sábado, 2 de outubro de 2010
Existe origem da crise de identidade do professor?
SPRINT CONTRA A DIABETES
Sprint contra a diabete
Um check-up médico – medida essencial, mas nem sempre adotada por quem pretende arriscar as primeiras passadas na corrida – pode ter salvado a vida da representante de vendas Ivanir Souza, 45 anos, há quatro anos.
Foi nos exames que ela descobriu que tem diabete. “No começo me assustei, mas depois me dediquei ainda mais aos treinos e o resultado foi excelente”, comemora a corredora, que já acumula alguns feitos marcantes como a conclusão de maratonas e provas de revezamento. “Fiz a Ma ratona de Curitiba em 4h40min. Está ótimo”, orgulha-se.
A atleta precisa de uma dieta disciplinada durante a semana para não complicar a diabete. “Como muita fruta, verduras, legumes e evito doces, para não subir a taxa de glicose”, explica. A exceção fica para os dias de provas, em que ingere barras energéticas para rápida reposição de açúcar no sangue.
Segundo a Organização Mun dial de Saúde (OMS), em 2004 mais de 171 milhões de pessoas tinham diabete e estima-se que, em 2030, esse número duplique.
A síndrome surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente para que a glicose, que será usada como energia pelo organismo, entre nas células. O índice de açúcar no sangue au menta e pode causar problemas visuais, hipertensão, obesidade e de circulação. Este pode levar à perda de sensibilidade nas ex tremidades do corpo, especialmente nos pés. O risco, nesse caso, é que qualquer machucado (interno ou externo) na região demora a ser percebido pelo diabético. Quando se dá conta, já tornou-se uma lesão grave.
Ivanir conta que era comum ficar com os pés inchados em dias quentes. Com a prática da corrida, a partir de 2006, o sintoma diminuiu. Ela dá maior atenção aos alongamentos que um atleta sem a síndrome. “Para diabéticos do tipo 2 [em que a produção de insulina é irregular], o problema nos pés é mais recorrente. É uma população também propensa a problemas cardiovasculares. A atividade física é essencial e só traz benefícios”, explica o médico especialista em Medicina do Esporte,Marcelo Leitão.
Atletas que convivem com a diabete do tipo 1 (em que o pâncreas não produz insulina) precisam de mais cuidados, como constantes testes de controle glicêmico e aplicação de insulina.
O analista de sistemas Marcelo Bellon Ferreira, 38 anos, fez desse acompanhamento sua rotina desde os 14, quando descobriu ser diabético. “Você tem de estar atento às novidades da medicina e usá-las a seu favor”, aconselha Fer reira, ultramaratonista há três anos. “Diabéticos do tipo 1 devem escolher com cuidado os horários de treino, pois o organismo precisa de tempo para absorver a insulina”, alerta Leitão.
O ultramaratonista usa o Sistema de Infusão Contínua (SIC) de insulina para o controle de seu índice glicêmico. Subs tituiu as injeções do hormônio por um aparelho subcutâneo. “Posso dosar a quantidade de insulina de acordo com as minhas atividades. Antes, eu não podia treinar em certos horários por causa da aplicação”, lembra. O sistema não saiu barato. Ferreira investiu R$ 13 mil na compra do aparelho e gasta mais de R$ 800 por mês para manutenção.
por Angelo Binder, Gazeta do Povo (http://www2.rpc.com.br/corrida/sprint-contra-a-diabete)
Cuidados
O corredor iniciante que tem diabete deve dar atenção especial a alguns detalhes antes dos primeiros treinos de corrida. Confira quatro passos essenciais:
1 – Consulte o médico. O especialista fará exames para saber se existe algum risco de complicação da neuropatia diabética (inflamação nos nervos causada pela síndrome) dos pés e também pedirá teste de esforço para saber qual a intensidade de treino adequado ao atleta.
2 – É indicado que o corredor diabético faça o controle glicêmico mais de dez vezes ao dia, inclusive durante a prática da ativi dade física de longa e média duração. A melhor forma de fazer o controle deve ser indicada pelo médico especialista em endocrinologia.
3 – Usar tênis adequado e confortável para evitar o atrito da meia com a pele. Esse cuidado evita a formação de bolhas, que podem causar complicações mais sérias ao diabético. O atleta deve, ainda utilizar cremes nos pés regularmente, para prevenir a formação de bolhas e machucados. As extremidades do corpo exigem atenção redobrada do atleta com diabete.
4 – Fazer a hidratação constante, com água ou isotônico e ter sempre à mão alimentos ricos em carboidratos para repor a energia durante os treinos.
