quarta-feira, 29 de agosto de 2018

 Este semestre teremos mais uma edição de extensão da disciplina de basquetebol da Ulbra Gravataí- Amigos do Jorge x Turma de basquetebol.
Além da confraternização com a visita de ex atletas de basquetebol, faremos mais uma ação social, engajados no espírito solidário da nossa instituição.

domingo, 24 de maio de 2015

Seminário Internacional de Políticas Públicas do Esporte e Lazer recebe inscrições em Passo Fundo

Reunião com representantes do SIPPEL
Reunião com representantes do SIPPEL - Foto: FUNDERGS
O Polo Regional de Passo Fundo da Fundação de Esporte e Lazer do Rio Grande do Sul (Fundergs) está com inscrições abertas para o Seminário Internacional de Políticas Públicas do Esporte e Lazer. O evento será realizado gratuitamente nos dias 19 e 20 de junho, na Universidade de Passo Fundo (UPF).
A programação incluirá apresentação de trabalhos e debates sobre temas relacionados a esporte e lazer, como educação, rendimento, participação e gestão, entre outros. A realização do seminário é uma parceria entre governo do Estado, UPF e Universidade da Beira Interior, de Portugal. Mais informações podem ser obtidas no site
Esta iniciando a maior festa do esporte escolar gaúcho. CERGS 2015

segunda-feira, 17 de março de 2014


Nas Paralimpíadas Escolares há vários exemplos de superação: conheça um deles

foto em close-up do atleta Yan Kurtz
Atleta Yan kurtz - Foto: Tiago da Siveira Garcia/Fundergs

Yan Kurtz sofreu acidente aos 11 anos de idade e perdeu uma perna, mas o atletismo mudou sua vida

Yan Kurtz é um rapaz de 17 anos que está sempre com um sorriso no rosto. Menino do interior do Rio Grande Sul, da cidade de Passo Fundo, ele é um cara simpático, aquele tipo de pessoa que passa uma energia boa pelo olhar. Seu jeito atencioso e querido faz com que interaja com tranquilidade com todos de sua equipe e com os demais colegas. Yan participou das Paralimpíadas Escolares 2013 integrando a delegação do Rio Grande do Sul e foi lá, com duas medalhas no peito e com o mesmo olhar de sempre, que ele nos contou um pouco da sua história.
Foi em uma olaria, aos 11 anos de idade, que a vida de Yan mudou. Ele brincava sobre um monte de terra em meio as máquinas da fabriqueta de tijolos quando caiu dentro de uma máquina de moer barro. “Eu subi no monte de terra e quando cheguei lá em cima resolvi descer para o outro lado e não percebi que a máquina estava ali. Eu caí com as duas pernas lá dentro, uma eu consegui tirar, a outra não”, conta ele. 
Foram 45 dias no hospital, uma recuperação longa e um tempo bem difícil. Um acidente como esse causa um trauma e grandes mudanças na vida de qualquer pessoa e com ele não foi diferente, mas o destino ainda lhe reservava um encontro que iria mudar outra vez sua vida. ”O atletismo mudou minha vida. Antes do atletismo eu ficava só em casa, não tinha vontade de sair pra nada.”
A professora Dóris Flores de Souza, integrante do Grupo Pé de Apoio, de Passo Fundo, inspirou uma revolução na vida do rapaz. Quatro meses após Yan sair do hospital, ela convido-o para praticar atletismo. Yan aceitou o convite e não parou mais de praticar. De 2008 pra cá, são 5 participações nas Paralimpíadads Escolares e 18 medalhas conquistadas, contando com as duas de ouro (em arremesso de peso e arremesso de dardo) que ganhou na mais recente edição dos jogos, que se encerrou nesta sexta, 29. 
Mas não é só isso. Além do atletismo, o garoto ainda pratica outro esporte. Um esporte radical. “Eu sempre gostei de moto, desde antes do acidente.” Yan, após se recuperar e começar a praticar atletismo, se encorajou para se aventurar em um antigo sonho: andar moto. Com algum dinheiro que tinha guardado, certo dia decidiu -se por comprar a moto. Bastou encontrar um bom negócio e sua estimada moto estava em sua garagem. Um amigo que já era motociclista e o tio, mecânico, deram suas contribuições no processo e logo o menino perneta já estava andando pela cidade e eventualmente participando de trilhas, mostrando que quando se acredita de verdade em um sonho, não há barreiras que nos impeçam de torná-lo realidade.



