domingo, 24 de maio de 2009

Praticantes de academia também podem ser sedentários

Praticantes de academia também podem ser sedentários

 

Ao seguir a mesma rotina de exercícios, o corpo acaba se acostumando.

Uma pessoa é considerada sedentária quando pratica pouca ou nenhuma atividade física ao longo do dia. Mas mesmo quem está em dia com os exercícos não está livre de ser incluído no grupo dos que não gostam de suar a camisa. Cada vez mais comuns, os sedentários de academia são aqueles que, apesar de malharem com regularidade, sempre seguem a mesma rotina de exercícios. Com o passar do tempo, o corpo acaba se acostumando com a mesma quantidade de repetições e com a série. Sem novos estímulos, o treino não progride, e os resultados não aparecem.  

– O corpo tem que buscar sempre a readaptação aos novos exercícios, que é o que chamamos de condicionamento físico – explica o professor de educação física Lázaro de Sousa Barrozo.  

Lázaro alega que é preciso tirar o corpo da chamada zona de conforto, em que os músculos e o organismo não têm nenhuma motivação para se esforçar mais.  

– Se você estimula o corpo a ponto de ele precisar de mais fibra muscular, ele sempre vai recrutar mais – diz.  

Segundo o professor de educação física Marcelo Lima, o ideal é variar a série de exercícios a cada três ou quatro semanas. Assim como ocorre com atletas que se exercitam em excesso, atividades físicas que não mudam fazem com que o organismo libere mais ácido lático, que se acumula nos músculos e resulta no overtraining.  

– A pessoa fica com um cansaço extremo, sem vontade de malhar e bastante estressada mentalmente, por estar em um local fechado e sempre repetindo a mesma atividade – diz. 

O administrador de empresas Wellington Leite admite que já chegou a ficar seis meses sem modificar a série de exercícios. Há 20 anos praticando musculação, ele sentiu falta de novos estímulos no treino.  

– Repetindo sempre a mesma série, os músculos chegam a um ponto em que não se desenvolvem mais. Não tem como crescer sem mudar o treino – diz.  

Para Wellington, o motivo que o levou a fazer sempre a mesma coisa todos os dias na academia é o mesmo de muitos sedentários-atletas: o comodismo.  

– Isso acontece com muitas pessoas, mas não é porque elas não querem mudar. É porque a gente acostuma mesmo – admite.

Dicas

>> Fique sempre atento para não esquecer a data da última avaliação física, que deve ser feita, preferencialmente, a cada três meses.

>> Converse com um professor de educação física para saber até que ponto se deve aumentar a carga dos aparelhos, conforme for ganhando resistência e força muscular.

>> Dependendo do seu objetivo, procure variar o número de repetições ou de séries dos exercícios para melhorar o treino.

>> O tempo de descanso entre uma repetição e outra também faz diferença. Procure aumentar e diminuir o período entre uma e outra para gerar estímulos diferentes nos músculos.

 


ESPORTE INDIVIDUAL , MAS NÃO SOLITÁRIO

Esporte individual, mas não solitário

  • Corrida é um esporte individual, mas não precisa ser solitário. Com essa ideia na cabeça, vários inscritos na 26ª Maratona Internacional de Porto Alegre se dedicam quase todos os dias a treinamentos em grupo. Há vários motivos para isso – um deles é simplesmente o aspecto psicológico. Correr sozinho, muitas vezes, é também triste e desanimador. Com amigos em volta, o treino fica mais leve, e a mente encontra em conversas rápidas, entre um exercício e outro, uma boa distração e, de quebra, um estímulo para se esforçar ainda mais.

    – Quando a gente tem pessoas a nossa volta, ficamos mais motivados. E também é legal porque podemos nos comparar. Percebemos o rendimento dos outros e olhamos para nós mesmos, para saber se também estamos evoluindo – conta Déborah Siegmann, 31 anos, de Porto Alegre.

    A empresária começou a correr, há dois anos, pensando apenas em perder peso, mas com o tempo “viciou”. Agora, corre quatro vezes por semana e faz musculação outras três. Amanhã, disputará o revezamento com outros três amigos.

