohora.com. Confira alguns dos principais temas discutidos: Agressão em sala de aulaAo responder sobre qual deve ser a atitude de um professor agredido verbalmente ou fisicamente em sala de aula, Garcia diz que o professor deve assumir uma "posição que pode envolver retirar o aluno de sala ou mesmo retirar a si, se há um risco a sua segurança pessoal": — Entendo a agressão como uma ruptura no tecido social da sala de aula. Isso vai solicitar a reconstrução desse tecido. Para isso talvez seja necessário uma trégua intermediária, ou mesmo ajuda externa. Falta de valores humanosUm dos leitores, que apontou a falta de respeito aos valores e de estrutura familiar, perguntou qual a postura que os educadores devem adotar para tentar corrigir esses problemas e oferecer uma formação de qualidade aos alunos. — A escola precisa ser escola, e assim um lugar de desenvolvimento humano, de humanização. A escola precisa ser uma referência de esperança. Há muito a fazer neste trabalho de humanização. É urgente, por exemplo, o trabalho de educação em valores humanos na escola. Se os valores não foram trabalhados "ontem" na família e na escola, hoje temos indisciplina, em casa e na escola. E quando temos indisciplina hoje, já sabemos que amanhã teremos de trabalhar valores. A indisciplina, em casa e na escola é uma medida de crise moral — diz Garcia. Segundo o especialista, a violência no ambiente familiar só agrava o problema da indisciplina: — O ambiente familiar faz internalizar na criança certas crenças sobre como tratar o outro, por exemplo. Assim, quando a criança experimenta um ambiente familiar onde se usa violência para resolver conflitos cotidianos, ela pode aprender que é lícito usar meios violentos para resolver conflitos. De fato, nossa civilização ainda precisa aprender a superar a tendência a usar formas violentas de lidar com conflitos, que tanto nos caracterizam. Na educação dos filhos, há metodos mais eficazes e menos violentos para ensiná-los a aprender a viver com os outros. Mudança de postura O hábito de professores de enviar os alunos que apresentam problemas de indisciplina para a direção da escola imaginando que a diretora vai resolver "todos os problemas" também foi um dos questionamentos feitos ao especialista. Garcia explicou qual deve ser a postura adotada pelas escolas para combater a indisciplina: — Penso que uma das primeiras ações a ser realizada em uma escola que deseja melhorar seu ambiente de disciplina reside em construir uma visão compartilhada sobre disciplina e indisciplina. Conquistar clareza sobre o que seja disciplina e indisciplina, o que será feito nos casos de indisciplina, por quem e como. Mas, quando não atuamos de modo integrado temos uma fragmentação justamente em momentos delicados. E, aos alunos, a escola parece frágil e até mesmo manipulável. Sobre como o professor deve lidar com uma turma indisciplinada, que tem um aluno que enfrenta o professor e esta atitude estimula os outros alunos fazerem o mesmo, o especialista destaca que "as estratégias mais eficazes para lidar com a indisciplina em sala de aula incluem os próprios alunos na equação": — Se os alunos são parte do problema, devem ser parte da solução. Nós, professores, precisamos compartilhar com eles os dilemas morais dos seus próprios comportamentos. Para se aprofundar no tema, ele dá duas sugestões de leituras: — Publiquei um artigo sobre a gestão da indisciplina na escola em uma revista chamada Contrapontos, onde analiso um conjunto de pontos fundamentais sobre esse tema. E há também um livro que acho muito interessante para professores, "Histórias de Indisciplina Escolar", escrito por Cintia Freller. ZEROHORA.COM
segunda-feira, 20 de julho de 2009
DIA DO AMIGO
A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria.
No Brasil, o dia do amigo também é comemorado em 20 de julho-
domingo, 5 de julho de 2009
CORRIDAS
CORRIDAS
Não descuide do reforço muscular
- Os tênis são profissionais, o uniforme também, a intensidade e a distância do percurso se aproximam dos números feitos por maratonistas, mas a preparação física é de amadores. Levando em consideração todos esses fatores, a fisioterapeuta Maria Luisa Villanueva Antúnez admite que não há mais como tratar com diferenciação corredores profissionais e amadores.– Eles precisam administrar o tempo entre os treinos de corrida e a preparação física feita nas academias. Como muitas vezes o tempo é curto, alguns preferem se dedicar mais às atividades de rua e ficam desleixados no reforço muscular, o que acaba provocando lesões – explica.A fisioterapeuta está acostumada a tratar as três categorias de atletas. Há os profissionais que vivem do esporte, os amadores, que treinam com frequencia semanal e participam de algumas competições, e os atletas recreacionais, aqueles que jogam futebol uma vez por semana, por exemplo. Para os amadores, a fisioterapeuta acredita que o ideal seria realizar sessões de fisioterapia preventiva com periodicidade, para evitar lesões.No caso de dores constantes, é importante diferenciá-las.– Existe a dor adaptativa, que faz parte do treino de quem está começando, mas também há aquela indicativa de que algo está errado e causa a incapacidade de um movimento. A solução não é parar, mas descobrir as causas – diz Maria Luisa.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Perigo na estrada
Mais de 70% dos caminhoneiros estão acima do peso e são mais
suscetíveis a uma série de problemas de saúde, como pressão alta e
diabetes. Para alertar sobre o problema, foi realizada ontem, mais uma
edição do "Comando de Saúde nas Rodovias", que acontece quatro vezes
ao ano, em todo o país. No Piauí, o comando aconteceu no posto da
Polícia Rodoviária Federal da BR-343. Só no início da manhã, mais de
50 caminhoneiros já haviam passado pelo local. "O atendimento dura
cerca de 40 minutos e o caminhoneiro passa por seis estações. Nossa
meta é atender mais de 70 pessoas", destacou o inspetor Fernandes, da
PRF.
Na primeira estação é feito o cadastro e a coleta de dados. Nas duas
estações seguintes acontecem os exames de antro-pometria, que mede,
dentre outras coisas, a gordura corporal, o peso e a altura. Os
caminhoneiros ainda passam pela estação de medicina do tráfego, onde
são submetidos a exames de audição e visão. Depois dessa etapa os
participantes fazem exames de colesterol, diabetes e triglicerídeos.
"Eles ainda recebem materiais educativos e, ao final, são atendidos
pela equipe médica", disse o inspetor.
O médico da PRF, Marcos Basílio, era quem checava os resultados dos
exames e dava as orientações necessárias. Segundo ele, somente 10% dos
caminhoneiros possuem saúde plena, o restante está acima do peso. "Se
o governo subsidiasse restaurantes e estimulassem a alimentação
saudável, a situação não seria tão grave", afirmou o médico. Ele
acredita que os demais problemas desencadeados pelo sobrepeso seriam
solucionados a partir desta medida.
De acordo com dados do comando, realizado no ano passado, no Piauí,
87,44% apresentaram índices elevados de gordura corporal, enquanto
34,58% têm pressão alta e 23,65% apresentam alterações na visão.
"Cerca de 80 mil pessoas já foram atendidas pelo Comando em todo o
país. Se eles fossem pagar por todos os exames realizados não daria
menos de R$ 1 mil", completou.
O caminhoneiro José Raimundo dos Santos, de 53 anos, passou pela
bateria de exames oferecida pelo Comando. Ele é natural de Salvador,
na Bahia, e diz que não se surpreendeu com os resultados dos exames.
"A taxa de triglicerídeos está alta, mas eu já sabia da situação e
estou tentando fazer uma dieta", diz.
O Comando de Saúde nas Rodovias tem a parceria de vários órgãos, como
Detran, Sest/Senat, Secretarias de Saúde do Estado e do Município.