Fonte: Emerson Bisan, especialista Treinamento Desportivo de Alto Nível da academia Estatal de Cultura Física de Moscou.
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Esta matéria saiu na edição impressa e também na on-line da Gazeta do povo do dia 10/07/2010
EDUCAÇÃO PELO ESPORTE
EDUCAÇÃO PELO ESPORTE – FUTEBOL |
Sex, 01 de Outubro de 2010 17:03 | |
Aline Coelho de Souza Nunes – Educadora Social Luiz Fernando Leite Pereira – Professor de Educação Física Renata Castilhos Severini– Professora de Matemática
O esporte tem o potencial de educar para a vida. Crianças e jovens aprendem a conviver melhor em grupo, a conhecer suas capacidades, tomar decisões e buscar soluções para os problemas. Um dos maiores eventos esportivos - Copa do Mundo é um excelente ponto de partida para contextualizar o ensino e levar a Copa para dentro da sala de aula. O tema valoriza o companheirismo e o espírito de equipe em diversas atividades. O futebol é um dos elementos mais marcantes da cultura brasileira, de forma interdisciplinar esta modalidade esportiva merece ser explorada por várias disciplinas.
Dentro desta perspectiva, planejamos um projeto para a Copa do Mundo, onde desenvolvemos atividades de Português, Matemática e Lúdico (Educação Física), de forma diferenciada e criativa. Nas aulas de português os educandos realizaram pesquisas na internet, referentes aos países que estavam participando da Copa do Mundo 2010.
A escolha foi livre, porém deveriam focar a pesquisa em cultura, esportes, língua, moeda, alimentação, religião, folclore e significado da bandeira. Os textos das pesquisas foram impressos, debatidos e expostos nos corredores da Escola. Em um segundo momento, os textos foram usados para buscas de classe gramatical. Os alunos deveriam classificar substantivos, sujeitos, adjetivos e verbos nos textos impressos. Partindo da possibilidade de relacionar Jogos Cooperativos e Educação Física, é importante observarmos alguns pontos referenciais para que seja alcançado o seu sucesso, como a integração e socialização.
Por meio desta observação, o professor de Educação Física, organizou um bolão entre todos os alunos para escolherem quem ganharia a Copa 2010, este bolão foi aberto após o término da Copa, e um aluno acertou, ganhando uma caixa de bombons. Os aspectos da Educação Física trabalhados não são aqueles que estávamos acostumados a ver, a simples prática desportiva. Nosso enfoque foi nos valores do ser humano, como o respeito, a lealdade e o desenvolvimento global do individuo.
Neste sentido foi criada a Copa do Projeto FECI, onde os alunos competiram em equipes escolhidas democraticamente, juntando meninos e meninas nos times.
Ao final desta competição interna, todos os alunos foram premiados com medalhas. Como os jogos priorizavam e valorizavam o cumprimento das regras, o jogo limpo ou fair-play foi premiado também. As premiações foram feitas em sala de aula em ritmo de comemoração, com direito a palmas e fotografias.
Ensinar matemática a partir do mundo que cerca o jovem, deixando de lado métodos obsoletos e que não acompanham as mudanças e a velocidade a que a nova geração está acostumada. Esta foi a proposta da disciplina de matemática. Foi apresentada a malha geométrica quadrada, de 2 centímetros cada quadradinho e totalizando 16cmx16cm. Após olharem uma impressão das bandeiras dos países participantes da Copa 2010, os alunos escolheram uma bandeira para desenhar na malha quadrada.
Este instrumento geométrico foi muito valioso para estudar áreas, perímetros e também frações. Outro artifício usado foi a história da bola de futebol, como é costurada, que é composta de 32 gomos, 20 hexágonos e 12 pentágonos, desta forma apresentei estes dois polígonos. Para tornar o trabalho mais prazeroso e concreto, entreguei aos alunos a planificação da bola de futebol, ou um icosaedro truncado, como é chamada na “língua matemática”. Eles adoraram confeccionar as bolinhas, pintaram a folha de gramatura 180 gramas e depois recortaram e encaixaram e colaram as abas. Aproveitei para explanar sobre faces, arestas e vértices deste poliedro.
Além disso, foi pedido que os alunos confeccionassem um desenho de um campo de futebol visto de cima. Assim, retomando as questões de medidas de áreas e perímetros. Depois, comparamos com um campo oficial de futebol. Todos os trabalhos da Copa 2010 foram expostos nos corredores da escola.