    Já o servidor público federal Sérgio Ery Cazella, 44 anos, vai enfrentar os 42 quilômetros.

    – Vou pelo desafio – justifica.

    Cazella começou a prática há cinco anos por indicação médica, como parte de um tratamento para pressão alta. A ideia é boa, desde que feita sob a orientação de um profissional. Entre os professores do corredor está Lucas Pretto. Segundo ele, o treinamento é fundamental, mas o pecado dos praticantes costuma ser nas provas.

    – É comum que as pessoas não se alimentem corretamente e nem se reidratem durante a competição. Deve-se tomar, pelo menos, 200 mililitros de água a cada meia hora e um gel (alimentação suplementar de carboidrato) a cada 40 minutos – diz.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

ESPORTE QUE TEM A SUA CARA

Os especialistas são unânimes em afirmar: abandonar a vida sedentária é fundamental para prevenir doenças, garantir mais disposição e bem-estar. Em geral, a prática de um esporte conduz a uma melhora na capacidade cardiorrespiratória e na circulação, fortalece a musculatura, os tendões e até os ossos, deixando o corpo mais protegido contra lesões, torções e fraturas. “A prática regular de um esporte recreativo — aquele não-competitivo — diminui o risco de doenças como a hipertensão, o acidente vascular cerebral (AVC) e o diabetes”, complementa o educador físico Luis Carlos de Oliveira, instrutor de pesquisa do Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs).

Tudo isso sem falar nos ganhos estéticos, como o controle do peso, o enrijecimento e a definição da musculatura. “Quem faz algum exercício regularmente garante mais quantidade e qualidade de vida”, resume Ricardo Munir Nahas, diretor científico da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte (SBME).

Os benefícios de uma atividade física regular se estendem à saúde mental. “O esporte funciona, muitas vezes, como um treino para a vida prática e propicia situações que permitem o conhecimento do próprio corpo e uma consequente melhora da autoimagem e da autoconfiança”, explica Eliane Jany Barbanti, coordenadora do Núcleo de Psicologia do Esporte e Atividade Física (NUPSEA), da USP.

Mas, se são capazes de trazer inúmeros ganhos para a saúde do corpo e da mente, é importante saber que os exercícios se diferenciam entre si no que diz respeito a resultados específicos. Por isso, é tão importante fazer uma escolha acertada entre as várias modalidades disponíveis, antes mesmo de começar a treinar. Para cada objetivo, existem atividades que são mais indicadas, pelo tipo de trabalho físico que proporcionam. De acordo com a sua meta, é possível estabelecer uma rotina de treinos personalizada, que vai garantir resultados mais rápidos e eficazes.

SE O SEU OBJETIVO É...

...EMAGRECER

A melhor pedida: CICLISMO. A atividade permite um gasto energético alto — de até 600 kcal/hora — mas, ao contrário da corrida, não oferece tanto impacto, o que poderia causar a sobrecarga das articulações, especialmente no caso de pessoas que estão acima do peso. Também proporciona um ganho considerável de condicionamento físico, resultado que pode ser percebido logo nas primeiras semanas de prática. Pernas, glúteo, abdome e os músculos da região lombar são os mais trabalhados durante o exercício.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, começando com 30 minutos de atividade e aumentando gradualmente — cerca de 5 minutos a cada semana —, de acordo com o ganho de resistência. Durante a prática, é importante respeitar os limites do seu condicionamento físico: dores, desconfortos e cansaço excessivo devem servir como alerta. Se não está acostumado a pedalar, evite subidas e maneire na intensidade do exercício, pelo menos nas primeiras semanas de treino.

Cuidados: para andar na rua, os equipamentos de proteção — como capacete, cotoveleiras, joelheiras, faróis e roupas apropriadas — são indispensáveis. O principal risco da atividade está relacionado à queda, que não raro provoca cortes, torções e fraturas. Quem tem labirintite, portanto, deve evitar a prática, já que a falta de equilíbrio pode precipitar um acidente desse tipo. A atividade também é contraindicada para pessoas com problemas cardiorrespiratórios agudos ou que apresentem lesões sérias na coluna ou nas articulações, especialmente nos joelhos.


