sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Índice de diabetes pode ser reduzido com caminhada

Índice de diabetes pode ser reduzido com caminhada


Australianos tiveram seus passos diários computados para pesquisa


quinta-feira, 27 de janeiro de 2011 às 7:56h

Tamanho da fonte:

Diminuir fonte Aumentar fonte
Facebook

Dar três mil passos por dia durante cinco dias por semana é recomendado por especialistas
Dar três mil passos por dia durante cinco dias por semana é recomendado por especialistas

Caminhar emagrece, melhora as dores musculares e ainda reduz o risco de diabetes. Esse novo resultado indica que andar rotineiramente pode diminuir os problemas relacionados com o açúcar no corpo.

O estudo é o primeiro no mundo a mostrar efeitos de mudanças em longo prazo relacionadas à atividade física e à sensibilidade à insulina. Ele foi analisado por pesquisadores do Murdoch Chidren Research Institute, em Melbourne.

Entre 2000 a 2005 aproximadamente 592 adultos de meia-idade participaram da análise por nível de diabetes. Os moradores da Austrália responderam questionário relacionado à dieta e ao estilo de vida. Todos passaram por exames e receberam um acessório a ser utilizado que mede o número de passos dados diariamente (pedômetros).

Quem andou mais durante os cinco da pesquisa teve melhora no índice de massa corporal. Os pesquisadores ainda notaram uma redução de medidas entre cintura e quadril, e melhor sensibilidade à insulina.

“A diabetes é uma doença grave que afeta grande parte da população e tem complicações importantes para os pacientes”, explica o enfermeiro Alisson Daniel, tutor do Portal Educação. Segundo o profissional, esta pesquisa reforça o que há muito tempo é indicado para controle de peso e hipertensão. “O resultado da análise auxiliará pacientes com predisposição a desenvolver a diabetes”, salienta o tutor do Portal Educação.

Especialistas explicam que é recomendado que as pessoas percorram três mil passos por dia durante cinco dias por semana. No entanto, a orientação popular diz que o ideal são 10 mil passos por dia. Para os pesquisadores, seguir essa orientação pode triplicar a sensibilidade à insulina.


TAGS: pesquisa, andar, diabetes, caminhada


quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Notebook no colo pode reduzir capacidade reprodutiva

Usar notebook no colo pode reduzir capacidade reprodutiva

novembro 12th, 2010. publicado por: Camila | em: Notícias, Tecnologia | tags: , , , | Sem comentários.

Um estudo do urologista Yelim Sheynkin, da State University of New York em Stony Brook publicado pela revista Fertility and Sterility apontou que um notebook no colo pode não fazer bem para a saúde reprodutiva do homem.

Termômetros foram usados para medir a temperatura dos escrotos de 29 jovens que tinham laptops apoiados sobre os joelhos. Mesmo com um suporte sob o aparelho, foi constatado um superaquecimento, o que prejudica a formação de espermatozóides. Conforme Sheynkin, o aquecimento acontece rápido, em torno de 10 à 15 minutos, e na maioria das vezes nem é percebido pelos homens. Um suporte para notebooks pode proteger os joelhos e a transferência de calor para a pele, mas pode ser uma falsa sensação de segurança. O correto mesmo é usar o aparelho apoiado em uma mesa.

Informação do site Wnews.

sábado, 2 de outubro de 2010

Existe origem da crise de identidade do professor?

Existe uma origem da crise de identidade do professor?
Publicado: 02/10/2010 por Revista Espaço Acadêmico em educação, in memoriam
0

por PAULO MEKSENAS*

In memoriam

As palavras professor e profissão são próximas em seus significados. A primeira designa o sujeito que professa, isto é, aquele que diz a verdade publicamente. E a verdade é qualquer fato; fenômeno ou interação em conformidade com o real; significa expor corretamente; representar fielmente por princípios lógicos. Assim, o professor é aquele que torna público – socializa – algum conhecimento. A segunda palavra designa uma ocupação ou atividade especializada e voltada ao ato de professar.