A Educação pelo Esporte, como uma ação complementar à escola, tem um papel importante e pode impactar expressivamente no desempenho dos alunos na sala de aula, além de buscar melhorar o relacionamento deles com a família e os amigos. Destacamos aqui, a importância de trabalhar situações de realidade com as crianças, no caso o futebol e Copa do Mundo, pois com a ligação com o cotidiano possibilita um maior interesse e envolvimento nos temas desenvolvidos e consequentemente uma melhora nas capacidades de socialização e também no aspecto cultural dos nossos alunos. |
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Menino cego usa sonar para se localizar e até joga basquete
Técnica é semelhante à ecolocalização usada por morcegos e golfinhos.Assista vídeo sobre as habilidades de Lucas Murray, de 7 anos.
Um menino britânico cego de 7 anos conseguiu aprender a "ver" objetos usando sua audição. Lucas Murray estala sua língua e usa o eco provocado pelos objetos para construir o cenário em seu entorno.
A técnica é semelhante à do sonar usado por morcegos e golfinhos.
Lucas estala sua língua no céu da boca, e pelo som que escuta do eco ele consegue descobrir a distância, a forma, a densidade e a posição dos objetos.
A técnica, conhecida como "ecolocalização", ajudou Lucas, que nasceu cego, a jogar basquete e a escalar montanhas.
Ele aprendeu o sistema com o californiano Daniel Kish, de 43 anos, que fundou uma organização não governamental internacional de ajuda aos cegos.
Os pais de Lucas, Sarah e Iain, viram Kish em um programa de TV e o convidaram para visitar o filho em sua cidade, Poole, no sul da Grã-Bretanha.
"O Lucas é capaz de estalar sua língua para determinar onde as coisas estão ao seu entorno e o que são essas coisas. Ele é capaz de se movimentar confortavelmente sem ter que se segurar em outras pessoas", afirma Kish.
"O estalo basicamente emite um som que reflete no ambiente um pouco como o flash de uma câmera", explica.
Mobilidade extraordinária
Lucas consegue determinar a distância dos objetos ao estimar o tempo que o eco leva para voltar e é capaz de estimar a localização do objeto sabendo em que ouvido o eco é percebido primeiro. A densidade e a forma do objeto é percebida pela intensidade do som que retorna.
Um objeto que se move para mais longe cria um som com volume mais baixo, e um objeto que se aproxima cria um som com volume mais alto.
Segundo Kish, Lucas determina as qualidades de um objeto pelas características do som que ele consegue perceber. "Ele joga basquete, é capaz de acertar a bola na cesta com os estalos da língua. Ele consegue jogar muito bem", afirma Kish. Para ele, a mobilidade alcançada por Lucas é "extraordinária".
sábado, 15 de agosto de 2009
Inteligências Multiplas
“A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança”
Em entrevista a ZH, o psicólogo norte-americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, referência internacional na área da Educação, diz que as pessoas deveriam ser ensinadas a partir de suas habilidades inatas e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Ele é o próximo conferencista do ciclo Fronteiras do Pensamento, às 19h30min de segunda-feira
segunda-feira, 10 de agosto de 2009
Manter o cérebro ativo
Segundo um novo estudo, atividades para manter o cérebro ativo, como ler, escrever e jogar cartas pode retardar problemas de memória também definido como demência. Demência é um declínio nas capacidades mentais, especialmente na memória e no funcionamento, que podem causar doenças específicas como Mal de Alzheimer e Parkinson, e também derrame e infecções no cérebro.
Embora a genética seja a principal suspeita na demência, muitos estudos estão mostrando que fatores do estilo de vida também podem agravar e talvez desencadear os problemas.
Um novo estudo, detalhado na edição de 4 de agosto da revista Neurology, envolveu 488 pessoas entre
No começo do estudo, pessoas relataram à freqüência em que eles participavam de seis atividades de lazer em que ocupavam o cérebro: leitura, escrita, fazer palavras cruzadas, quebra cabeças, jogar tabuleiros ou cartas, participar de grupos de discussão e tocar música.
Para cada atividade, a participação diária era calculada com sete pontos, vários dias por semana pontuavam quatro, uma participação semanal era um ponto. Para aqueles que desenvolveram a demência mais tarde, os pontos na média eram o total de sete, significando que eles participavam de uma das seis atividades a cada dia, na média.
Os pesquisadores analisaram quando a perda de memória começava a acelerar rapidamente nos participantes. Eles encontraram que cada atividade adicional que a pessoa participava, a perda da memória era retardada em 0.18 anos ou cerca de nove semanas.