...AUMENTAR A RESISTÊNCIA

A melhor pedida é: CORRIDA. “A atividade possibilita que o condicionamento físico seja muito facilmente adquirido”, garante o educador físico Luis Carlos de Oliveira. Quem pratica regularmente conta, além dos benefícios cardiovasculares, com uma significativa queima calórica — que pode se traduzir na manutenção do peso ideal — e com uma melhora no tônus muscular, especialmente dos membros inferiores.

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, começando com 30 minutos de atividade e aumentando gradualmente — cerca de 5 minutos a cada semana —, de acordo com o ganho de resistência e condicionamento físico.

Cuidados: é importante trabalhar dentro da frequência cardíaca adequada, determinada na avaliação física. O acompanhamento pode ser feito por meio de um frequencímetro — instrumento eletrônico utilizado para medição dos batimentos — ou mesmo valendo-se da velha regra de contar as pulsações, encostando os dedos no pulso ou no pescoço, logo abaixo do maxilar. Pessoas com cardiopatias ou problemas respiratórios graves só podem se submeter à atividade após uma cuidadosa avaliação médica. Lesões articulares poderão ser agravadas pela corrida, já que o exercício oferece bastante impacto.


...SAIR DA FAIXA DE SEDENTARISMO

A melhor pedida é: CAMINHADA. O exercício envolve movimentos básicos e não exige condicionamento prévio.

Além disso, proporciona menos impacto, o que diminui os riscos de lesões. “É a atividade com o menor número de contraindicações. Ela é recomendada até para pacientes em fase de reabilitação de doenças cardiovasculares”, garante o educador físico Luis Carlos de Oliveira. A caminhada possibilita um ganho de condicionamento gradual e auxilia no controle de diversas doenças, como o diabetes e o colesterol. Dependendo da frequência e da intensidade da prática, o exercício também ajuda a perder peso e a tonificar a musculatura, especialmente dos membros inferiores.

Frequência e duração mínima: 30 minutos de atividade física, todos os dias, são suficientes para garantir mais qualidade de vida e ajudar a proteger a saúde. O tempo de atividade pode ser fracionado em três períodos de dez minutos, sem prejuízo nenhum para a melhora da capacidade cardiorrespiratória. Porém, para usufruir dos benefícios desse esporte, é necessário que os passos sejam ritmados e constantes. “Se a pessoa estiver conseguindo pronunciar frases inteiras sem dar uma paradinha para tomar fôlego entre uma palavra e outra, é porque ainda está caminhando devagar demais”, explica o educador físico Sandro Veríssimo.

Cuidados: a avaliação médica, antes do início da atividade, é fundamental. “Mesmo a caminhada pode ser um exercício bem intenso e, caso a pessoa tenha alguma patologia desconhecida, há o risco de desenvolver um problema mais sério”, alerta Sandro.

Cardiopatias graves ou problemas respiratórios já detectados, bem como lesões de articulações e problemas de locomoção podem dificultar a prática do exercício e, nesses casos, o acompanhamento individualizado é recomendado.


...GANHAR MASSA MUSCULAR

A melhor pedida é: MUSCULAÇÃO. A atividade resistida, feita com o auxílio de pesos, é fundamental para garantir o aumento do volume do músculo. O treinamento, em geral, prevê cargas maiores e menos repetições. Mas, além do resultado óbvio, o exercício oferece inúmeros outros benefícios. A postura melhora e diminuem muito os riscos de sofrer de problemas de coluna, torções e lesões nas articulações, uma vez que os músculos fortalecidos acabam servindo de apoio para essas estruturas mais delicadas. Além disso, a prática prepara o coração para esforços intensos.

Ilustração Airon

Frequência e duração mínima: 3 vezes por semana, intercalando os grupos musculares de modo que haja um intervalo mínimo de 48 horas para cada músculo trabalhado. “O intervalo é tão importante quanto a atividade, porque é preciso que as fibras musculares rompidas se refaçam, justamente o que proporciona o aumento do volume do músculo”, explica o educador físico e personal trainer Sandro Veríssimo. A duração e a intensidade do treino variam de acordo com o nível de condicionamento e a idade, entre outros fatores. Por isso, cada praticante deverá ser orientado de forma individualizada.

