quinta-feira, 25 de junho de 2009

VINAGRE COMBATE GORDURA DO CORPO

Normalmente o vinagre é usado para o tempero de saladas, mas um novo estudo sugere que ele também deve ser aceito como um produto que ajuda na saúde – propriedade já muito difundida na medicina popular. Cientistas japoneses descobriram que o uso de vinagre é eficaz para evitar o acúmulo de gordura corporal e o ganho de peso em um estudo realizado com ratos.

Tomoo Kondo e sua equipe notaram que o vinagre é usado pela medicina popular há muito tempo. Ele é usado para várias doenças, e pesquisas científicas modernas sugerem que ácido acético, o principal componente do vinagre, pode ajudar a controlar a pressão sanguínea, níveis de açúcar no sangue e o acúmulo de gordura. Para verificar os efeitos do vinagre, dois grupos de ratos de laboratório receberam uma mesma dieta rica em gorduras, e um grupo recebeu o ácido acético, e o outro não. O grupo que consumiu o vinagre teve um desenvolvimento 10% menor de gordura corporal que o outro grupo.

A descoberta aparece em uma época que conselhos sobre a alimentação e dietas são constantes, mas pesquisas feitas nos Estados Unidos mostram que as dietas da população do país estão piorando. A procura por recomendações sobre um estilo de vida saudável por pessoas de meia idade e da terceira idade diminuiu, em comparação a duas décadas atrás.

A nova pesquisa ajuda a confirmar a ideia que o ácido acético combate a gordura do corpo ao ativar genes que geram as proteínas envolvidas na quebra da gordura, assim suprimindo o acúmulo de gordura no corpo. Pesquisas ainda têm que ser feitas em humanos para verificar se os resultados e efeitos são semelhantes aos dos ratos.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

DOR DE AMADOR

Dor de amador

Sete em cada 10 corredores brasileiros já tiveram problemas decorrentes do esporte

  • Entre os esportes em evidência e de fácil acesso ao público, certamente a corrida é um dos que mais tem angariado adeptos pelo país nos últimos anos. Atualmente, estima-se que existam cerca de 4 milhões de corredores amadores no Brasil. Mas a preocupação desses atletas em se certificar de que estão realizando os exercícios corretamente não cresce na mesma proporção em que a prática vem ganhando visibilidade.

    Um grande indicador desse comportamento é uma pesquisa divulgada recentemente retratando o perfil do corredor amador. O Questionário de Avaliação de Corredores – Brasil (Quac-BR) mostra que, de cada 10 praticantes, sete já tiveram dores em decorrência do esporte.

    A radiografia que avaliou 7.731 corredores, com idade entre 19 e 77 anos, revela que 71,2% deles já se queixaram de dores causadas pelos exercícios, mas não buscaram ajuda médica. Coordenado pelo ortopedista Rogério Teixeira, o Quac-BR traz outro dado alarmante: 30,6% admitiram ter tomado anti-inflamatórios para controlar o desconforto sem prescrição médica.

    – O corredor não procura profissionais para planejar treinos. Quando sente dores, tampouco procura um médico – explica o especialista.

    Teixeira diz que um dos grandes problemas constatados é que esses esportistas ignoram a dor e continuam treinando assim que se sentem melhores. Ou seja, só procuram tratamento quando o problema já está avançado. Além do grupo que confirmou ter se automedicado, 45,9% disseram que utilizaram apenas gelo na região dolorida.

    – A dor é sinal de que algo está errado. As pessoas ignoram esse alerta e seguem treinando, o que pode causar uma lesão mais complexa – afirma Teixeira.

    De acordo com a pesquisa, 53,1% dos entrevistados afirmaram já ter sofrido alguma lesão por causa do treino. É imprescindível solicitar a orientação de um profissional sempre que as dores persistirem por mais de duas semanas.

    Especialista em traumatologia e ortopedia do esporte, Gustavo Kaempf de Oliveira ressalta que todo corredor, principalmente acima dos 30 anos, deve fazer exames pelo menos uma vez por ano com cardiologistas, ortopedistas e professores de educação física.