INSCRIÇÕES CERGS 2014










Campeonato Estudantil do Rio Grande do Sul




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Curso de Fisioterapia do IPA

Curso de Fisioterapia do IPA
Uma volta às origens

Voltar às origens é muito bom, principalmente quando se vê o os frutos de uma idéia, a concretização de um projeto e os resultados mudando comportamentos, criando cultura e solidificando tradições.
O prof. Washington Gutierrez, um visionário, educador nato, um dia resolveu criar no IPA, na já tradicional ESEF-IPA, o curso de Fisioterapia. Inovador, foi o prof. Washington quem criou um curso de Educação Física noturno para que pessoas que trabalhavam o dia todo pudessem estudar à noite uma opção. Foi ele mesmo também quem dividiu as vagas para ingresso ou seja, metade homens e metade mulheres ,ao perceber, conforme relatos, que a educação física estava sem muita representação masculina , o que poderia comprometera referencia das crianças.
Com o mesmo entusiasmo, sua característica marcante, o prof. Washington Gutierrez resolveu criar o curso de Fisioterapia. Chamou alguns poucos fisioterapeutas que atuavam em Porto Alegre e apresentou a idéia. Alguns declinaram alegando que não havia mercado para mais fisioterapeutas na cidade. Outros assumiram a missão. Foi uma grande maratona pois a falta de experiência destes profissionais associada à vontade de acertar culminou resultou no primeiro concurso vestibular para fisioterapia no IPA. Era o ano de 1980, coincidentemente marcado pela ONU como o ano da internacional da pessoa portadora de deficiência. Naquela concurso, 650 jovens aproximadamente concorreram a 50 vagas e em meados de abril iniciaram suas aulas.
As aulas eram em uma sala no prédio da piscina ( hoje prédio G) , meio à umidade existente, pouca iluminação, um quadro dependurado na parede e muita vontade de conhecer aquela fisioterapia apresentada pelo IPA e que até à data só existia na Universidade Federal de Santa Maria-UFSM porém ainda muito jovem com 3 anos de existência.
Foram difíceis os primeiros anos. Falta de estrutura, desencontros políticos, biblioteca precária, laboratórios a serem criados e usando alguma estrutura do curso irmão, o de Educação Física.
Como no Colégio Americano funcionava a Faculdade de Nutrição, aconteceram algumas parcerias entre as Instituições, somado à boa vontade dos professores do curso de Educação Física do IPA que colaboravam na medida do possível. Certamente aconteceram muitas reivindicações dos alunos para melhorias as quais foram aos poucos se instalando. Conta-se que uma vez em meio às reivindicações alguns alunos chamaram a Zero Hora para cobrir o evento no intuito de denunciar. Alguns alunos preocupados com a propaganda negativa e mais com a saúde do curso não permitiram a entrada dos jornalistas, causando maior tumulto na entrada do IPA. Provavelmente este dia ficou marcado para muitos pois naquele momento iniciava a forte relação do aluno do IPA com o curso de Fisioterapia.
A primeira turma tinha suas aulas no período noturno sendo que a partir da segunda turma as aulas aconteciam no período diurno, inicialmente vespertino e posteriormente integral em um sistema de matricula que obrigava o aluno a cursar todas as disciplinas oferecidas.
A busca por uma vaga no curso de fisioterapia era concorrida, chegando a atingir em um certo concurso vestibular a marca de 21 candidatos por vaga o que fez o curso a passar por várias reformulações curriculares sempre com o intuito de melhorar cada vez mais o ensino ali praticado.
Inicialmente era oferecido em quatro anos, passando para quatro anos e meio e hoje cinco anos.