Toda profissão afirma uma identidade e esta, por sua vez, “não é um dado adquirido, não é uma propriedade, não é um produto. A identidade é um lugar de lutas e de conflitos, é um espaço em construção de maneiras de ser e de estar na profissão. Por isso, é mais adequado falar em processo identitário, realçando a mesma dinâmica que caracteriza a maneira como cada um se sente e se diz professor” (Nóvoa, 1996).

Crise de identidade do professor significa, portanto, uma crise da maneira de ser na profissão, isto é, uma crise no ato de professar e que implica em dificuldades na interação social; descontentamento na realização das suas atividades; descrença no seu papel social; etc. As causas da crise de identidade são diversas: conflitos na instituição de trabalho; baixos salários; pouco reconhecimento social; sentimentos de incerteza ou insegurança. Por outro lado, deve-se considerar que tal crise não é alheia à distinção entre o eu pessoal e o eu profissional. Em outros termos, é difícil desmembrar um modo de ser pessoal – crenças, valores morais, posturas ou aspectos do caráter – de tudo aquilo que compõem o modo de ser professor – crenças a respeito da educação, valores pedagógicos e posturas didáticas. Por maior que seja a semelhança das trajetórias profissionais de professores e as suas origens de classe, cada um desenvolve uma forma própria (pessoal) de organizar as aulas, de movimentar-se em sala, de dirigir-se aos alunos, de abordar didaticamente um certo tema ou conteúdo e de reagir diante de conflitos.

Ao tentar identificar o processo que origina a identidade do professor deve-se perceber, portanto, a indissolúvel união existente entre o professor como pessoa e o professor como profissional. As implicações dessa identificação são óbvias: não se pode exigir que um professor ofereça além das possibilidades e limites pelos quais foi educado. Não é possível que “jogue fora as suas crenças” e que “liberte-se da especificidade do seu caráter” quando realiza as suas atividades docentes. Trata-se de pensar sobre como determinados modos de ser pessoa relacionam-se ao exercício da profissão.

A partir de pesquisa a respeito de como os professores pensam a sua profissão, Fullan e Hargreaves (2000) identificaram algumas questões que acentuam a crise de suas identidades. Dentre as questões mais comuns os autores destacam: 1) a sobrecarga; 2) o isolamento; 3) o pensamento de grupo.

1) A sobrecarga. Professores estão conscientes que a profissão mudou nas últimas décadas. Ensinar não é mais visto como em ‘tempos atrás’, pois as obrigações ficaram diversificadas. Esses profissionais atuam em contextos com expectativas crescentes acerca do seu trabalho e a respeito da educação escolar. Assim, ficam mais inseguros.

A sobrecarga de atividades, em muitos casos, decorre da falta de diálogo dos professores com a população por eles atendida, ou com a equipe administrativa da escola em que lecionam. Quando não fica muito claro o que o professor pretende fazer junto com os seus alunos e os modos com que exerce a docência, pode ocorrer “cobranças”. Em vez de “quebrar” o excesso de expectativas sobre o seu modo de trabalhar e fazê-lo por meio do diálogo, o professor reage elaborando novos projetos; assumindo atividades extracurriculares (passeios com seus alunos, gincanas, competições, etc.). Organiza uma série de atividades que o leva para fora da sala de aula, com a intenção de chamar atenção à qualidade do seu trabalho: a sobrecarga, então, afirma-se.

2) O isolamento. Ensinar, há muito tempo, é conhecido como “uma profissão solitária”. Considere-se que o individualismo é mais uma questão cultural e menos uma peculiaridade da profissão. Entretanto, parece mais fácil e rápido preparar aulas sozinho. Nesse aspecto, muitos dos professores nem sequer imaginam a organização do seu trabalho com a participação de outras pessoas.

O problema do isolamento tem suas raízes: a) Uma arquitetura escolar que isola espaços, segrega pessoas. b) Horários rígidos e uma organização inflexível da rotina escolar impede interações sociais. c) Além disso, a sobrecarga de trabalho dá sustentação ao individualismo. Combater os contextos que levam o professor a isolar-se dos seus pares constitui umas das questões fundamentais, pela qual vale a pena lutar.

