segunda-feira, 18 de maio de 2009
A arte de lidar com pessoas
sábado, 16 de maio de 2009
Mitos e verdades
Verdade: glândulas mamárias
Mito: hormônio do crescimento X treino
Verdade: comandamos nosso cérebro!
Verdade: sede X retenção de líquidos
Mito: saco plástico X emagrecimento
Mito: água gelada X metabolismo acelerado
Mito: cafeína X circulação
Verdade: circulação cerebral
Verdade: pressão alta
Verdade: proteína X urina
Verdade: ressaca alcóolica X desidratação
Mito: sedentarismo
Mito: treino X metabolismo
Verdade: medidas de emergência
quinta-feira, 14 de maio de 2009
TPM: fugir ou, literalmente, sair correndo?
O exercício físico para o equilíbrio psicológico
O corpo fala
segunda-feira, 11 de maio de 2009
NBA admite erro de arbitragem na vitória do Denver em Dallas; Nenê perto das finais do Oeste
Pela primeira vez na história o Denver Nuggets tem vantagem de 3 a 0 numa série melhor-de-sete jogos, e mais uma vitória sobre o Dallas Mavericks na noite de segunda-feira dará ao time do pivô brasileiro Nenê a classificação inédita às finais da Conferência Oeste. Isso aconteceu com um final polêmico e eletrizante no Jogo 3 da série semifinal, vencido pelo clube do Colorado por 106 a 105 (48 a 45 no intervalo). No lance final, o ala-armador Antoine Wright tinha um só objetivo: fazer falta no ala Carmelo Anthony para impedir que o rival tivesse a chance do arremesso.
Ele esbarrou em Melo uma vez, forte o suficiente para desequilibrar o astro do Denver, mas a arbitragem não apitou falta, tentou de novo a falta, também sem apito, e nessa tentativa ficou fora de posição deixando o cestinha do Denver com uma visão clara da cesta para acertar a bola de três da vitória no último segundo na noite deste sábado, anotando seu 31º ponto na partida e silenciando a torcida que lotou o American Airlines Center de Dallas. Jamais uma equipe conseguiu reverter uma diferença de 3 a 0 na história dos playoffs. Numa partida que teve 61 faltas apitadas, a última que não foi marcada pode ter fechado o caixão do Mavericks e levou a NBA a uma atitude rara de reconhecer um erro da arbitragem.
“Eu já acertei muitos grandes arremessos na minha curta carreira, mas nunca numa situação como esta. Foi uma linha fina entre 2 a 1 e 3 a 0″, disse Carmelo Anthony.
Duas horas depois do apito final, o escritório da liga anunciou que Wright estava certo na reclamação. Numa breve declaração, o presidente da NBA Joel Litvin declarou: “No final do jogo Dallas x Denver nesta noite, os árbitros erraram ao não marcar uma falta intencional cometida por Antoine Wright em Carmelo Anthony, logo antes da cesta de três pontos de Anthony”. O resultado final poderia ter sido o mesmo porque o Nuggets ainda teria a posse de bola, mas a cesta de três sortuda de Anthony salvou o time em um desfecho controverso.
O começo do jogo do Nuggets foi complicado, eles erraram 15 de seus 17 primeiros arremessos e só converteram duas bolas chutadas de uma distância de um metro e meio ou mais da cesta em todo o primeiro tempo. Tiveram o mesmo número de faltas que de lances livres, e a dupla de pivôs formada por Nenê e Chris Andersen não fez uma boa partida, com o brasileiro errando seus oito primeiros chutes e o “Homem Pássaro” saindo eliminado com seis faltas em apenas 11 minutos de ação. Mesmo assim, o Denver manteve o placar parelho, jamais esteve atrás no placar por mais de seis pontos, e a incapacidade do Mavericks em fechar o jogo foi tão danosa quanto a falta não marcada de Wright.
Depois de brilhar nas duas primeiras partidas da série no Pepsi Center de Denver, Nenê desta vez marcou apenas cinco pontos, acertando só dois em 10 arremessos de quadra, mas sua última cesta foi importante, uma bandeja de costas encostando em 102 a 101 a 44,3 segundos do fim. O Dallas abriu 105 a 101 com uma bola de três de Jason Terry faltando 31 segundos, mas aí viu Carmelo penetrar o garrafão rapidamente para uma enterrada veloz descontando para 105 a 103 com 28,5 segundos por jogar. Cestinha do clássico com 33 pontos e 16 rebotes, o astro alemão Dirk Nowitzki errou um chute de quatro metros a 8 segundos do fim, e depois do triplo matador de Anthony, falhou em um arremesso de três no estouro do cronômetro.
“O jogo não se definiu só naquela última jogada. Você tem que fazer jogadas nos momentos decisivos, e nós simplesmente não fizemos isso”, admitiu o armador Jason Kidd, autor de 13 pontos e cinco assistências pelo Mavs.
“Esta foi a derrota mais dura de que já fui parte em meus 11 anos na liga, este era um jogo que tínhamos de vencer”, disse Nowitzki, que superou uma semana difícil fora das quadras com a prisão de uma mulher em sua casa e ainda sofreu uma contusão na perna no terceiro quarto.
Durante o tempo técnico antes da cesta da vitória de Carmelo, o técnico do Mavericks Rick Carlisle lembrou a seus jogadores que eles ainda não estavam no limite de faltas, tinham mais uma a cometer, e disse a eles para usarem esse recurso. A tentativa de Wright foi válida o suficiente para a direção da liga, mas não para o trio de arbitragem. O árbitro mais próximo do lance, Mark Wunderlich, foi o mesmo que não marcou uma falta no armador do Los Angeles Lakers Derek Fisher no fim do Jogo 4 das finais do Oeste no ano passado.