O IPA sempre ofereceu um ambiente acolhedor, saudável, familiar poder-se-ia dizer. Somaram-se ou trabalho de muitos professores já colaboradores que juntos partiram para a construção de um bom curso. Inicialmente houve necessidade de i reformular todo o projeto de reconhecimento do curso visto que inicial havia sido rejeitado. Tanto é que a segunda turma colou grau antes da primeira turma, pois quando a primeira turma concluiu o curso (dezembro de 1983), o mesmo não havia sido reconhecido pelo MEC tendo acontecido este reconhecimento apenas em novembro de 1984 aproximadamente; felizmente tudo correu bem sem prejuízo maior para qualquer aluno formando.
Aos poucos o curso foi tomando características próprias, personalidade, seus alunos foram se destacando no mercado de trabalho, conquistando a confiança social e compartilhando uma formação diferenciada aprendida no Morro Milenar.
Mas nem tudo foi sereno. O curso de fisioterapia do IPA sempre apresentava uma ebulição. Quando não era relacionado a professores era à direção , aos valores das mensalidades, à falta de livros na biblioteca, à falta de estrutura nos laboratórios e quando não tinha nada para entrar em ebulição arrumava-se um pretexto qualquer. Foram muitos os episódios os quais poderíamos narrar ao longo das infinitas laudas a seguir.
Certa vez, enquanto coordenador, os alunos se revoltaram com uma professora. Sem qualquer cerimônia, impediram a professora a sair da sala de aula e no corredor do prédio B , ali no segundo andar empilharam muitas classe de tal forma que impedia chegar à sala. O prof. Washington, não muito acostumado com aquilo me chamou e pediu que eu revolvesse. Imaginem vocês a minha situação, tendo que convencer os cinqüenta alunos a pararem com aquele situação, pedirem desculpas à professora e arrumarem as classes nos seus lugares...consegui. Nem me lembro como, mas aconteceu.
Uma característica das Instituições Metodistas era a recusa da bebida alcoólica e do fumo. Primeiro pela condição maléfica destes dois elementos, segundo pelo fato de que, o curso de fisioterapia funcionando no mesmo horário do colégio ( as aulas da faculdade eram no prédio e do colégio no prédio A e onde hoje funciona o prédio C era o setor um , espaço das aulas do maternal e até a 4ª série. Funcionários, professores tentavam convencer sem muito sucesso, alunos da faculdade a não fumarem no pátio ou em qualquer local da Instituição. Os discursos eram os mais diversos mas nenhum convincente, mesmo por que tinha muito professor e funcionário que fumava escondido.
Em um dia de verão, daqueles que conhecemos em Porto Alegre, quando a clinica funcionava no prédio da piscina ( prédio G) onde hoje funcionam os laboratórios de cinesioterapia e eletroterapia fazia tratamento conosco o querido e inesquecível Sr. Jorge Eckert. O Sr. Jorge era na época presidente da Associação Desportiva do IPA-ADIPA. Já havíamos solicitado ao prof. Washington um aparelho de ar condicionado pois o calor era insuportável gerando reclamações dos pacientes. O prof. Washington sempre naquele tom político e convincente ia protelando. Um belo dia tivemos a idéia. Quando o Sr. Jorge veio ao tratamento fechamos todas as janelas, portas, enfim todas as aberturas. Aquilo virou uma sauna. Ele certamente reclamou e a nós só restou lamentar. No dia seguinte estava lá um funcionário do IPA quebrando a parede para instalar um aparelho de ar condicionado, presente da ADIPA, determinação do saudoso amigo do curso de fisioterapia, Sr. Jorge Eckert.
Alguns diretores se renderam à graça e simpatia do curso de fisioterapia bem como amigos do IPA e dirigentes das entidades escolares. O curso era muito bem relacionado, conquistava a simpatia de todos, os alunos eram elogiados pela postura e dedicação .