3) O pensamento de grupo. Quando destaca-se que o trabalho cooperativo pode ser um fator importante contra o isolamento a que os professores estão submetidos, é comum ouvir as expressões: “Mas os professores desta escola sempre formaram pequenos grupos de colaboração!” ou, “estamos sempre conversando, quando podemos”, ainda, “há tanta colaboração que formam-se ‘panelinhas’ de professores para disputar o poder de comando na escola”. Tais expressões são o retrato de que as propostas de trabalho coletivo possuem os seus problemas, muitos dos quais não podem ser ignorados. A princípio não existe nada instantaneamente bom no trabalho de parceria. As pessoas podem cooperar para realizarem coisas boas ou coisas más, ou, até para não fazerem nada. Um coletivo pode afastar os professores de atividades valiosas com os estudantes.

Para Fullan e Hargreaves (2000) o trabalho na escola apresenta um conjunto de idéias cristalizadas no tempo que, por responder à questões do passado são inadequadas e originam o chamado pensamento de grupo. Tal conjunto de idéias costuma limitar as ações daqueles que buscam inovar na instituição escolar. Seriam idéias como: “não faça isso que não vai dar certo!”; “já tentamos uma vez e não funcionou”; “essa pretensão é passageira, logo ver-se-á que o melhor é como sempre foi”. Outras idéias vêm reforçar a perpetuação de práticas e poderiam ser questionadas: “faça isso e você se dará bem nessa escola”; “aqui a melhor atitude é dizer sim e depois fazer como quiser”. Isto é, o pensamento de grupo – com origem no trabalho realizado em comum e na partilha das concepções daqueles que integram um determinado coletivo – torna-se em consensos da instituição e molda a ação de todos.

Os consensos são formados pelo justificar as práticas de um grupo. Independente do caráter desses consensos serem ou não oportunos; favorecerem ou não as práticas ditas progressistas ou, possuírem uma dimensão denominada competente, o significativo é notar que os consensos buscam uma uniformidade nas práticas docentes e na organização escolar. Tal uniformização costuma ignorar as propostas que não coadunam com as opiniões instituídas. O resultado é que muitos professores não se sentem representados em seus anseios, opiniões e projetos junto ao coletivo de professores, pois emitir uma proposição contrária ao pensamento de grupo traz sanções àquele que a profere.

Em síntese, a sobrecarga; o isolamento e o pensamento de grupo são questões capazes de ampliar a crise de identidade do professor. Mesmo admitindo que tal crise tem a sua origem em diversos fatores políticos, culturais e econômicos (locais e nacionais) vale observar, que as vivências cotidianas podem organizar-se de modo a intensificar ou minimizar o problema. A compreensão que percebe a pessoa e o profissional como faces indissociáveis da identidade do professor produz novas práticas, capazes de introduzir o respeito às diferenças de cada um. Escolas em que os profissionais não toleram ações e modos de pensar que não sejam idênticos aos do grupo, tornam-se instituições com probabilidade de gerar a sobrecarga, o isolamento e o pensamento de grupo.

Textos citados:

FULLAN, M. & HARGREAVES, A. A escola como organização aprendente. 2ª ed. Porto Alegre, Artmed, 2000.

NÓVOA, António. As ciências da educação e os processos de mudanças. In: PIMENTA. Selma Garrido. Pedagogia, ciência da educação? São Paulo, Cortez, 1996.

SPRINT CONTRA A DIABETES

Sprint contra a diabete

19 DE JULHO DE 2010 211 VIEWS SEM COMENTÁRIOS AUTOR: ADMINISTRADOR D&D

A representante de vendas Ivanir Souza tem diabete tipo 1. Treino, cuidados com a alimentação e atenção especial ao alongamento a levaram a completar maratonas. Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do PovoUm check-up médico – medida essencial, mas nem sempre adotada por quem pretende arriscar as primeiras passadas na corrida – pode ter salvado a vida da representante de vendas Ivanir Souza, 45 anos, há quatro anos.