Cuidados: para evitar lesões, é imprescindível o acompanhamento de um educador físico, que vai observar se as posturas para os exercícios estão corretas, além de indicar a carga e o número de repetições mais adequados. E atenção: é importante que todos os grupos musculares sejam trabalhados no treino, para que não haja nenhum tipo de descompensação das articulações ou mesmo da coluna.

O aquecimento da musculatura, minutos antes de utilizar os aparelhos, também é fundamental. Assim como o ciclismo, ela só está contraindicada para pessoas com problemas cardiorrespiratórios agudos.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Futebol de fim-de-semana e consequencias

A correria do dia-a-dia, somada às responsabilidades profissional, social e familiar nos leva, cada vez mais, a acelerarmos o ritmo de vida. A correr contra o relógio!
Resulta que fugimos do caos cotidiano na primeira oportunidade e nos refugiamos em atividades que excedam às nossas habituais. É aí onde mora o perigo!
Segunda-feira, de todas as semanas: incontáveis são os casos de lesões resultantes do “inocente futebol nosso de cada sábado!”. Puxa vida, se conselho fosse bom...
O problema não está no jogo em si, e sim na periodicidade (ou a falta de) com que ele ocorre. Precisamos ser conscientes (meninos, leiam isso com muita atenção!) de que é preciso SIM se ter músculos fortes, articulações e tendões resistentes para suportarem o nível de exigência física de uma partida de futebol. Isso, sem falarmos no sistema cardiorrespiratório, extremamente solicitado.
Na prática, vivenciamos a seguinte situação: uma vez por semana (veja bem, 1 vez, apenas!), exigimos o rendimento máximo muscular e articular dos membros inferiores. O corpo descansa durante longos seis (6!) dias e...fadiga novamente! Eis a questão: como introduzir um processo de adaptação ao organismo se só se praticam esses movimentos uma vez por semana?
Em decorrência dessa falta de periodicidade, o corpo não consegue se adaptar ao exercício porque relaxa em demasia (durante os seis dias), passando uma semana de folga e, assim, todo o conjunto muscular e articular “desacostuma” com os movimentos.
O nosso organismo necessita de preparo e de toda uma “construção” muscular e articular para poder receber tal exigência física e correspondê-la a altura. É quando entram os dois elementos mais esquecidos e temidos pelos praticantes da pelada do fim-de-semana. Vos apresento: aquecimento e alongamento.
Que se gastem vinte minutinhos antes do jogo, mas que se faça uma breve sessão de aquecimento e outra de alongamento. Isso ativa a circulação sanguinea e “acorda” os músculos, tendões e ligamentos para receberem a sobrecarga dos movimentos durante os 90 minutos, bem como evita possíveis distensões musculares.
O chute, em si, se caracteriza por ser um movimento balístico,que envolve três articulações: coxo-femural (quadril), joelhos e tornozelos.
A articulação do joelho é a que sofre maior sobrecarga e se constitui numa estrutura composta por: patela, tendões, ligamentos e líquido sinovial.
A patela (também conhecida como rótula) é a base óssea que dá sustentação e apoio aos demais componentes. Os tendões são cordões fibrosos, consistidos, primariamente, por colágeno (principal proteína componente da pele), pelos quais os músculos se inserem nos ossos.
Os ligamentos são faixas de tecido colagenoso fibroso que conecta ossos ou cartilagens entre si e sustenta a articulação. Por fim, o líquido sinovial é o lubrificante do joelho que reduz o atrito articular e sua viscosidade pode ser alterada em resposta à velocidade dos movimentos.
Na prática do futebol, a articulação do joelho atua como uma “alavanca”, aplicando força para impulsionar o chute. Esse é o principal motivo pelo qual se deve “estar forte”.
Um dos métodos viáveis para a obtenção desse condicionamento articular é o trabalho de isometria, em que se utilizam diferentes angulações na sessão de musculação, sobrecarregando o músculo em diversas posições articulares, fortalecendo tendões e ligamentos.
Outra alternativa para essa condição é a proprioccepção, muito utilizada pela Fisioterapia, que consiste na oscilação entre o equilíbrio e o desequilíbrio corporal, provocando a articulação a sustentar o corpo em um só apoio (em um pé só). A propriocepção produz o aumento da viscosidade do líquido sinovial.
Assim, diante de todas estas informações, fica comprovada a eficiência do condicionamento físico orientado, que capacita o organismo a desenvolver os movimentos, minimizando os riscos lesivos.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