    – A maioria dos casos de morte súbita, geralmente de origem cardiológica, e de lesões musculares e esqueléticas no esporte pode ser evitada com esses exames – afirma.

CONTRA O ESTRESSE

Contra o estresse

Pesquisa identifica as cinco maiores fontes de preocupação de executivos

  • A fuga do estresse começa bem cedo. Sergio Luiz Klein, 54 anos, levanta-se por volta das 6h30min, três vezes por semana, e vai direto para a academia. Lá, encontra o ambiente ideal para carregar as baterias necessárias para enfrentar um dia de executivo. Faz musculação, caminhada e corrida. Além disso, é um dos poucos horários em que consegue conversar com um grupo de amigos. Os bate-papos incluem de futebol a política. As atribuições do trabalho ficam de lado.

    – É como uma terapia. Se não vou, fico com uma sensação de falta de energia. Se vou, fico muito mais animado – conta o engenheiro civil que atua como diretor de expansão.

    A ideia de malhar surgiu há 10 anos, quando percebeu que o trabalho lhe tomava não só o tempo, mas também a saúde. O incômodo principal era uma dor constante nas costas e nos ombros. Sensação que o acompanhava todos os dias, no escritório ou em casa, atrapalhando a rotina. Ao final dos dias de agenda cheia, as dores também se alastravam para a cabeça. Somado a isso, o diretor ainda via o peso aumentar e o cansaço chegar mais cedo, ou seja, o organismo todo sentia os efeitos nocivos do estresse. A tempo, mudou de vida.

    Uma pesquisa realizada com mil executivos de Porto Alegre e São Paulo aponta que 86% deles sentem dores musculares e dor de cabeça e 81% sofrem com ansiedade. Em 18% dos casos, o acúmulo da pressão se transforma em uma explosão de raiva. Os cinco principais motivos apontados pelos entrevistados foram: excesso de tarefas, medo de demissão, muita responsabilidade e pouca autonomia, conflitos e desequilíbrio entre esforço e gratificação.

    Para a coordenadora da pesquisa, a jornalista e Ph.D. em Psicologia Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), o resultado mostra que todo o esclarecimento que tem sido feito sobre os efeitos nocivos do estresse não está sensibilizando a população.

    – As pessoas estão muito comprometidas e com muitas prioridades. É muito difícil que mantenham uma vida saudável, mas uma hora o corpo não aguenta – explica.

    Em linhas gerais, o estresse costuma ser prejudicial, mas alguns tipos não são tão nocivos. Um exemplo é o causado pela vida profissional – quando alguém gosta muito do que se faz e, de certa forma, a dedicação intensa dá prazer. Porém, um outro tipo é muito voraz, como explica Aldo Lucion, biomédico do Instituto de Ciências Básicas de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    – Quando uma pessoa tem um parente doente, é desgastante, não tem como se controlar. Há estudos que mostram a carga de estresse a que familiares de doentes estão sujeitos.

domingo, 21 de junho de 2009

ESQUIZOFRENIA

Benefícios múltiplos

Nova terapia também pode auxiliar pacientes com esquizofrenia

  • Anova terapia que promete recuperar os prejuízos causados ao cérebro pelo transtorno bipolar pode também ajudar pacientes com outras doenças psiquiátricas. Testes conduzidos pelo professor Michael Berk, da Universidade de Melbourne, na Austrália, revelaram que a N-acetil-cisteína (NAC) reduz os sintomas da esquizofrenia – como a apatia e a falta de motivação – e melhora os efeitos colaterais nos movimentos causados pela medicação antipsicótica. Os médicos também acreditam que a substância pode agregar qualidade de vida a quem sofre de depressão.

    – Se forem confirmados os bons resultados até junho de 2009, quando devem ser finalizados os testes e as análises, iniciaremos a pesquisa com pacientes depressivos – diz o psiquiatra e professor da UFRGS Flávio Kapczinski.