Foi nos exames que ela descobriu que tem diabete. “No começo me assustei, mas depois me dediquei ainda mais aos treinos e o resultado foi excelente”, comemora a corredora, que já acumula alguns feitos marcantes como a conclusão de maratonas e provas de revezamento. “Fiz a Ma ratona de Curitiba em 4h40min. Está ótimo”, orgulha-se.

A atleta precisa de uma dieta disciplinada durante a semana para não complicar a diabete. “Como muita fruta, verduras, legumes e evito doces, para não subir a taxa de glicose”, explica. A exceção fica para os dias de provas, em que ingere barras energéticas para rápida reposição de açúcar no sangue.

Segundo a Organização Mun dial de Saúde (OMS), em 2004 mais de 171 milhões de pessoas tinham diabete e estima-se que, em 2030, esse número duplique.

A síndrome surge quando o pâncreas não produz insulina suficiente para que a glicose, que será usada como energia pelo organismo, entre nas células. O índice de açúcar no sangue au menta e pode causar problemas visuais, hipertensão, obesidade e de circulação. Este pode levar à perda de sensibilidade nas ex tremidades do corpo, especialmente nos pés. O risco, nesse caso, é que qualquer machucado (interno ou externo) na região demora a ser percebido pelo diabético. Quando se dá conta, já tornou-se uma lesão grave.

Ivanir conta que era comum ficar com os pés inchados em dias quentes. Com a prática da corrida, a partir de 2006, o sintoma diminuiu. Ela dá maior atenção aos alongamentos que um atleta sem a síndrome. “Para diabéticos do tipo 2 [em que a produção de insulina é irregular], o problema nos pés é mais recorrente. É uma população também propensa a problemas cardiovasculares. A atividade física é essencial e só traz benefícios”, explica o médico especialista em Medicina do Esporte,Marcelo Leitão.

Atletas que convivem com a diabete do tipo 1 (em que o pâncreas não produz insulina) precisam de mais cuidados, como constantes testes de controle glicêmico e aplicação de insulina.

O analista de sistemas Marcelo Bellon Ferreira, 38 anos, fez desse acompanhamento sua rotina desde os 14, quando descobriu ser diabético. “Você tem de estar atento às novidades da medicina e usá-las a seu favor”, aconselha Fer reira, ultramaratonista há três anos. “Diabéticos do tipo 1 devem escolher com cuidado os horários de treino, pois o organismo precisa de tempo para absorver a insulina”, alerta Leitão.

O ultramaratonista usa o Sistema de Infusão Contínua (SIC) de insulina para o controle de seu índice glicêmico. Subs tituiu as injeções do hormônio por um aparelho subcutâneo. “Posso dosar a quantidade de insulina de acordo com as minhas atividades. Antes, eu não podia treinar em certos horários por causa da aplicação”, lembra. O sistema não saiu barato. Ferreira investiu R$ 13 mil na compra do aparelho e gasta mais de R$ 800 por mês para manutenção.

por Angelo Binder, Gazeta do Povo (http://www2.rpc.com.br/corrida/sprint-contra-a-diabete)

* * * * * *

Cuidados

O corredor iniciante que tem diabete deve dar atenção especial a alguns detalhes antes dos primeiros treinos de corrida. Confira quatro passos essenciais:

1 – Consulte o médico. O especialista fará exames para saber se existe algum risco de complicação da neuropatia diabética (inflamação nos nervos causada pela síndrome) dos pés e também pedirá teste de esforço para saber qual a intensidade de treino adequado ao atleta.

2 – É indicado que o corredor diabético faça o controle glicêmico mais de dez vezes ao dia, inclusive durante a prática da ativi dade física de longa e média duração. A melhor forma de fazer o controle deve ser indicada pelo médico especialista em endocrinologia.

3 – Usar tênis adequado e confortável para evitar o atrito da meia com a pele. Esse cuidado evita a formação de bolhas, que podem causar complicações mais sérias ao diabético. O atleta deve, ainda utilizar cremes nos pés regularmente, para prevenir a formação de bolhas e machucados. As extremidades do corpo exigem atenção redobrada do atleta com diabete.