A arte de lidar com pessoas

Há anos atrás, ainda nas aulas da universidade, eu tinha uma visão bem distorcida e, até certo ponto, melancólica da profissão.
Pensava que sinônimo de trabalho era: fadigar músculos, ultrapassar o limiar de esforço físico e deixar o aluno literalmente “seqüelado” no dia seguinte. O que me consola, nisso tudo, é quando percebo que a maioria esmagadora dos acadêmicos realmente pensa assim até boa parte do curso. Paciência, nós somos normais e passíveis de erro!
Meu Deus, quanta falta de conhecimento...quanta atrocidade...quanta imaturidade! Pior é que até hoje, infelizmente, muitos profissionais (se é que assim se pode definir) ainda cometem atrocidades.
O “mostrar trabalho”, na maioria dos casos, implica em comprometer a saúde de quem acaba pagando o pato: o aluno!
O assunto em pauta foi-me sugerido por uma aluna que vem modificando (para melhor, muito melhor!) seus hábitos diários, seu ritmo de vida. Ela vem percebendo, com muita nitidez, a importância de se observar o que se tem ao redor; todo o contexto de qualidade de vida.
Não me canso de bater nesta mesma tecla: o prazer das pequenas coisas. O segredo da felicidade e de fazer as pazes consigo mesmo está aí.
Lidar com pessoas é mais delicado do que se imagina.
Mas graças ao avanço tecnológico e ao conhecimento de novas áreas de pesquisa, essa idéia acabou modificando-se consideravelmente.
Hoje, os profissionais de Educação Física atuam em várias áreas, como: personal trainer, ginástica laboral, avaliações físicas, treinamento de equipes, preparação física, ensinos pré-escolar, fundamental e médio e por aí vai. Com isso, as relações interpessoais tornam-se, cada vez mais, sólidas.
O que deixamos de lado, ou que nos passa despercebida, é a importância que temos na vida dessas pessoas que passam por nós.
Nos tornamos AMIGOS no final das contas. A relação é de fidelidade. Da sessão de relaxamento para o grupo de alunos estressados com provas trimestrais à simples delicadeza ao ensinar movimentos de yoga a um senhor de 80 anos de idade.
Para se lidar com pessoas, é preciso PAIXÃO.
É preciso se AMAR o que se faz.
Saber lidar com pessoas é dom. Dom...ou se tem; ou se tem!
É saber que cada um tem suas particularidades. Não é simplesmente inventar uma fórmula mágica ou um personagem para se (auto)vender. A nossa função vai muito mais além do que alguns reais na nossa conta bancária.
Nossa primeira missão é exercitar o corpo, condicioná-lo para o dia-a-dia, melhorar a nossa qualidade de vida. Mas também exercitar a nossa mente, nossa alma, nosso coração. Nós somos o personal, o amigo, o confidente, o divã. Temos o dever de te fazer perceber a importância de qualificar a tua vida, o teu cotidiano. De nos fazermos pessoas melhores de coração!
No momento em que entendermos a importância das relações interpessoais (e o quanto nos ajudam a enfrentar os problemas), nosso corpo refletirá a nossa lucidez. 
Fiquemos atentos! Ação e reação: O corpo fala; reflete os teus atos! 
Na próxima edição, mais relatos sobre a linguagem corporal!

Chegada da primavera...bons fluidos a todos nós!

sábado, 16 de maio de 2009

Mitos e verdades

Verdade: glândulas mamárias

A sucção mamária induz a mulher a produzir leite, sem que ela tenha gerado a criança. Isso ocorre através da estimulação das glândulas mamárias.