Por ser um curso novo, e pelo fato de que os professores na sua maioria também eram jovens, a inexperiência acadêmica e profissional acometia a maioria do corpo docente de fisioterapeutas. Assim tivemos muitas crises envolvendo professores e alunos. Felizmente tudo se resolveu e hoje nosso curso é contemplado com um corpo docente titulado, preparado e experiente.
No curso de Fisioterapia todos eram pelo todo; professores, alunos e funcionários. Acreditávamos no projeto maior que era construir aquele curso e nos entregávamos por inteiro. Os alunos e professores eram voluntários para todas as chamadas e necessidades do curso. Colar panfletos promocionais do curso para o vestibular, dar palestras nas escolas, ficarem de fiscais no vestibular. Tivemos muitos funcionários simpatizantes ao curso e que demonstravam um carinho especial nestas e em muitas outras participações.
O curso de Fisioterapia não teve muito envolvimento com os movimentos políticos estudantis. Nosso curso apesar de politizado sobre as demandas da saúde teve pouca participação nos eventos promovidos pela UNE, por exemplo. Aliás, o corpo discente do IPA, de modo geral na sua grande maioria não participava da política externa, mas compensava muito na política interna. Uma vez sim, houve uma grande movimentação, com direito a paralisação das aulas, questionamentos sobre valores de mensalidade, ditadura, etc, etc... mas aos poucos aquela chama foi ficando fraca e a rotina institucional voltou a seguir seu rumo.
Ou como em outra oportunidade, em um período de eleições para o diretório Acadêmico atravessaram a noite, comissão eleitoral e chapas concorrentes na tentativa de uma impugnar a outra com as mais diversas alegações necessitando de uma intervenção maior até que tudo ficasse resolvido.
Com o passar dos anos, o curso foi se transformando em uma referência no IPA ao ponto de que mesmo com a existência de muitos cursos de fisioterapia no Estado, quando uma pessoa se apresentava como fisioterapeuta sempre vinha a pergunta: “ Você se formou no IPA?”
Muitos que aqui vieram para ajudar continuam, outros tomaram novos rumos e outros já não estão mais entre nós. Neste ano de 2012, 33 anos do inicio desta jornada e preparando-se para comemorar os 30 anos de conclusão da primeira turma fico feliz em olhar para trás e ver quanta coisa se fez. Quantas pessoas dedicadas, quantos alunos fiéis, quanta gente participando e quanta ajuda os alunos e professores deram a milhares de pessoas que buscavam ajuda em nosso curso para recuperar de suas dores, suas paralisias. Temos alunos os quais seus pais foram nossos alunos. Para os professores é uma honra pois com tantas opções de cursos em Porto Alegre e no Estado do Rio Grande do Sul, estes jovens vem buscar em nosso curso de fisioterapia os mesmos valores que seus pais aqui aprenderam. Para nós é motivo de orgulho.
Sem querer personificar, hoje me lembro daquele dia 05 de agosto de 1983 quando pisei pela primeira vez neste Morro Milenar. Como bom mineiro pensava comigo: “ Meu Deus, o que eu vim fazer aqui neste lugar tão longe de minha terra?” Hoje tenho plena convicção de que fui , como muitos, pessoa privilegiada por ter sido escolhido a construir um projeto exemplar de educação em fisioterapia, merecedor de elogios, de respeito de ainda de muito trabalho para avançar e se tornar cada vez mais referência.
Todos temos orgulho deste curso de Fisioterapia, temos orgulho de nossos alunos, de nossos professores, de todos os colaboradores que juntos buscam manter o entusiasmo e o sonho do prof. Washington. E como ele diria: “ vamos lá gurizada!”