4 – Fazer a hidratação constante, com água ou isotônico e ter sempre à mão alimentos ricos em carboidratos para repor a energia durante os treinos.

Fonte: Emerson Bisan, especialista Treinamento Desportivo de Alto Nível da academia Estatal de Cultura Física de Moscou.

* * * * * *

Esta matéria saiu na edição impressa e também na on-line da Gazeta do povo do dia 10/07/2010

EDUCAÇÃO PELO ESPORTE

EDUCAÇÃO PELO ESPORTE – FUTEBOLPDFImprimirE-mail
Sex, 01 de Outubro de 2010 17:03

Aline Coelho de Souza Nunes – Educadora Social

Luiz Fernando Leite Pereira – Professor de Educação Física

Renata Castilhos Severini– Professora de Matemática

O esporte tem o potencial de educar para a vida. Crianças e jovens aprendem a conviver melhor em grupo, a conhecer suas capacidades, tomar decisões e buscar soluções para os problemas. Um dos maiores eventos esportivos - Copa do Mundo é um excelente ponto de partida para contextualizar o ensino e levar a Copa para dentro da sala de aula. O tema valoriza o companheirismo e o espírito de equipe em diversas atividades. O futebol é um dos elementos mais marcantes da cultura brasileira, de forma interdisciplinar esta modalidade esportiva merece ser explorada por várias disciplinas.

Dentro desta perspectiva, planejamos um projeto para a Copa do Mundo, onde desenvolvemos atividades de Português, Matemática e Lúdico (Educação Física), de forma diferenciada e criativa. Nas aulas de português os educandos realizaram pesquisas na internet, referentes aos países que estavam participando da Copa do Mundo 2010.

A escolha foi livre, porém deveriam focar a pesquisa em cultura, esportes, língua, moeda, alimentação, religião, folclore e significado da bandeira. Os textos das pesquisas foram impressos, debatidos e expostos nos corredores da Escola. Em um segundo momento, os textos foram usados para buscas de classe gramatical. Os alunos deveriam classificar substantivos, sujeitos, adjetivos e verbos nos textos impressos. Partindo da possibilidade de relacionar Jogos Cooperativos e Educação Física, é importante observarmos alguns pontos referenciais para que seja alcançado o seu sucesso, como a integração e socialização.

Por meio desta observação, o professor de Educação Física, organizou um bolão entre todos os alunos para escolherem quem ganharia a Copa 2010, este bolão foi aberto após o término da Copa, e um aluno acertou, ganhando uma caixa de bombons. Os aspectos da Educação Física trabalhados não são aqueles que estávamos acostumados a ver, a simples prática desportiva. Nosso enfoque foi nos valores do ser humano, como o respeito, a lealdade e o desenvolvimento global do individuo.

Neste sentido foi criada a Copa do Projeto FECI, onde os alunos competiram em equipes escolhidas democraticamente, juntando meninos e meninas nos times.

Ao final desta competição interna, todos os alunos foram premiados com medalhas. Como os jogos priorizavam e valorizavam o cumprimento das regras, o jogo limpo ou fair-play foi premiado também. As premiações foram feitas em sala de aula em ritmo de comemoração, com direito a palmas e fotografias.

Ensinar matemática a partir do mundo que cerca o jovem, deixando de lado métodos obsoletos e que não acompanham as mudanças e a velocidade a que a nova geração está acostumada. Esta foi a proposta da disciplina de matemática. Foi apresentada a malha geométrica quadrada, de 2 centímetros cada quadradinho e totalizando 16cmx16cm. Após olharem uma impressão das bandeiras dos países participantes da Copa 2010, os alunos escolheram uma bandeira para desenhar na malha quadrada.