Mito: hormônio do crescimento X treino

Há uns 8 anos atrás, quando se descobriu que o hormônio GH (hormônio do crescimento) agia à noite, alguns praticantes de musculação acreditavam que isso se dava em função da ‘escuridão’. Assim, se viu de tudo: alunos querendo treinar de madrugada e até realizando o treino de óculos escuros. Um absurdo! Felizmente, com a evolução das pesquisas, hoje, sabemos que ao abrirmos os olhos (ao iniciarmos as atividades diárias), o GH já desacelera consideravelmente sua função. Ou seja, o ponto em questão é o estado de repouso, e não a escuridão.

Verdade: comandamos nosso cérebro!

Ação do álcool manipulada pelo cérebro. Sim, nós mesmos manipulamos o nosso cérebro para ficarmos ou não alterados/afetados pelo álcool. OBS: durante a vida toda, utilizamos somente 10% da capacidade intelectual do nosso cérebro. Portanto, é aceitável a ‘manipulação’.

Verdade: sede X retenção de líquidos

Quando estamos com sede e não temos água ao alcance, mandamos, inconscientemente, informações para o cérebro de que não podemos ‘perder’ líquido. Assim, ‘não sentimos vontade’ urinar.

Mito: saco plástico X emagrecimento

O fato de se envolver em plásticos para realizar o exercício aeróbio, e, com isso transpirar mais, não emagrece não. Isso só ‘desidrata’ o corpo, fazendo com que percamos sais minerais e podendo, a longo prazo, gerar a ‘desidratação total’.

Mito: água gelada X metabolismo acelerado

Ingerir água gelada durante o treino acelera o metabolismo. Não. Essa informação não confere, pois o efeito é mínimo e não chega a ser considerável a ponto de acelerar o metabolismo.

Mito: cafeína X circulação

Que o café preto acelera a circulação sanguínea e aumenta a pressão arterial. A cafeína presente no café até teria ação significante sim, mas se ingeríssemos, aproximadamente, 80 litros de café por dia.

Verdade: circulação cerebral

Que, no nosso organismo, o cérebro é a única região em que a circulação é constante sempre (mantém o mesmo ritmo de oxigenação)!

Verdade: pressão alta

A hipertensão é o ‘tensionamento’ dos vasos sanguíneos. Portanto, o hipertenso deve ingerir muita água, pois a água ‘dilata’ os vasos.

Verdade: proteína X urina

A ingesta, em excesso, de proteína causa o acúmulo dessa substância na urina. E isso pode gerar um câncer (corpo estranho não identificado pelo corpo). Então, cuidado com as dietas protéicas e atenção aos alunos que ingerem doses extras às recomendadas, diariamente.

Verdade: ressaca alcóolica X desidratação

A ressaca pelo álcool se dá pela desidratação (perda de água através da urina). O ideal é que se ingira água, concomitantemente ao álcool.

Mito: sedentarismo

O organismo é considerado ‘sedentário’ após 2 meses sem a prática de exercício físico. Não! O sedentarismo se caracteriza após, apenas, 72 horas de repouso. Pra isso, a nível cardiorrespiratório, se recomenda a realização da próxima sessão de exercício num intervalo não maior que esse período.

Mito: treino X metabolismo

Posso treinar somente 2 vezes por semana que mantenho meu metabolismo acelerado. Não! Até 39 horas após a última sessão de treino o metabolismo se mantém acelerado (queimando gordura em grande velocidade). Após esse período, entra em repouso. O mais interessante, a nível muscular, é que se inicie a realização da próxima sessão num intervalo menor que essas 39 horas.

Verdade: medidas de emergência

O cérebro pode nos surpreender. Ele manda ‘medidas de emergência’ (no caso, força extra) quando, por exemplo, a mãe vê o filho trancado embaixo de um carro. Ela não mensura sua força. Simplesmente vai até lá e ergue o carro. Explicação teórica: medidas de emergência mandadas inexplicavelmente pelo cérebro!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

TPM: fugir ou, literalmente, sair correndo?

A Tensão Pré-Menstrual, mais cedo ou mais tarde, atinge até a mais tranqüila das mulheres. É hormonal, não tem como fugir. Porém, em maior ou menor intensidade. Mas de uma coisa podemos ter certeza: é melhor se precaver e já alertar a quem está por perto! Então, aí vai o recado:

_ Maridos, filhos, namorados, chefes, colegas de trabalho e população em geral: ao menor sintoma de TPM, fujam!!! Fujam porque aí vem bronca!! 

