sexta-feira, 24 de julho de 2009
quinta-feira, 23 de julho de 2009
PAPEL DA FAMILIA NA EDUCAÇÃO
"Família deve fornecer noções de civilidade", diz professor especializado em indisciplina
A falta de limites na sala de aula é o foco das pesquisas de Joe Garcia
A falta de limites na sala de aula é o foco das pesquisas do doutor em Educação e especialista em indisciplina Joe Garcia há mais de uma década. O professor do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná adiantou ontem pontos da palestra que deve apresentar amanhã, no 10º Congresso da Escola Particular Gaúcha:
HUMANIZAÇÃO DA ESCOLA
A escola precisa ser uma referência de esperança e de humanização, diz especialista professor Joe Garcia apontou medidas para combater a indisciplina de alunos
A violência no ambiente escolar ganhou evidência neste ano com o caso de uma adolescente de 15 anos que agrediu uma professora na Escola Estadual Bahia de Porto Alegre, em março. A jovem alegou ter sido alvo de racismo e admitiu ter empurrado a professora, que bateu a cabeça na parede e sofreu traumatismo craniano. Como pena, o Juizado da Infância e Juventude determinou que a estudante ficará em liberdade assistida por seis meses e prestará serviços à comunidade por 24 semanas. A falta de limites na sala de aula é justamente o foco das pesquisas do doutor em Educação e especialista em indisciplina Joe Garcia há mais de uma década. O professor do Mestrado em Educação da Universidade Tuiuti do Paraná é um dos palestrantes do 10° Congresso da Escola Particular Gaúcha, no Centro de Eventos da PUCRS, na Capital. Na tarde desta quarta-feira, Garcia conversou em um chat com leitores do site Zerohora.com. Confira alguns dos principais temas discutidos: Agressão em sala de aulaAo responder sobre qual deve ser a atitude de um professor agredido verbalmente ou fisicamente em sala de aula, Garcia diz que o professor deve assumir uma "posição que pode envolver retirar o aluno de sala ou mesmo retirar a si, se há um risco a sua segurança pessoal": — Entendo a agressão como uma ruptura no tecido social da sala de aula. Isso vai solicitar a reconstrução desse tecido. Para isso talvez seja necessário uma trégua intermediária, ou mesmo ajuda externa. Falta de valores humanosUm dos leitores, que apontou a falta de respeito aos valores e de estrutura familiar, perguntou qual a postura que os educadores devem adotar para tentar corrigir esses problemas e oferecer uma formação de qualidade aos alunos. — A escola precisa ser escola, e assim um lugar de desenvolvimento humano, de humanização. A escola precisa ser uma referência de esperança. Há muito a fazer neste trabalho de humanização. É urgente, por exemplo, o trabalho de educação em valores humanos na escola. Se os valores não foram trabalhados "ontem" na família e na escola, hoje temos indisciplina, em casa e na escola. E quando temos indisciplina hoje, já sabemos que amanhã teremos de trabalhar valores. A indisciplina, em casa e na escola é uma medida de crise moral — diz Garcia. Segundo o especialista, a violência no ambiente familiar só agrava o problema da indisciplina: — O ambiente familiar faz internalizar na criança certas crenças sobre como tratar o outro, por exemplo. Assim, quando a criança experimenta um ambiente familiar onde se usa violência para resolver conflitos cotidianos, ela pode aprender que é lícito usar meios violentos para resolver conflitos. De fato, nossa civilização ainda precisa aprender a superar a tendência a usar formas violentas de lidar com conflitos, que tanto nos caracterizam. Na educação dos filhos, há metodos mais eficazes e menos violentos para ensiná-los a aprender a viver com os outros. Mudança de postura O hábito de professores de enviar os alunos que apresentam problemas de indisciplina para a direção da escola imaginando que a diretora vai resolver "todos os problemas" também foi um dos questionamentos feitos ao especialista. Garcia explicou qual deve ser a postura adotada pelas escolas para combater a indisciplina: — Penso que uma das primeiras ações a ser realizada em uma escola que deseja melhorar seu ambiente de disciplina reside em construir uma visão compartilhada sobre disciplina e indisciplina. Conquistar clareza sobre o que seja disciplina e indisciplina, o que será feito nos casos de indisciplina, por quem e como. Mas, quando não atuamos de modo integrado temos uma fragmentação justamente em momentos delicados. E, aos alunos, a escola parece frágil e até mesmo manipulável. Sobre como o professor deve lidar com uma turma indisciplinada, que tem um aluno que enfrenta o professor e esta atitude estimula os outros alunos fazerem o mesmo, o especialista destaca que "as estratégias mais eficazes para lidar com a indisciplina em sala de aula incluem os próprios alunos na equação": — Se os alunos são parte do problema, devem ser parte da solução. Nós, professores, precisamos compartilhar com eles os dilemas morais dos seus próprios comportamentos. Para se aprofundar no tema, ele dá duas sugestões de leituras: — Publiquei um artigo sobre a gestão da indisciplina na escola em uma revista chamada Contrapontos, onde analiso um conjunto de pontos fundamentais sobre esse tema. E há também um livro que acho muito interessante para professores, "Histórias de Indisciplina Escolar", escrito por Cintia Freller. ZEROHORA.COM
segunda-feira, 20 de julho de 2009
DIA DO AMIGO
A data foi criada pelo argentino Enrique Ernesto Febbraro. Ele se inspirou na chegada do homem à lua, em 20 de julho de 1969, considerando a conquista não somente uma vitória científica, como também uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do universo. Assim, durante um ano, o argentino divulgou o lema "Meu amigo é meu mestre, meu discípulo e meu companheiro".