Este instrumento geométrico foi muito valioso para estudar áreas, perímetros e também frações. Outro artifício usado foi a história da bola de futebol, como é costurada, que é composta de 32 gomos, 20 hexágonos e 12 pentágonos, desta forma apresentei estes dois polígonos. Para tornar o trabalho mais prazeroso e concreto, entreguei aos alunos a planificação da bola de futebol, ou um icosaedro truncado, como é chamada na “língua matemática”. Eles adoraram confeccionar as bolinhas, pintaram a folha de gramatura 180 gramas e depois recortaram e encaixaram e colaram as abas. Aproveitei para explanar sobre faces, arestas e vértices deste poliedro.

Além disso, foi pedido que os alunos confeccionassem um desenho de um campo de futebol visto de cima. Assim, retomando as questões de medidas de áreas e perímetros. Depois, comparamos com um campo oficial de futebol. Todos os trabalhos da Copa 2010 foram expostos nos corredores da escola.

A Educação pelo Esporte, como uma ação complementar à escola, tem um papel importante e pode impactar expressivamente no desempenho dos alunos na sala de aula, além de buscar melhorar o relacionamento deles com a família e os amigos. Destacamos aqui, a importância de trabalhar situações de realidade com as crianças, no caso o futebol e Copa do Mundo, pois com a ligação com o cotidiano possibilita um maior interesse e envolvimento nos temas desenvolvidos e consequentemente uma melhora nas capacidades de socialização e também no aspecto cultural dos nossos alunos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Menino cego usa sonar para se localizar e até joga basquete

Menino cego usa sonar para se localizar e até joga basquete
Fonte: G1Publicidade

Técnica é semelhante à ecolocalização usada por morcegos e golfinhos.Assista vídeo sobre as habilidades de Lucas Murray, de 7 anos.
Um menino britânico cego de 7 anos conseguiu aprender a "ver" objetos usando sua audição. Lucas Murray estala sua língua e usa o eco provocado pelos objetos para construir o cenário em seu entorno.
A técnica é semelhante à do sonar usado por morcegos e golfinhos.
Lucas estala sua língua no céu da boca, e pelo som que escuta do eco ele consegue descobrir a distância, a forma, a densidade e a posição dos objetos.
A técnica, conhecida como "ecolocalização", ajudou Lucas, que nasceu cego, a jogar basquete e a escalar montanhas.
Ele aprendeu o sistema com o californiano Daniel Kish, de 43 anos, que fundou uma organização não governamental internacional de ajuda aos cegos.
Os pais de Lucas, Sarah e Iain, viram Kish em um programa de TV e o convidaram para visitar o filho em sua cidade, Poole, no sul da Grã-Bretanha.
"O Lucas é capaz de estalar sua língua para determinar onde as coisas estão ao seu entorno e o que são essas coisas. Ele é capaz de se movimentar confortavelmente sem ter que se segurar em outras pessoas", afirma Kish.
"O estalo basicamente emite um som que reflete no ambiente um pouco como o flash de uma câmera", explica.
Mobilidade extraordinária
Lucas consegue determinar a distância dos objetos ao estimar o tempo que o eco leva para voltar e é capaz de estimar a localização do objeto sabendo em que ouvido o eco é percebido primeiro. A densidade e a forma do objeto é percebida pela intensidade do som que retorna.
Um objeto que se move para mais longe cria um som com volume mais baixo, e um objeto que se aproxima cria um som com volume mais alto.
Segundo Kish, Lucas determina as qualidades de um objeto pelas características do som que ele consegue perceber. "Ele joga basquete, é capaz de acertar a bola na cesta com os estalos da língua. Ele consegue jogar muito bem", afirma Kish. Para ele, a mobilidade alcançada por Lucas é "extraordinária".

sábado, 15 de agosto de 2009

Inteligências Multiplas

“A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança”

Em entrevista a ZH, o psicólogo norte-americano Howard Gardner, autor da teoria das inteligências múltiplas, referência internacional na área da Educação, diz que as pessoas deveriam ser ensinadas a partir de suas habilidades inatas e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Ele é o próximo conferencista do ciclo Fronteiras do Pensamento, às 19h30min de segunda-feira

Depois de um hiato de alguns meses, o ciclo de conferências Fronteiras Braskem do Pensamento está de volta na próxima segunda-feira, dia 17, em Porto Alegre. Quem sobe ao palco do Salão de Atos da UFRGS, às 19h30min, para o primeiro dos quatro encontros programados para este ano – descontado o já realizado com Steven Pinker, só para convidados – é o psicólogo cognitivo e educacional Howard Gardner.