Há algum tempo, nem se ouvia falar em Tensão Pré-Menstrual. 
Esse assunto tornou-se mais evidente devido ao ganho de espaço social e profissional pelo público feminino. 
Atualmente, visto a ocupação e dedicação feminina, seja no campo pessoal/familiar ou profissional, as mulheres procuram entenderem melhor a si mesmas, de como o organismo funciona, e a como reagem mediante tratamento adequado. 
Hoje, em alguns casos, até se cogita o uso de medicamentos específicos para esse ponto da saúde feminina.
Os sintomas básicos da menstruação são: ansiedade, dor de cabeça, inchaço, uma fome de leão, cólicas uterinas (e como essas nos irritam profundamente!!! Urghhh!) e de manifestações psicológicas. Grande parte das mulheres ainda sofre com retenção de líquidos e claro, com isso, aumentam de peso (acho que isso nos irrita mais ainda!!)

Os homens não nos entendem. Sim, nós ficamos mais sensíveis e melodramáticas! Qualquer coisa é motivo de choro.

No período pré-menstrual, é quase impossível separar os sintomas. Eles nos acompanham juntinhos, lado a lado. O que não quer dizer que seja motivo relevante para deixarmos a prática esportiva de lado.
Precisamos da conscientização de que a menstruação não é doença. O nosso corpo se modifica, sim, durante aquele período, mas devemos procurar por atividades físicas menos agressivas, em que não exija tanta mobilização corporal. Optemos por atividades mais passivas.

O próprio organismo impõe seus limites nesse período. Do 1º ao 7º dia de menstruação, a performance reduz em até 30%, pois a mulher perde muito sangue. A eliminação de glóbulos vermelhos (responsáveis pelo transporte de oxigênio) está diretamente ligada ao desempenho. Até 450 ml de sangue pode ser eliminado num período de 24 horas.

O inchaço, no período pré-menstrual, se dá pelo aumento do hormônio que retém líquido, o cortisol. Isso pode ocasionar um “ganho de peso temporário” de até 2 kg.
O que ocorre, muitas vezes, é a própria mulher se sentir inchada, dolorida, cansada e triste. Aí, ela mesma acaba se auto-boicotando para não se exercitar e então, se empanturrar de doces e guloseimas...com a desculpa de que “eu estou na TPM!”.
Neste caso, o ideal é permanecer firme e forte no propósito de se exercitar, mesmo que seja só pela liberação da endorfina e pela sensação de prazer. 

A sensação gerada pelo exercício alivia e ameniza os sintomas. No início parece desconfortável, mas depois que o corpo aquece e se estabiliza, tudo se torna mais prazeroso. 
Nesse período, a temperatura do corpo feminino aumenta em até 1ºC. Assim, recomenda-se que, durante a prática esportiva, a mulher hidrate-se a cada 15 minutos, como também, molhe algumas regiões do corpo como testa, lábios, nuca e colo. Isso ajuda a regular a temperatura corporal, pois esta, por si só já estará alta e aumentará ainda mais com o exercício físico.

A corrida, por exemplo, ajuda a aliviar alguns sintomas. 
As cólicas menstruais aparecem de 3 dias antes até o 2º dia de menstruação. Então, como se trata de contração uterina, nada melhor do que a corrida, praticada com moderação, em baixa intensidade. Resultado: liberação de (bendita!) endorfina e sensação de prazer.
Pode ocorrer, com a prática da corrida, o aumento do fluxo menstrual, devido ao aumento da circulação sangüínea e uma pressão maior sobre a musculatura abdominal. Não há porque se assustar. É adaptação corporal durante aquele período específico.

Garotas, como não há uma fórmula mágica que nos faça “pular” as fases TPM e TDM (Tensão Durante a Menstruação – essa última por mim entitulada!), nos resta o conforto de saber que não estamos sós nesta batalha. 
Calma, muita calma nessa hora! 
E não se desesperem. Não se atirem nas guloseimas, por favor!!!