Aos poucos a data foi sendo adotada em outros países e hoje, em quase todo o mundo, o dia 20 de julho é o Dia do Amigo, é quando as pessoas trocam presentes, se abraçam e declaram sua amizade umas as outras, na teoria.
No Brasil, o dia do amigo também é comemorado em 20 de julho-
domingo, 5 de julho de 2009
CORRIDAS
CORRIDAS
Não descuide do reforço muscular
- Os tênis são profissionais, o uniforme também, a intensidade e a distância do percurso se aproximam dos números feitos por maratonistas, mas a preparação física é de amadores. Levando em consideração todos esses fatores, a fisioterapeuta Maria Luisa Villanueva Antúnez admite que não há mais como tratar com diferenciação corredores profissionais e amadores.– Eles precisam administrar o tempo entre os treinos de corrida e a preparação física feita nas academias. Como muitas vezes o tempo é curto, alguns preferem se dedicar mais às atividades de rua e ficam desleixados no reforço muscular, o que acaba provocando lesões – explica.A fisioterapeuta está acostumada a tratar as três categorias de atletas. Há os profissionais que vivem do esporte, os amadores, que treinam com frequencia semanal e participam de algumas competições, e os atletas recreacionais, aqueles que jogam futebol uma vez por semana, por exemplo. Para os amadores, a fisioterapeuta acredita que o ideal seria realizar sessões de fisioterapia preventiva com periodicidade, para evitar lesões.No caso de dores constantes, é importante diferenciá-las.– Existe a dor adaptativa, que faz parte do treino de quem está começando, mas também há aquela indicativa de que algo está errado e causa a incapacidade de um movimento. A solução não é parar, mas descobrir as causas – diz Maria Luisa.
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Perigo na estrada
Mais de 70% dos caminhoneiros estão acima do peso e são mais
suscetíveis a uma série de problemas de saúde, como pressão alta e
diabetes. Para alertar sobre o problema, foi realizada ontem, mais uma
edição do "Comando de Saúde nas Rodovias", que acontece quatro vezes
ao ano, em todo o país. No Piauí, o comando aconteceu no posto da
Polícia Rodoviária Federal da BR-343. Só no início da manhã, mais de
50 caminhoneiros já haviam passado pelo local. "O atendimento dura
cerca de 40 minutos e o caminhoneiro passa por seis estações. Nossa
meta é atender mais de 70 pessoas", destacou o inspetor Fernandes, da
PRF.
Na primeira estação é feito o cadastro e a coleta de dados. Nas duas
estações seguintes acontecem os exames de antro-pometria, que mede,
dentre outras coisas, a gordura corporal, o peso e a altura. Os
caminhoneiros ainda passam pela estação de medicina do tráfego, onde
são submetidos a exames de audição e visão. Depois dessa etapa os
participantes fazem exames de colesterol, diabetes e triglicerídeos.
"Eles ainda recebem materiais educativos e, ao final, são atendidos
pela equipe médica", disse o inspetor.
O médico da PRF, Marcos Basílio, era quem checava os resultados dos
exames e dava as orientações necessárias. Segundo ele, somente 10% dos
caminhoneiros possuem saúde plena, o restante está acima do peso. "Se
o governo subsidiasse restaurantes e estimulassem a alimentação
saudável, a situação não seria tão grave", afirmou o médico. Ele
acredita que os demais problemas desencadeados pelo sobrepeso seriam
solucionados a partir desta medida.
De acordo com dados do comando, realizado no ano passado, no Piauí,
87,44% apresentaram índices elevados de gordura corporal, enquanto
34,58% têm pressão alta e 23,65% apresentam alterações na visão.