Filho de um casal de judeus que fugiu para os Estados Unidos para escapar do Holocausto, Gardner nasceu na Pensilvânia, tem 66 anos e é professor nas Universidades de Harvard e Boston. Tornou-se célebre por sua revolucionária teoria das múltiplas inteligências, publicada em meados dos anos 1980 no livro Estruturas da Mente. Amparado em pesquisas, à época recentes, que apontavam que as habilidades cognitivas das pessoas são imensamente diferenciadas entre cada indivíduo, o autor questionou os conceitos mais tradicionais a respeito da inteligência humana. Levantou dúvidas sobre a possibilidade de se medir a capacidade intelectual por meio de testes como o de QI e sugeriu que nosso repertório de habilidades não é restrito nem deve ser medido exclusivamente a partir do sucesso escolar.

Há sete tipos de inteligências, escreveu Gardner: linguística, musical, lógico-matemática, espacial, corporal ou cinestésica, interpessoal e intrapessoal. A teoria ganhou o mundo e posteriormente foi atualizada, incorporando duas novas vertentes – as inteligências naturalista e existencialista. Recentemente, foi estudada por pensadores de todo o planeta, que a aplicaram a diferentes contextos em um projeto que resultou em Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo, livro lançado nos EUA e que ainda está sendo traduzido para o português.

É sobre a experiência de publicação desse volume que Gardner inicia a entrevista a seguir, concedida por e-mail. É sobre isso também que ele deve falar na palestra de segunda – embora, como as ideias que o tornaram conhecido, trate-se de uma teoria maleável e cada vez mais, conforme o desenvolvimento de pesquisas e da própria evolução tecnológica, passível de mudanças e atualizações.

Cultura – Seu mais novo livro, que permanece inédito no Brasil, intitula-se Inteligências Múltiplas ao Redor do Mundo. O que o senhor aprendeu pesquisando sobre o uso de suas teorias sobre a inteligência em contextos e países diferentes?

Howard Gardner – Desenvolvi a teoria das inteligências múltiplas como um estudioso da Psicologia. Fiquei surpreso positivamente com o interesse que meus estudos provocaram em educadores em todo o mundo. O recém-publicado livro a que você se refere e que, posso adiantar, já está sendo traduzido para o português, inclui textos de autores dos cinco continentes. Considero o resultado deslumbrante. Porque, em cada país, a teoria vai ao encontro de necessidades locais diferenciadas. Ela se desdobra. Por exemplo: no Japão e na Coreia, remete às mais velhas, talvez esquecidas, tradições culturais. Na América Latina, soa como um empreendimento democrático. Já na China, aprendi com um jornalista: “Nos Estados Unidos a teoria das múltiplas inteligências se debruça sobre as habilidades especiais de cada criança individualmente. Em território chinês, temos estabelecido como um dever nosso fazer cada criança desenvolver oito habilidades específicas diferentes”.

Cultura – No Brasil, a educação é bastante problemática, inclusive em níveis mais básicos, atingindo e inclusive comprometendo a formação das crianças no país. Ainda que o senhor não tenha informações muito detalhadas sobre o contexto brasileiro, eu gostaria que, por favor, respondesse de maneira genérica: o quanto uma educação básica problemática afeta uma criança pelo restante de sua vida?