    Embora ainda tenha caráter experimental, a NAC não apresentou efeitos colaterais significativos. Até o momento, os voluntários tratados com a nova terapia não relataram sintomas diferentes dos reportados pelo grupo que recebeu apenas placebo. Segundo o pneumologista Felipe Dal Pizzol, diretor da Unidade Acadêmica de Ciências da Saúde da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc), que desenvolve estudos com o uso de NAC em casos de lesões pulmonares agudas, a substância pode ser usada por um longo período sem causar danos.

saiba mais

PARA QUE SERVE A NAC

> É usada para tratar doenças pulmonares e, como expectorante, para enfermidades respiratórias. Também é a medicação mais indicada para os casos de intoxicação com paracetamol

ONDE ENCONTRAR

> Em geral, a NAC não é encontrada na dieta, mas é possível obter a cisteína (um tipo de aminoácido), com efeito similar ao da NAC, na pimenta vermelha, no alho, na cebola, entre outros

ESPORTE INDIVIDUAL,MAS NÃO SOLITÁRIO

Esporte individual, mas não solitário

  • Corrida é um esporte individual, mas não precisa ser solitário. Com essa ideia na cabeça, vários inscritos na 26ª Maratona Internacional de Porto Alegre se dedicam quase todos os dias a treinamentos em grupo. Há vários motivos para isso – um deles é simplesmente o aspecto psicológico. Correr sozinho, muitas vezes, é também triste e desanimador. Com amigos em volta, o treino fica mais leve, e a mente encontra em conversas rápidas, entre um exercício e outro, uma boa distração e, de quebra, um estímulo para se esforçar ainda mais.

    – Quando a gente tem pessoas a nossa volta, ficamos mais motivados. E também é legal porque podemos nos comparar. Percebemos o rendimento dos outros e olhamos para nós mesmos, para saber se também estamos evoluindo – conta Déborah Siegmann, 31 anos, de Porto Alegre.

    A empresária começou a correr, há dois anos, pensando apenas em perder peso, mas com o tempo “viciou”. Agora, corre quatro vezes por semana e faz musculação outras três. Amanhã, disputará o revezamento com outros três amigos.

    Já o servidor público federal Sérgio Ery Cazella, 44 anos, vai enfrentar os 42 quilômetros.

    – Vou pelo desafio – justifica.

    Cazella começou a prática há cinco anos por indicação médica, como parte de um tratamento para pressão alta. A ideia é boa, desde que feita sob a orientação de um profissional. Entre os professores do corredor está Lucas Pretto. Segundo ele, o treinamento é fundamental, mas o pecado dos praticantes costuma ser nas provas.

    – É comum que as pessoas não se alimentem corretamente e nem se reidratem durante a competição. Deve-se tomar, pelo menos, 200 mililitros de água a cada meia hora e um gel (alimentação suplementar de carboidrato) a cada 40 minutos – diz.

VELHICE E DEPRESSÃO

  • Velhice e depressão: uma combinação que não é inevitável

    Façam o que eu fiz: entrem no Google e digitem, em inglês, as palavras “velho e triste” (“old and sad”). Sabem quantas referências vocês obterão? Nada menos do que 127 milhões, o que, mesmo para o Google, é um espanto. O número comprova um fato: aos olhos de muitas pessoas, a velhice está associada com tristeza – inclusive com aquela mórbida tristeza chamada depressão, que afeta 10-15% das pessoas com mais de 65 anos. O que não é de estranhar. Para muitas pessoas, a velhice significa isolamento, solidão, perda dos objetivos de vida, perda de entes queridos, sem falar nos problemas de saúde que então se tornam mais frequentes. Mas a depressão é um risco em si, e um risco que deve ser levado em conta, por familiares, por amigos, por médicos.