“O ponto acelerado do declínio foi retardado por 1,29 anos para a pessoa que participava de 11 atividades por semana, comparada a pessoa que participava em apenas quatro atividades por semana”, disse o autor do estudo Charles B. Hall da Faculdade de Medicina Albert Einstein, no Bronx, NY.
Os pesquisadores também analisaram o nível de educação dos participantes, e o que isso afetava no resultado. Em estudos anteriores, uma educação mais elevada era ligada a ocorrências mais baixas do definhamento cognitivo (posto que, em alguns estudos encontraram uma conexão oposta).
Outros aspectos do estilo de vida das pessoas também foram vinculados a menos problemas de memória como a demência, Alzheimer e definhamento cognitivo normais da idade:
§ Aquele que consegue controlar o estresse sem ficar ansioso pode ter menos problemas de memórias;
§ Exercícios podem manter a mente mais jovem, assim como o corpo em forma por meio da circulação de sangue no cérebro.
§ Pesquisar na internet é outra atividade que pode manter o cérebro ativo e pode ser melhor que a leitura, pois uma variedade de escolhas para fazer.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
As dores do inverno
As dores do inverno
Baixa temperatura faz com que o corpo inteiro se contraia para conter o máximo possível de calor, movimento que pressiona as articulações
- Basta o frio bater à porta para muita gente começar a reclamar de “dor nas juntas” e lotar as salas de espera dos consultórios médicos. Com a temperatura em baixa, o corpo todo tende a se encolher para conter o máximo de calor possível e deixar o inverno menos sofrível. Nesse movimento, os tendões se encolhem, os músculos se contraem. Quem acaba levando a pior são as articulações, que se sentem pressionadas por todos os lados. É nessa hora que os pacientes que já têm alguma lesão percebem que a dor costuma aumentar muito.As reclamações mais comuns são dificuldade para se movimentar e rigidez nas articulações, o que pode complicar até mesmo uma simples caminhada nos casos mais graves.– O clima frio torna o líquido sinovial, aquele que lubrifica internamente as juntas, menos viscoso, além de reduzir a flexibilidade dos músculos, ligamentos e tendões. Isso tudo gera desconforto e dor e deixa o indivíduo com mais dificuldade para se movimentar – explica o reumatologista Alexandre Garcia Islabão, professor da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra).As regiões que mais sentem os efeitos das baixas temperaturas são as articulações periféricas, como as das mãos, dos pés e dos joelhos. Por se localizarem mais distante do tronco do corpo, têm dificuldades em manter a temperatura perto dos 37°C. Nas articulações das mãos e dos pés, por exemplo, as temperaturas são muito mais baixas e se aproximam daquela registrada no ambiente.Cabe ressaltar que o frio, apesar de aumentar a incidência da dor, não é o responsável pelo surgimento de reumatismo, ou seja, de problemas crônicos nas articulações.– Há mais de cem tipos de reumatismo com causas diversas. Pode ser desde infecção por bactérias, mudanças no metabolismo até doenças degenerativas. O que ocorre no frio é que a sensação de dor aumenta, mas a lesão, na verdade, já está instalada – enfatiza o reumatologista Fernando Neubarth, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia.Segundo Neubarth, quando o sofrimento causado pelas baixas temperaturas está intenso, a dica é manter-se bem protegido, com agasalhos apropriados, banhos de água morna e bolsas térmicas na região afetada. O calor descontrai músculos, tendões e ligamentos, aliviando a pressão sobre as articulações e favorecendo a circulação sanguínea. Mas é preciso ter cuidado: quando as dores persistem por vários dias ou semanas, pode ser sinal de alguma complicação. Nesse caso, busque um especialista para receber o diagnóstico preciso e orientações adequadas sobre o tratamento.
Dicas de prevenção
> Atividades físicas, orientadas e de baixo impacto, como caminhadas, ajudam a manter a lubrificação adequada e reforçam a musculatura que sustenta as articulações.
> Os exercícios de alongamento também têm uma função importante, preservando a flexibilidade e a amplitude dos movimentos das juntas.
> O peso adequado evita que as articulações sejam sobrecarregadas. Com o passar do tempo, os quilos a mais causam danos, como degeneração e inflamação.
> A sobrecarga também pode ocorrer por causa de posturas erradas ao longo do dia. Um exemplo é segurar o mouse com o braço inclinado, forçando o punho.
> No inverno, é importante se manter bem agasalhado, evitando a perda de calor. Para quem tem problema crônico, esse cuidado deve ser redobrado nas regiões que costumam ficar doloridas.
> Se o desconforto persistir por mais de um mês, procure orientação médica. A grande novidade na área é que o diagnóstico precoce ajuda em muito no tratamento do reumatismo.