"Cerca de 80 mil pessoas já foram atendidas pelo Comando em todo o
país. Se eles fossem pagar por todos os exames realizados não daria
menos de R$ 1 mil", completou.
O caminhoneiro José Raimundo dos Santos, de 53 anos, passou pela
bateria de exames oferecida pelo Comando. Ele é natural de Salvador,
na Bahia, e diz que não se surpreendeu com os resultados dos exames.
"A taxa de triglicerídeos está alta, mas eu já sabia da situação e
estou tentando fazer uma dieta", diz.
O Comando de Saúde nas Rodovias tem a parceria de vários órgãos, como
Detran, Sest/Senat, Secretarias de Saúde do Estado e do Município.
sexta-feira, 26 de junho de 2009
Seu corpo pede um tempo
Seu corpo pede um tempo
Uma rotina cheia de compromissos não pode deixar de incluir hábitos saudáveis e atividades prazerosas
- Não são apenas os grandes problemas que provocam estresse. Detalhes muito pequenos, que pipocam ao longo do dia, vão derrubando o nível de paciência e calma de qualquer profissional. Que o diga a arquiteta Myrian Cirne Lima, que todos os dias enfrenta uma série de imprevistos em seus projetos. É o cano que estourou, o colocador de piso que ficou doente ou o atraso na entrega de algum material. Para lidar com isso tudo, duas receitas básicas: praticar ginástica diariamente e sempre contar até 10.– Não dá para resolver todas as coisas no calor do momento. Quando os problemas se acumulam, a gente se sente, muitas vezes, em uma situação desesperadora. Nessa hora, não tem outro jeito, tem de ter calma e respirar fundo antes de qualquer movimento – conta.Além de se prevenir contra os contratempos que atravessam seu próprio caminho, Myrian também cria ambientes antiestresse nas casas dos clientes. Confortáveis, permitem aliviar a tensão e fogem das características duras do ambiente profissional. Uma dica para chegar a esse resultado é acertar a iluminação. Como a luz branca chama a pessoa ao trabalho, a opção, então, é adotar luzes mornas, mais amareladas, que deixam o morador descansado. Móveis ou quadros de família também contribuem para um espaço acolhedor, que afasta da pressão do trabalho.– Também é recomendado fazer uso de plantas, tanto nos ambientes residenciais quanto nos comerciais, dando uma cara mais natural ao ambiente. Outra dica pode ser instalar internet sem fio na casa. Assim, pode-se trabalhar em locais bem descontraídos, como o jardim ou mesmo a cozinha – sugere.Atitudes como essa ajudam a lidar com o estresse com mais eficiência, mas é recomendável que sejam acompanhadas de outras medidas. Uma delas é reduzir a quantidade de compromissos assumidos. Com a agenda cheia, a luta contra o relógio é constante, e o tempo para a recuperação física e mental é sempre comprimido, aumentando os riscos de problemas graves.– Hoje, há muitas prioridades na vida das pessoas, que acabam se vendo em situações estressantes frequentemente. O importante é, mesmo com a correria, manter hábitos saudáveis – explica Ana Maria Rossi, presidente da Isma-BR.Nessa lista, incluem-se bons hábitos na rotina diária, como atividades físicas e relaxantes regulares, alimentação balanceada, noites de sono restauradoras, relacionamentos estáveis e bons laços familiares, e também momentos de lazer, com viagens, passeios e encontros com os amigos.O próprio organismo tem um sistema de reação ao problema. Quando você se vê em uma situação de risco, seja um pensamento negativo ou um veículo que corta a sua frente no trânsito, o organismo, por meio de um sistema de resposta ao estresse que inclui várias substâncias, faz o corpo reagir. Esse sistema nos dá a ideia de que devemos lutar ou fugir diante de alguma ameaça. O problema é que sob estresse constante o organismo fica permanentemente em alerta, o que leva a consequências graves, como o desenvolvimento de ansiedade e depressão, além de decorrências como hipertensão arterial, entre outras.Então, fica a pergunta: o sistema de resposta ao estresse é bom ou ruim para nós? É benéfico, desde que o estresse seja passageiro.– Sem ele, deixaríamos de responder a situações de ameaça, o que seria de grande risco para nossa sobrevivência. A resposta de luta ou fuga é imprescindível para que possamos identificar situações de real ameaça e respondermos a elas. O risco está em que esta resposta se torne permanente – explica a psiquiatra Betina Mariante Cardoso, da Associação de Psiquiatria do Rio Grande do Sul.Ao sofrer com estresse constante, o organismo fica sempre em alerta, estado que pode levar a graves consequências