    ***

    Há três coisas a fazer no caso da depressão dos idosos. A primeira é reconhecer que o problema existe. Sintomas como fadiga, perturbações do sono, perda de apetite e/ou de peso, uso de álcool ou de drogas podem ser manifestações depressivas, e não devem ser rotuladas de “coisa da velhice”. Depressão também não é Alzheimer, uma situação na qual a pessoa apresenta-se confusa, desorientada, com problemas de memória (que aparentemente não nota) com dificuldades para falar, para ler, para efetuar tarefas habituais. Em segundo lugar, depressão pode ser o resultado de um problema orgânico ainda não detectado, como cardiopatia, câncer, diabetes e uso de medicamentos. Por último, e muito importante, depressão é perfeitamente tratável, com medicamentos e com terapia. Há muitas coisas que a pessoa pode fazer para se ajudar: sair de casa, procurar pessoas, ter um hobby ou trabalho voluntário, ter um animal de estimação, alimentar-se bem, praticar exercício. E nisto parentes e amigos podem ajudar muito, estimulando o idoso, convidando-o, convivendo com ele.

    ***

    Velhice é uma coisa boa, significa que estamos vivendo mais, que estamos vencendo muitas doenças. Tristeza, eventualmente, também é coisa boa: a vida não é só feita de risos. Mas associar velhice e tristeza, achar que esta combinação é inevitável – essa não. Está na hora de mostrarmos para o Google que há ótimas alternativas para isso.

CONTRA O ESTRESSE

Contra o estresse

Pesquisa identifica as cinco maiores fontes de preocupação de executivos

  • A fuga do estresse começa bem cedo. Sergio Luiz Klein, 54 anos, levanta-se por volta das 6h30min, três vezes por semana, e vai direto para a academia. Lá, encontra o ambiente ideal para carregar as baterias necessárias para enfrentar um dia de executivo. Faz musculação, caminhada e corrida. Além disso, é um dos poucos horários em que consegue conversar com um grupo de amigos. Os bate-papos incluem de futebol a política. As atribuições do trabalho ficam de lado.

    – É como uma terapia. Se não vou, fico com uma sensação de falta de energia. Se vou, fico muito mais animado – conta o engenheiro civil que atua como diretor de expansão.

    A ideia de malhar surgiu há 10 anos, quando percebeu que o trabalho lhe tomava não só o tempo, mas também a saúde. O incômodo principal era uma dor constante nas costas e nos ombros. Sensação que o acompanhava todos os dias, no escritório ou em casa, atrapalhando a rotina. Ao final dos dias de agenda cheia, as dores também se alastravam para a cabeça. Somado a isso, o diretor ainda via o peso aumentar e o cansaço chegar mais cedo, ou seja, o organismo todo sentia os efeitos nocivos do estresse. A tempo, mudou de vida.

    Uma pesquisa realizada com mil executivos de Porto Alegre e São Paulo aponta que 86% deles sentem dores musculares e dor de cabeça e 81% sofrem com ansiedade. Em 18% dos casos, o acúmulo da pressão se transforma em uma explosão de raiva. Os cinco principais motivos apontados pelos entrevistados foram: excesso de tarefas, medo de demissão, muita responsabilidade e pouca autonomia, conflitos e desequilíbrio entre esforço e gratificação.

    Para a coordenadora da pesquisa, a jornalista e Ph.D. em Psicologia Ana Maria Rossi, presidente da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR), o resultado mostra que todo o esclarecimento que tem sido feito sobre os efeitos nocivos do estresse não está sensibilizando a população.

    – As pessoas estão muito comprometidas e com muitas prioridades. É muito difícil que mantenham uma vida saudável, mas uma hora o corpo não aguenta – explica.

    Em linhas gerais, o estresse costuma ser prejudicial, mas alguns tipos não são tão nocivos. Um exemplo é o causado pela vida profissional – quando alguém gosta muito do que se faz e, de certa forma, a dedicação intensa dá prazer. Porém, um outro tipo é muito voraz, como explica Aldo Lucion, biomédico do Instituto de Ciências Básicas de Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

    – Quando uma pessoa tem um parente doente, é desgastante, não tem como se controlar. Há estudos que mostram a carga de estresse a que familiares de doentes estão sujeitos.