“O que vocês queriam que eu fizesse… derrubá-lo para fora da quadra e ter uma falta flagrante de nível dois apitada no final do jogo? (aí seria dois lances livres, expulsão automática do jogador e posse de bola para o Denver). Eu fiz a jogada naquela bola como me foi dito na nossa roda no tempo técnico e a falta não foi apitada”, afirmou Wright.
O técnico do Denver, George Karl, achou que foi uma grande decisão não apitar o contato e deixar o jogo correr. “Pareceu que ele (Carmelo) deixou a bola escapar e recuperou a tempo para o arremesso”, opinou.
Mas o revoltado proprietário do Dallas, Mark Cuban, mandou mais tarde um e-mail à agência de notícias Associated Press reagindo à declaração da liga que admitiu o erro dos árbitros: “É uma vergonha que o jogo tenha chegado a isto, mas essa é a maneira como as coisas acontecem na NBA às vezes”. Um comentário até educado considerando o histórico milionário de multas aplicadas contra Cuban por seu hábito de vociferar contra os árbitros e dirigentes da liga.
Se não foi bem no ataque, Nenê pelo menos foi o maior reboteiro do Denver ao lado de Anthony, capturando oito rebotes, o brasileiro ainda anotou quatro assistência, dois roubos de bola e cometeu cinco faltas. O armador Chauncey Billups foi o cestinha do Nuggets com 32 pontos e três passes para cesta.
sábado, 9 de maio de 2009
Ler vem de casa
Ler é lição que vem de casa
Crianças e adolescentes formam a maior parcela de leitores no Brasil
A situação do livro no Brasil é crítica, a juventude não lê nada, a escola não ajuda, os brasileiros leem pouco. Os exemplos acima são lugares-comuns repetidos exaustivamente quando o assunto em pauta é o índice de leitura dos brasileiros. Para choque dos alarmistas, quase todos estão errados: crianças e adolescentes formam a maior parcela de leitores no Brasil. Em parte, graças à escola. E sempre com apoio fundamental da família.
A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada há alguns meses pelo Instituto Pró-Livro, entidade que congrega instituições do setor, como a Câmara Brasileira do Livro, colocou pela primeira vez em termos científicos noções que até ali eram apenas intuídas, e permite uma ampla gama de abordagens a problemas envolvendo a disseminação do livro no Brasil. No mês em que se comemoram o Dia Internacional do Livro e o Dia Nacional do Livro Infantil, a pesquisa apresenta dados que, se estão longe do ideal, mostram um quadro menos pessimista.
– O índice de leitura no Brasil é muito melhor do que se esperava, porém ainda aquém do que se poderia chegar. Mas há notícias boas. Somos um país de 95 milhões de leitores – e dois terços deles vêm da escola. A leitura na infância está sim, ocorrendo. – comenta Galeno Amorim, coordenador da pesquisa.
Outro clichê recorrente quando se trata do assunto são críticas ao papel da escola como formadora de leitores, e elas são, sim, em parte justificadas. As pessoas leem na escola e abandonam o hábito à medida que se afastam dela – o que talvez falte seja a capacidade de envolver a leitura não apenas na aura de obrigação, e sim de encantamento, algo que passa pelo ambiente familiar. Tanto que a maioria dos que se definiam leitores na pesquisa (ou seja: que haviam lido um livro nos últimos três meses antes da entrevista) tinham como lembrança o incentivo da mãe e situações em que os pais liam para eles na infância. A consolidação do aprendizado da leitura se dá em casa.
– O nosso imaginário da leitura tem como referência a família. O professor pode ser bom, mas o que fortalece o ambiente de leitura é a ação dos pais – comenta Regina Zilbermann, professora de Letras na UFRGS.
Com ela, concorda o psicanalista e escritor de obras voltadas para crianças e adolescentes Celso Gutfreind. A leitura, na infância, precisa começar como uma curtição em grupo, segundo ele:
– Ler é ter prazer com a imaginação. E a imaginação não é algo que se desenvolve sozinho – ressalta Gutfreind.
Quem não lê é o adulto
Crianças em idade escolar normalmente leem mais do que os adultos por três fatores: crianças e jovens têm mais tempo livre, precisam ler por exigência da escola e nela têm mais facilidade de acesso aos livros. O grande nó está em como fazer essa população escolar continuar lendo depois de sair do colégio.
– A pesquisa mostrou que essa mesma escola ainda falha na tarefa de formar leitores para a vida toda. – diz Galeno Amorim, diretor do Observatório do Livro e da Leitura e coordenador da pesquisa do Instituto Pró-Livro.
Há mais de uma razão para isso: a entrada no mundo profissional reduz o número de horas livres para a leitura, e a própria relação do aluno com a leitura na escola é associada com uma experiência obrigatória, a ser abandonada na primeira oportunidade.
– Sempre se diz que o jovem não lê, mas o que se vê é que o jovem lê, quem não lê é o adulto – ressalva Amorim. – Quando você pergunta aos estudantes a que associam os momentos de leitura, 60% diz que associa com prazer, e só 32% falam que associam com obrigação. O jovem gosta de ler, tem de ser é seduzido do modo certo.
A região sul tem a maior média de livros lidos por habitante, e o Estado tem uma boa média de leitura em comparação com os demais, 5,5 livros por habitante ao ano. Já a região "Noroeste" do Rio Grande do Sul apresenta o maior índice de leitura de todo o Estado: 6,6 livros por ano – e não por acaso é a área que inclui Passo Fundo, mostrando que duas décadas de Jornada Nacional de Literatura tiveram efeito positivo na formação permanente de leitores. Com política séria, os efeitos aparecem.
ZERO HORA