Gardner – Antes do século 20, havia muitos empregos, especialmente em territórios rurais, que não tinham como pré-requisito qualquer tipo de educação formal. Não era preciso ter qualquer tipo de alfabetização para desempenhar determinadas funções. No século 20, a escola básica passou a ser suficiente para o trabalho industrial e em alguns setores de prestação de serviços. Hoje, no século 21, a regra, genericamente, é a seguinte: faz-se necessário para um indivíduo ter alfabetização, uma educação minimamente formal, um conhecimento minimamente disciplinado e, pelo menos, uma área de conhecimento específico, técnico. Pelo menos uma área de expertise. Caso contrário, esse indivíduo tem tudo para ser simplesmente um desempregado com imensas dificuldades de ter qualquer futuro.

Cultura – Sua teoria das inteligências múltiplas é descritiva, mas ao mesmo tempo ajuda a apontar soluções para a realidade descrita. O que motivou e continua motivando o senhor a desenvolver esse trabalho?

Gardner – Como eu já disse, comecei a desenvolver esse trabalho como psicólogo. Meu “gol” foi criticar que a visão da psicologia acerca do conceito de “inteligência” era muito limitada. Transposta essa limitação, a teoria despertou o interesse dos educadores. A partir daí, comecei a me envolver muito mais com a educação, sobretudo com a educação infantil, que se presta como base para os mais diversos tipos de mudanças. A teoria das inteligências múltiplas espalha a esperança. Ela indica que é possível individualizar a educação básica, no sentido de que os indivíduos devem ser ensinados a partir de suas habilidades inatas, e não a partir de conceitos escolares generalizantes. Com o acesso à informática, hoje também podemos pensar que é possível para qualquer pessoa ter uma educação individualizada, coisa que anteriormente só era possível para famílias financeiramente avantajadas, que tinham condições de, por exemplo, pagar um tutor a suas crianças. Mas essas ideias ainda precisam ser mais difundidas. A evolução da educação é progressiva, sempre. É nisso que sigo trabalhando.

Cultura – Mais de 20 anos após a publicação da teoria, o que o senhor acha que ainda é possível descobrir a respeito de inteligências múltiplas e por quais caminhos deve-se andar para fazê-la avançar ainda mais?

Gardner – A teoria foi originalmente concebida com base no conhecimento do cérebro que tínhamos na primeira metade dos anos 1980. Como a neurociência cresceu muito de lá para cá, e ainda segue crescendo – assim como a genética, cujo crescimento talvez seja ainda mais dramático –, creio que é factível pensarmos em seguir descobrindo coisas novas sobre as inteligências múltiplas. Essas descobertas vão sem dúvida resultar em revisões da teoria, que podem surgir na direção do surgimento de novas inteligências ou na direção de alguma reconfiguração das inteligências já apresentadas. Os experimentos educacionais descritos nesse novo livro também podem indicar a necessidade de algumas revisões, dependendo de onde as pesquisas que forem postas em prática, daqui por diante, nos levarem. Por último: as culturas têm mudado, principalmente por força da globalização, das mídias digitais, das avenidas de comunicação rápida, e isso certamente nos dará novas luzes sobre como as inteligências trabalharão juntas e sozinhas nos tempos que virão.

Cultura – A publicação da teoria das inteligências múltiplas teve grande impacto e a tornou muito popular. Uma consequência natural disso é o surgimento de subteorias, digamos assim, menos significativas científica e intelectualmente – às vezes vestindo a máscara da chamada literatura de autoajuda. Isso o incomoda?

Gardner – Em princípio, não tenho objeções à literatura de autoajuda. Mas prefiro acreditar que ela não leve à teoria das inteligências múltiplas, ou que a teoria não tenha levado a ela – a não ser que o autor responsável por essa eventual relação tenha estudado as inteligências múltiplas de verdade. É claro: não tenho como controlar esse processo. E estou preparado para morder minha língua. Já houve casos em que a teoria teve um uso que considerei absolutamente ofensivo e mal-intencionado. Foi na Austrália. Algum trabalho científico desenvolvido por lá listou todos os grupos raciais e étnicos, relacionando as inteligências que teriam relação com eles. Fiquei chocado com esse absurdo, tanto que denunciei esse trabalho na televisão. Felizmente, logo a pesquisa foi cancelada. É preciso estar atento e fazer o trabalho andar para a frente, e não para trás.

DANIEL FEIX